Kimetsu no Yaiba #08 a #12 – Médica, Futebol e Bobão Boladão | Impressões Semanais

Primeiramente, peço desculpas aos leitores pelos atrasos e abandonos recorrentes desde o final de 2017, como relatei em alguns reviews, tenho tido que resolver muitos problemas familiares e pessoais, incluindo faculdade. Em suma, vida adulta não é fácil, mas não deixarei o blog porque amo irritar e brigar com o chefe (e porque é o meu hobby e me ajuda a relaxar).

Segundo, o marco já fez uma review do episódio 12, e esta é as minhas impressões sobre kimetsu até o momento, caso queiram comparar o que cada um estar achando, fiquem a vontade.

Indo ao que interessa, contabilizando doze episódios, Yaiba esta quase fechando sua primeira parte e já conseguiu introduzir bastantes características de seu mundo e como provavelmente vai ser a dinâmica de escalada do Tanjirou com os inimigos. 

O anime não foge esta fugindo de sua premissa, mantem um ambiente quase sempre tenso e mostra para o que veio. Como já esbocei em comentários anteriores, o roteiro não é algo fantástico, é o clichê aplicado de forma eficiente. Ele é simples, mas tem potencial de entretenimento.

Então como estão cansados de ler a obra prende a atenção do público não por ser algo novo e complexo, mas pela boa condução das situações, principalmente com o uso de ganchos para manter o foco no próximo episódio. O que o storybord de Yaiba faz muito bem.

Se vocês se atentarem, vão perceber que todos os episódios estão tendo algum corte que faz uma chamada ao próximo. Quando é um evento de batalha ou encontros com o adversário, algo mais épico ou desesperador. Quando é um episódio um pouco mais “light”, algum acontecimento engraçado ou chamativo.

Que belo corte, Literalmente!

E o recurso não é desperdiçado porque o episódio seguinte acaba realmente cumprindo com a expectativa criada com o gancho, diferente de SAO que criava a situação, mas te dava um banho de água fria.

Só espero que isto não acabe desgastando o espectador com o tempo, e alguns eventos sejam mais imprevisíveis e tenha uma quebra de expectativa aqui ou acolá, o que ajuda a diversificar a narrativa.

Afinal o que se espera é que a jornada do nosso herói, e seus futuros companheiros, fique cada vez mais difícil e, consequentemente, eles se aproximem mais da morte.

Pelo plot armor que é comum em Battle shounen, você sabe que a cruz não fica em cima dos protagonistas, mas é interessante você deixar a possibilidade de morte para os outros personagens próximos da dupla principal, ou seja, os companheiros, o que cria uma emoção a mais na história.

Em relação aos novos personagens, eu realmente esperava que talvez houvessem outros onis que fossem mais amigáveis aos seres humanos, o que acabou sendo entregue com a senhorita Tamayo e o Yushiro.

Clichê, mas, seja bem vinda doutora, tú é uma beldade XD

Afinal, as criaturas ainda guardam aspectos humanos, então o lado dos onis também tem uma tendencia a ser cinza, deixa os inimigos mais complexos, sendo legal que se faça esta abordagem para que o adversário tenha alguma construção que não seja apenas um maniqueísmo puro, a disputa crua entre bem e mal.

Claro que, pelo que é elucidado, o vilão Kibutsuji é realmente maléfico e traiçoeiro, mas é interessante notar que este também possui algum ranço ou trauma que lhe causa ódio. Só verem a reação dele ao comentarem que ele parecia um moribundo.

E estes pequenos detalhes na personalidade, ou no comportamento de um personagem, podem dar mais feições e o tornar algo um pouco mais aprimorado. O “sou mal” um pouco mais complexado, o mal com ações e atitudes inerentes a um ser humano.

Claro que nada te impede de realmente partir para o dualismo e fazer um personagem mal como algo inerente dele, mas os personagens mais apaixonantes e interessantes se apresentam como aqueles que são ruins, psicopáticos, mas possuem por trás de suas ações um plano de fundo bem colorido.

Cutucou nenhum pouco a onça com a vara curta XD

Vide o personagem Pai de Fulmetal Alchemist Brothehold, ele é egoísta, cruel e soberbo, mas por trás de todos os seus pecados havia algo inerente ao pai do Edward: Desejo de ser livre.  Então espero que Kibutsuji também trilhe um caminho parecido, que o torne algo a mais do que apenas mal.

Mas, infelizmente, nada é perfeito, e no caso de Yaiba é os exageros criados para gerar humor. Algumas atitudes de personagens como Yushiro e Agamatsu são tão caricatas que chega a irritar.

Os atos de Yushiro ainda são dosados, sendo até engraçados em alguns pontos, mas as ações de Agamatsu só são irritantes mesmo. Em suma, se a situação de encontro de nosso guerreiro da espada negra com o loirinho era para ser divertida, foi um porre e ridícula pelas ações muito aberrantes, absurdas e sem noção do personagem.

Em uma disputa entre Asta e Agamatsu para ver quem grita mais alto, fica até difícil julgar.  As caras do Tanjirou que me faziam soltar umas risadas, mas do restante, foi uma apresentação muito esdrúxula de personagem, que espero que não seja assim até o fim.

E sendo sincera, por mais que o loirinho tenha um modo fodão, que é bastante digno de respeito para ser sincera, sendo até bem mais poderoso que o protagonista, é complicado se o modo mais presente dele seja o covarde com mega fone na garganta, o que eu tenho certeza absoluta que será.

Heim, tem alguma maneira dele ficar assim 24 horas?

Enquanto a apresentação do cara de javali foi um pouco melhor, mas também sofre do mesmo problema: Exagero. O que temos de companheiros  para o Tanjirou é o padrão shounen de: o cara medroso e bobão e um mais revanchista que provavelmente vai ficar puxando disputa com os dois.

Deixando claro que isto não pode acabar sendo um problema se desenvolverem bem os dois personagens durante a jornada, o problema é se manterem estas personalidades que ao meu ver  são artificializadas até o arco final.

Então estou esperando que os dois acabem sofrendo uma evolução em suas concepções durante a obra – e no caso do Zenitsu que ele fique no modo fodão acordado e pare de ser tão exagerado.

Resumindo, o anime esta conseguindo se manter algo atrativo e expandir seu universo com o protagonista sempre em movimento e envolvido com situações complicadas, o que acaba mantendo o público que gosta do gênero bem entretido.

#Extras

Aquele preparo para mitar!!!

A habilidade especial desse bicho não é falar, é aparecer do nada!!!

Quando você agradece o oni por parar um psicopata!!!

O javali é loucão, mas pelo menos é bom sem precisar mimi XD

Legal, mas heim, será que ela sente dor fazendo isto?

 

Irritado meu chapa?

Não, nenhum pouco!!!

É crack, contratem a Nezuko pra seleção japonesa pra ontem!!!

Gollll, é da Nezukooooooooooooooooo!!!!

Sirlene Moraes

Apenas uma amante da cultura japonesa e apreciadora de uma boa xícara de café e livros.