Araburu Kisetsu Otome domo yo #05 – Impressões Semanais

Se eu tivesse que definir esse episódio, diria que ele foi bem estranho. Não em um sentido negativo, mas de maneira que te faz ficar pensando sobre o que a autora tinha na cabeça quando tomou aquelas decisões para fazer algo tão peculiar.

Começando pelo passado da Sugawara, eu fiquei bem surpreso em ver a pedofilia sendo usada de forma tão aberta assim.

Era meio que nítido que o romance dela iria tratar algo envolvendo um homem mais velho, mas chegou a ser até um pouco desconfortante e repulsivo para mim ver como o personagem expressa abertamente o interesse por crianças.

Mesmo que com um certo humor, Araburu ainda é uma obra séria, então aquela cena do homem esfregando o rosto contra o pé da Sugawara me deixou meio incomodado, e criando esse sentimento de desaprovação, o que no final das contas pode ser algo bom.

Essa questão lolis e “adoração” por garotinhas é algo que é quase sempre trato como alivio cômico, então pode ser interessante ter esse choque de realidade e ver que no mundo real esse comportamento é doentio.

Por outro lado, essa questão também pode acabar virando uma faca de dois gumes, onde a falta de cuidado na hora de desenvolver esse passado da Sugawara, acabe banalizando esse comportamento do personagem e deixando o tema sem profundidade.

Por mais que não tenha acontecido o abuso físico, é nítido que o homem influenciou as visões e o estilo de vida da Sugawara, então romantizar esse abuso psicológico, digamos assim, seria muito ruim na minha opinião, por vários motivos que já foram citados por aí quando se trata de pedofilia.

Vamos ver como fica…

Outro coisa que tomou alguns rumos meio loucos foi a relação do professor com a Hougo. Eu ainda não sei muito bem o que esperar dos dois.

Tem horas que parece que vai ser apenas um relação de cooperação, onde o professor vai ajudá-la a entender melhor as dúvidas sobre ser escritora e tudo mais, porém, ao mesmo tempo, parece bem nítido que vai acabar surgindo alguma coisa entre os dois.

A forma como os dois tem interagido é… Peculiar. O comportamento do professor parece bem questionável, mesmo ele dizendo que não sente interesse em garotas do colegial, parece que ele tem sim interesse nisso.

Além daquela cena da Hougo tentando levantar a saia ser bem estranha porque, bem, não é todo dia que você vê esse tipo de cena em animes.

Parece que a ideia ali era fazer a garota tomar consciência de certos limites sobre erotismo, mas sei lá, é algo bem esquisito para se usar, além de todo o papo de ter uma relação ilícita ser questionável também.

Seria legal se a autora não criasse aquela necessidade de formar cinco casais, porque dependendo de como esses mais problemáticos seguirem, pode acabar prejudicando a obra.

FBI tá de olho nesses dois.

Seguindo com o desenvolvimento das garotas, vamos para Kazusa, que na verdade acaba voltando para a Sugawara.

Gostei de como a relação dela com o Izumi foi se formando. Não é aquela coisa forçada para criar rivalidade, mas também não deixa de criar um pouquinho de suspense e tensão sobre como as coisas vão terminar com essa amizade surgindo.

O fato da  Sugawara ter deixado escapar para o Izumi o que a Kazusa sente foi bem interessante, quebrando um pouco do clichê de não saber nada do que está acontecendo entorno de si mesmo.

Espero que na semana que vem as coisas andem um pouco mais, e que os maus entendidos por parte da Kazusa sejam exposto.

A Sugawara é inteligente, então já deve ter ligado os postos, agora é saber como a Kazusa vai lidar com essa aproximação entre os dois, e se o Izumi vai ter mais consciência do que está fazendo, já que sabe que a Kazusa senti alguma coisa por ele.

Não é por nada não, mas até que eles fazem um bom casal.

Indo agora para Momoko, eu, sinceramente, senti pena da coitada, mas achei bem legal esse anticlímax com o garoto predestinado dela.

O moleque é um completo babaca, curtindo vantagem por dividir a conta e não tendo o menor bom senso sobre a garota. É interessante ver esse primeiro contado da Momoko com o sexo oposto ser algo frustrante, porque nem sempre aquela visão de príncipe encantado é real, e acaba sendo uma abordagem legal para personagem sair do clichê que tinha caído com a aproximação do garoto.

Vamos ver como vai ficar a relação dos dois depois disso, se ainda dá para ter salvação com o garoto (espero que não), ou se tudo vai terminar por ali mesmo.

Facepalms são poucos para ele.

Por final, temos a situação da Sonezaki que, correndo por fora, acabou sendo a primeira a formar um casal dentro do anime.

A parte dela não tem muitas coisas para comentar, mas fecha o episódio de uma maneira bem legal, com ela respondendo ao pedido do garoto de uma maneira bem fofa, pedindo para ele ser bom com ela.

A reação do garoto também foi bem divertida, e espero que ele realmente leve ela a sério e surgia algo legal entre os dois. Chega a ser até um pouco depressivo ver a forma como a Sonezaki acaba se diminuindo, então que tudo de certo entre os dois e termine com um final feliz.

Sonezaki é muito amorzinho.

Resumindo, Araburu Kisetsu Otome domo yo continua mantendo um bom ritmo e dividindo bem o tempo entre cada uma das personagens (só reparar que mesmo gastando poucos parágrafos para cada uma, ainda ficou grande o texto).

Algumas ideias podem ser meio estranhas, e outras talvez ousadas demais, porém, ao menos por enquanto, ainda não chegam a ser um problema grave.

No geral, o anime continua mantendo a mesma pegada de antes, sendo bem divertido de assistir.

Extra

Isso foi meio estranho…

Achei meio forçado uma criança de 11 anos ter esse tipo de reação, e ainda pedir para “fazer comigo”. Mesmo que ela tenha maturidade para entender esse tipo de coisa, o que já seria um tanto absurdo, na minha opinião, aí é uma situação forçada.

Kazusa desbloqueou um novo nível de 5º série.

Esse cara… Não sejam esse cara.

Ah se essa conversa vaza…

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.