Araburu Kisetsu Otome domo yo #09 – Impressões Semanais

Pensei que depois de todo aquele desenvolvimento na semana passada as coisas iriam voltar a dar uma desacelerada para fazer aquela leve transição entre os acontecimentos, mas, acabou que o anime conseguiu manter um bom ritmo, dividindo bem esse tempo de amadurecimento dos relacionamentos, com a construção dos próximos dramas.

Aproveita outro bom episódio.

Creio eu que não precise entrar em muitos detalhes sobre o início do namoro entre a Kazusa e o Izumi. Pensei que fossem forçar um pouco mais as coisas com a questão do sexo (aquela prévia me enganou), já que a Kazusa vinha surtando com isso, mas as coisas foram para uma linha bem mais tranquila, sem tantas paranoias por parte dela.

De certa forma, eu gostei disso. Ainda cai dentro de bastantes clichês do gênero, como aquela coisa todo de se assustar ao tocar as mãos, mas foi bem executado, o que tornou o episódio divertido de assistir até entrar no verdadeiro desenvolvimento da história.

Além disso, a escolha desse tipo de clichê, ao menos na minha perspectiva, funciona bem para os futuros acontecimentos que a história tem se proposto a criar, com esse romance ingênuo entre a Kazusa e o Izumi sendo um contraponto marcante para toda a agressividade que a Sugawara já tem mostrado.

Para completar essa questão dos casais formandos na semana passada, a Sonezaki teve seus cinco minutos de tela, resolvendo aquele leve ciúmes que surgiu por conta da garota anônima que apareceu.

Espero que agora que o romance entre os dois foi oficializando, tenha ainda mais cenas como essa, onde eles agem como casal, porque é realmente legal o jeito como o Amagi desarmando a Sonezaki com o jeito simples dele.

Que venha o primeiro encontro.

Seguindo com o episódio, uma coisa que preciso dar destaque é como a Momoko vem deixando aquela sensação de ser apenas um personagem alívio cômico para se tornar alguém relevante na história.

Tem sido bem interessante acompanhar os momentos em que ela aparece, principalmente por ser uma das poucas, se não a única, que está lidando com toda  situação de forma séria, e de uma perspectiva mais neutra.

Ela tem refletido, e até tomado posição, sobre toda essa coisa envolvendo a Kazusa e a Sugawara, além de, em conjunto com a suas recentes descobertas, ter se mostrado um personagem bem mais complexo.

Espero muito que a história consegui manter essa força que ela vem ganhando dentro do enredo, e faça com que ela tenha um bom desfecho no final.

Prestar mais atenção na Momoko, porque ela pode fazer a diferença no final.

Outro ponto interessante desse episódio é que o professor Milo “assumiu” os sentimentos pela outra professora. Gostei bastante do diálogo dele com a Hongou sobre aquela questão de ser um perdedor, ou ser um vencedor, já que dá uma boa valorizada nos pontos de vista dele e, sinceramente, eu aprovo os dois juntos, o que acaba, por consequência, fazendo a Hongou sobrar.

O caso dela, bem… É complicado. Se for avaliar de uma forma mais racional ela é, de longe, a com a personalidade mais forte ali, mais até mesmo que a Sugawara que tem tanta confiança.

A Hongou se esforça e chega, literalmente, ao seu limite para enfrentar esse “bloqueio sexual” que tem, mas ainda é algo que não me desce.

Não posso assumir que seja o mesmo para todo, mas eu não consigo valorizar esse esforço dela porque é uma relação que para mim não tem graça.

Não é como se fosse uma piada sobre lolicon ali, é realmente pedofilia, então não dá para criar aquele sentimento de torcer, ou querer que as coisas deem certo para ela.

Semana que vem, acredito que dê para ter uma opinião melhor sobre tudo, tanto para o bem, quanto para o mal, já que as coisas foram meio por um caminho sem volta para os dois.

Tá jogando sujo a moça.

Para finalizar, como dizem aqui para os lados onde moro: “Talarico bom, é talarico morto”. Sugawara puxou forte a tag de NRT para esse episódio, e fechou ele de uma forma, talvez, revoltante para alguns.

No meu caso, ainda ficou como um espectador, só comendo minha pipoca e esperando para ver o que vai dar. As atitudes dela foram injusta com a Kazusa, mas eu ainda consigo ver como desenvolvimento do enredo, ao invés de só ficar bravo com o que aconteceu.

Na verdade, eu tenho que elogiar essa parte do episódio, porque eu adoro metáforas, e o uso de um clássico, como O pequeno príncipe, só faz com que as coisas fiquem ainda melhores.

A forma como o conto se relaciona com os personagens faz com que eles tenha uma profundidade adicional de forma bem sutil e interessante.

A posição de rosa para Kazusa funciona muito bem, em especial, se você olhar do ponto de vista dela, onde tivemos vários episódios com a personagem se menos prezando. e se colocando como “mais uma dentro do jardim”.

O romance entre os dois segue o mesmo principio, onde o fato deles terem vivido junto foi um dos fatores para o início do namoro. O Izumi não tinha um sentimento propriamente dito pela Kazusa, e foi o peso do passado entre os dois que fez com que ele tomasse um lado.

E claro, a Sugawara ficando com a posição de raposa, que acaba por acertar um ponto fraco da personagem. Essa não é a primeira vez que ela demonstra ter ressentimentos por ser esquecida/apagada.

Aquela linha de pensamento sobre perder sua beleza quando ficasse mais velha se encaixa bem nessa metáfora também, então no final, pode ser como a Momoko falou.

A Sugawara está confundindo as coisas. Imaginando que o sentimento de perda e solidão é o mesmo que estar apaixonada pelo Izumi.

Golpe fatal em uma das fragilidades da Sugawara.

Resumindo, Araburu Kisetsu Otome domo yo trouxe outro bom episódio. Dividindo o tempo com algumas situações mais bem humoradas, e desenvolvimento o enredo de forma que te faça ficar curioso para saber o que vai acontecer na semana que vem.

Vamos ver se as tretas vão aumentar, ou se as coisas vão se resolver de uma forma mais pacifica.

Extra

Adoro os surtos delas.

Quem é você, e o que fez com a Sonezaki pistola?

Expressão da Hongou é 10/10

Tem que pegar umas dicas com a Lily de Joshikosei para começar a ser um verdadeiro velho tarado.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.