Just Because! #01 a #03 – Impressões Semanais

Just Because! é um anime de romance e drama que combina a melancolia de amores e sonhos perdidos (ou abandonados) com as expectativas do futuro de seus personagens.

Para quem curte uma narrativa mais lenta e calma  é a proposta com maior potencial para o desenvolvimento de algo interessante nessa temporada com o gênero.

Principalmente por oferecer um elenco com problemas diversificados  que se veem a frente de fazerem escolhas importantes para as suas vidas com o fim do colegial, o que pode levar a uma gama de possibilidades a serem trabalhadas.

E apesar dessa temática não ser uma novidade em histórias nesse estilo, continua sendo uma excelente premissa escrita por Hajime Kamoshida, que já nos entregou obras com bons desenvolvimentos (Sakurasou e  Seishun  Buta Yarou).

Contudo, os personagens de Just Because tem a peculiaridade de serem um pouco mais realistas e possuírem diálogos mais pé no chão e atitudes bem mais sérias do a do elenco dos projetos anteriores.

Ok, o dialogo era sério, mas sei lá… eu ri

Inclusive, nesse aspecto o anime está de parabéns, porque o conteúdo das conversas é bem escritos e através deles temos algumas nuances sobre os possíveis caminhos da trama, porém não de forma muito expositiva, mas sutil.

Sendo que a própria ambientação com cenários desbotados, com cores não muito fortes e extremamente iluminado cria uma atmosfera de fim de colegial e proximidade com a vida adulta que casa com a história do anime.

O que colaborou para eu aprovar bastante a produção já que gosto dessa mesclagem da coloração associada aos eventos ou tom da narrativa, pois acrescenta mais vida e personalidade à própria historia.

Para uma melhor compreensão do que estou dizendo, o inicio do colegial é muito associado a vivacidade e juventude, então a coloração de muitos animes que retrata esta fase possui cores mais chamativas e vibrantes.

Enquanto as cores mais cinzas são associadas à melancolia, ao fim ou à desilusão com determinadas coisas, no colegial, consequentemente pode retratar as escolhas que abandonamos, decepções e etc… Que acumulamos durante este período.

A coloração desbotada e a iluminação mais clara ressaltam a melancolia da obra

Além disso, com estes três episódios já é possível tirar uma base das subtramas que Hajime irá trabalhar para desenvolver os personagens encima da proposta principal, que serão os efeitos que a volta de Izumi provocará no grupo apresentado.

Em suma, vejo que este anime vai forcar muito com as relações pessoais e em como uma pessoa pode influenciar em outra, ou assim espero, pelo perfil do compositor principal deste show.

Somado à esses aspectos que serão mais expandidos e explanados durante o progresso dos eventos, possuímos um romance bem delicado envolvendo um triangulo amoroso entre o quarteto principal da obra.

Contudo, a escrita mais suave e leve do roteiro acaba criando algo agradável e não forçado, mesmo possuindo uma boa cota de drama.

O casal principal a ser formado (aparentemente) ainda não conseguiu se consolidar e esbanjar simpatia, até porque ainda não se construíram como um casal.

Eles não se venderam como casal ainda, mas já posso torcer por ele?

Mas gosto muito quando a obra vai conquistando o público lentamente enquanto arranja e aprofundando seu elenco. Sendo realmente um processo de evolução mais realista das relações.

Porém isto não quer dizer de maneira alguma que Izumi e Natsume não possuam o seu encanto para com o espectador. Os personagens não são um mar de carisma, mas são simpatizáveis.

Com efeito, Izumi é tipicamente aquele individuo introspectivo, mas diferente da maioria de perfis retratados com esta característica, ele não é anti-social.

O que eu achei maravilhoso, porque ele representa perfeitamente aquela pessoa que não é de ficar se enturmando  com todo mundo, mas que ainda assim é comunicativo, não uma porteira fechada.

Em suma, ele não fica se socializando, mas não nega relações com outras pessoas. O que é bem retratado na partida de baseball com Haruto.

Outra coisa que achei legal é que o personagem consegue sorrir, sério, toda vez que retratam uma pessoa como Izumi parece que eles não sabem se divertir ou se alegrar por coisa simples, misericórdia roteiristas.

Campanha: Por mais risos e sorrisos do Izumi

Já Natsume, aparentemente é bem mais sociável , mas não daquela atirada e escrachante da maioria dos animes. Ela se relaciona bem com os colegas, mas não fica esbanjando sorrisos e é mais reversada, como um típico japonês.

Além de se configurar como aquele individuo que estuda, estuda, estuda e não sabe realmente o porquê estuda tanto, porque não ter um objetivo concreto já traçado, o que pode ser observado pelos diálogos no café no episódio três.

Semelhantemente o protagonista já traçou fazer um curso qualquer para compensar supostamente o que ele teve que abandonar, já que se observarmos os diálogos, tem indícios que talvez ele possua algum problema  com os pais.

E esta problemática talvez  também estaria relacionado ao baseball, mas é apenas uma suposição. E espero que o relacionamento dele com os pais seja mais tocado para esclarecer um pouco mais as atitudes do próprio personagem.

Juntamos isto tudo as outras subtramas dos personagens secundários. Temos um cara que aparentemente não almeja nada, só um emprego e uma garota que vai abandonar os seus objetivos iniciais por falta de estimulo ou por se conformar em ter que trabalhar na empresa dos pais.

Em contraposição a este quadro aparentemente teremos uma personagem que sabe muito bem o que quer e possivelmente pode ser a única a já ter objetivos traçados, que é a fotografa.

Sendo que bem trabalhados, estas dúvidas e fardos do grupo pode gerar um dos melhores romances e dramas com enfoque na transição do colegial para a vida adulta deste autor, desde Sakurasou.

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E você, que nota daria ao anime?

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#Extra

Natsume não sabe ser delicada ashuahsuahsuajsa

Isso que eu chamo de insistência kkkkkkkkk

Minha cara após uma prova da facul XD

 

Sirlene Moraes

Apenas uma amante da cultura japonesa e apreciadora de uma boa xícara de café e livros.