We Never Learn #11 e #12 – Impressões Semanais

Bokuben chegou à sua reta final e eu já espero que meus sábados sejam muito bem preenchidos na próxima temporada. De qualquer maneira, a Asumi-senpai e a sensei foram os alicerces para o episódio 11, ao passo que, Fumino e Uruka protagonizaram os principais momentos do 12. 

Furuhashi a conselheira amorosa atrapalhada! Hahaha ~

No meu ranking pessoal, a primeira posição é disputada a cada capítulo por Fumino e Kominami-senpai, mas se tivesse que apontar uma que viesse correndo por fora, seria a sensei (ao lado da Takemoto). É evidente que a professora é um dos mais fortes alívios cômicos da história, pois as coisas mais aleatórias a estabanadas acontecem com ela. 

Ela é aquele tipo de personagem que está nos lugares mais aleatórios nos momentos mais inadequados, visto o acontecimento no qual ela observa o Nariyuki entrando para o Maid Café. Todo o episódio focado nela foi engraçado, seja nos momentos dentro do café ou nos momentos em que ela se vestiu como uma colegial de novo (ficou bem interessante). 

Maid atrapalhada? Contrate já a Kirisu-sensei!!

Essa skin fica melhor que a original dela de terno (supera até o moletom)

Minha crítica é para a “síndrome do mundo pequeno” que o roteiro dispõe, basicamente, se você reparar, todo mundo se conhece, e o Yuiga aparenta ter um “imã” para atrair as suas alunas. Isso atrapalha a experiência? De certa forma não, pois acho que o “no sense” desses acontecimentos é o ponto forte da obra, entretanto, em dados momentos fica meio chato você ter todas as meninas em cena (como foi no episódio na clínica). Sério, há momentos que eu só queria o Yuiga sozinho com a Kominami (ou com qualquer pessoa que seja) mas aí brota alguém do nada. 

Mas em linhas gerais, os acontecimentos (de ambos os episódios) foram muito engraçados, porém, vou sair um pouco do meu costume de falar sobre os eventos para destacar outra coisa.

Beijo de novela!! ~ E não, não é esse o destaque! 

Agora, vamos para o meu grande destaque, a direção extremamente inteligente do nosso consagrado Yoshiaki, pois esses dois últimos episódios trouxeram uma mescla de capítulos (que Kaguya-sama costumava fazer) e que funcionaram muito bem para o ritmo do anime. Falando de uma forma mais clara, o anime não tem seguido os acontecimentos do mangá de forma linear (e isso é ótimo). 

Quando o trabalho envolve uma romcom, o diretor tem que ser bom, pois os mangás de comédia romântica são muito parecidos em sua essência, basicamente, você tem os “capítulos-chave” em que ocorrem fortes hints entre os casais, e uma porção de capítulos aleatórios com acontecimentos aleatórios (que trazem hints um pouco menores), contudo, quando você dispõe de um grande leque de personagens (caso de Bokuben), a linearidade dos acontecimentos tende a ser dividida. 

Quem acompanha o mangá, percebe claramente que o Tsutsui Taishi divide as atenções, em outras palavras, faz um rodízio para que todas tenham seus momentos com o Nariyuki. Isso funciona no mangá, mas em um anime, se for algo muito repetitivo, pode ser um “tiro no pé”, pois há quem não goste do formato de esquete. 

Visto isso, a direção competente de Yoshiaki aliada ao também excelente compositor de série, Go Zappa (que fez o mesmo em Blend S, por exemplo), decidiu pegar capítulos bem mais à frente para compor as histórias. Por exemplo, no episódio 11, são usados os capítulos 34 e 41 (focados na sensei) para dar toda a atenção do episódio para a Kirisu. 

No episódio 12, o anime começa retomando os acontecimentos do capítulo 35 (a ajuda da Fumino), engrena no 42 (a competição da Uruka) e pega momentos de um gaiden que teve no capítulo 43 (contando como Takemoto e Nari se conheceram). Contrastando a isso, dá claramente para ver que o anime vai fechar em um forte hint entre Fumino e Yuiga (capítulo 39), mas que também vai trazer, provavelmente no início do episódio, acontecimentos do capítulo 40 (que envolve a Kominami-senpai). 

Ora, ora temos um xéroque holmis aqui hahaha

Perceberam quanta coisa foi aproveitada da frente e/ou retomada? É isso que difere uma direção competente de uma “mais ou menos”, a criatividade de um diretor conta muito em animes desse tipo. Linearidade? Deixa isso para os animes que realmente têm uma história muito complexa para contar (vide os shounens da vida). 

Em síntese, foram dois ótimos episódios (em aspecto de direção nem se fala), tudo que envolveu a Fumino abriu o caminho para um final que vai deixar muita gente no hype, e a Takemoto teve seus sentimentos frustrados de novo, mas continua sendo um ótimo alívio cômico. 

Nota do Redator para os episódios: 4.75/5

Breno Santos

Editor, Filmmaker, 22 anos, amante de astronomia, café e cultura otaku no geral; além disso, é fascinado por cinema e pelo trabalho executado por uma staff de animação.