Cruncryroll faz parceria com Funimation e o streaming de Animes no BR
(Já comentei sobre o assunto no vídeo acima que lancei na sexta, mas resolvi lançar uma versão escrita também para quem prefere ler em vez de escutar)
O Crunchyroll anunciou essa semana uma parceria com a outra principal empresa que licencia animes para streaming e venda de midia nos EUA, a Funimation.
Se ela não existisse provavelmente o Crunchyroll teria bem mais animes por temporada, com o monopólio quase exclusivo do mercado de animes.
Ambas ficam disputando licenças de anime toda temporada, ou tem contratos com produtoras especificas e sempre acabam pegando as obras delas. O Crunchy parece ter um contrato com a Aniplex e a Funimation com a Bandai por exemplo (não confirmo isso, é só minha impressão pelas obras que lançam toda temporada).
Com a pareceria entre os dois eles vão começar a “emprestar” animes um para o outro, de forma que não precisem mais ficar brigando pelos direitos de tantos animes toda temporada.
Segundo algumas matérias sobre o mercado de streaming na ANN, a maioria dos animes não custa muito em termos de licença, mas ao longo dos anos e com sua popularidade aumentando, obras muito populares começaram a ser negociadas a preços absurdos.
Não especificaram qual, mas um determinado anime chegou ao absurdo de custar 150 mil dólares por episódio.
Com a parceria entre a Cruncryroll e Funimation os preços não devem mais subir tanto, já que mesmo que a outra empresa pegue uma obra popular, ela pode negociar para emprestar para a outra.
Isso aumentaria ainda mais o acervo do Cruncyroll, que já não é pequeno hoje em dia. O problema é que a mudança, por enquanto, só beneficia os EUA, já que a Funimation só compra licenças de animes para aquele país no momento.
Então por enquanto para nos BRs isso não muda nada. Mas futuramente quem sabe esses animes emprestados da Funimation não vem pra cá também, caso ela comece a pegar uma licença global.
Quanto mais animes oficialmente lançados aqui melhor, já que animação japonesa ainda é um nicho de mercado minúsculo (no BR), e só vai crescer conforme aumenta seu conteúdo e ele é divulgado.
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Olá Marco, gosto muito do seu Blog e já lhe acompanho a um bom tempo.
Só quero fazer uma correção: no penúltimo parágrafo você usa a palavra “mesmo” para referir-se a Funimation, mas o termo ”mesmo” não deve ser usado com um pronome (palavra que substitui um substantivo, seja próprio ou não), pois essa expressão é essencialmente classificada como um adjetivo com significado de igualdade. Vale lembra que existe exceções em que pode indicar reflexividade, conjunção concessiva ou ainda um advérbio, mas nunca um pronome.
Ótimo trabalho!
Na verdade o mesmo é um pronome demonstrativo, não um adjetivo. Do resto vc esta certo, mas na linguagem informal é comum vc vendo o pronome mesmo substituindo um pronome pessoal dentro de uma oração, isto pra tentar não ficar aquela repetição de ele ou ela, contudo é deselegante e informal.
Pelo contrário, esse termo pode sim ser classificado como adjetivo (caracterizando algo idêntico ou igual), além de pronome demonstrativo, uso que não comentei na afirmação acima.
Segundo Raoni Huapaya (2009) uma das utilizações da palavra mesmo é da seguinte forma: ”como adjetivo/pronome, no sentido de exato, idêntico, próprio. Exemplos: Seguia sempre pelos mesmos caminhos / Eles mesmos escreveram o texto).”
Fonte: Atualização em Língua Portuguesa: escrevendo pela nova ortografia e outras necessidades práticas do uso da linguagem padrão. 1. ed. – p. 62.
Mas, como você mencionou, é comum usa-lo como um pronome pessoal, tão comum que até no aviso do novo acordo ortográfico, utilizaram a palavra mesmo de forma incorreta. Além disso, várias leis estão compiladas com esse termo na forma habitual. Portanto acredito que este vocábulo não se restringirá a apenas esse usos, pois é algo quase que cultural e também, daria muito trabalho corrigir tantos documentos com esse emprego, considerados atualmente como incorreto.
Corrigido, vlw.
o errado nessa questão é que não tem confirmação nenhuma que isso vai melhorar o arsenal de animes aqui, pois a Funimation nunca mostro disposta a atuar aqui.
Não, mas com o Crunchy pegando os animes dela existe “talvez” a possibilidade de conseguir algo pra cá no futuro.
150k por episódio???? Os caras praticamente cobrem os custos de produção com um valor desses! O que vier depois é puro lucro! Marco, vai começar a considerar o valor das licenças na análise de segunda temporada quando eles divulgarem essas informações?
É uma exceção extrema, a maioria não chega nem perto disso. Os custos de streaming não são divulgados oficialmente e variam de anime para anime, não existe como considerar.
Tenho uma observação para fazer, o correto não seria nicho de mercado ao invés de mercado de nichi?
Corrigido, vlw.
Um pergunta Marco, a Funimation dubla muitos animes, com essa parceria com o CR poderiam vir animes no Brasil que poderiam ser dublados em BR
Eles dublam em ENG, não ajuda em nada pra gente. O único que dubla os animes que licencia com exclusividade é a NetFlix.
e vale dizer, dublagem 10/10 por parte da Netflix.
“Não especificaram qual, mas um determinado anime chegou ao absurdo de custar 150 mil dólares por episódio” Boku no Hero Academia.
Não acho que pagariam muito por um anime sem garantias de que iria render. Tem mais chances de ser continuação de algo popular no ocidente na S1.
Faz alguma ideia de qual pode ser?
Provavelmente algo grande como Atack on Titan, Sao. Acho que Dragon Ball Super é licenciado para o USA , pode ter sido ele.
Bom infelizmente a fun animation parece odiar o brasil, já que até no youtube da block em br, duvido que venha pra ca no futuro..
Esses sites de streaming costumam dar um “up” nas chances de próxima temporada em animes?
No caso da Netflix (pelo que entendi) as obras originais ou com parceria que são bem avaliadas geralmente ganham continuação (como o Marco Polo e Good Morning Call).