Lostorage Wixoss Conflated #11 a #12 – Impressões Finais

Herdando o fardo de uma temporada que, por mais que não tivesse sido ruim, também não tinha conseguido emplacar a mesma empolgação que a original tinha, Conflated decidiu apostar em combo de nostalgia e batalhas, chegando ao ponto de realmente oferecer uma disputa a cada episódio.

A questão é saber até que ponto isso poderia ser considerado como um ponto positivo, já que as constantes tentativas de movimentar a história, acabam levando a um desenvolvimento mais lento do enredo principal, criando a sensação de que os mistérios foram alongados demais, e que as regras foram deixadas de lado no meio do caminho.

Um final talvez um pouco rápido, mas que consegue ser divertido.

O décimo primeiro episódio gira em torno das grandes lutas finais. Ruuko finalmente tem a chance de recuperar as LIRGs pegas pela Layla, e a Kiyoi/Suzuko, tem a chance de enfrentar o Satomi e tentar dar um ponto final para os seus planos.

As lutas, mesmo sendo legais e entregando algumas cenas bem feitas, ainda não fogem muito do que já vinha sendo mostrado até aqui. A Tama tinha conseguido voltar para o lado da Ruuko e isso, claro, leva a uma luta mais equilibrada para ela, por mais que, indiretamente, também já denuncie o resultado por motivos óbvios.

O próprio flashback da Layla já entrega e, sinceramente, acabou me decepcionando um pouco por não ser tão profundo. Levaram tanto tempo com essa tentativa de vender uma vilã dura na queda, que quando chegou o momento dela cair não conseguiu impressionar muito.

Não foi ruim, mas não chegou a ser aquele senhor confronto.

Por outro lado, a luta contra o Satomi me impressionou mais, em especial, por ver a Suzuko perdendo. Se tivessem feito isso no meio da temporada, ela certamente soaria mais interessante para mim, mas, de qualquer forma, a luta contra a Carnival consegue trazer um bom entretenimento.

A disputa contra a Suzuko é bem distribuida, e quando chega a vez da Kiyoi vingá-la, consegue usar uma estratégia até inteligente para derrotá-lo, fechando um pouco melhor essa rivalidade criada desde a primeira temporada de Lostorage.

Em resumo, por mais que os conflitos finais tenham um ar meio simples, eles ainda conseguem entregar boas coisas, e finalizar essa competição forçada que a Carnival criou.

Seguindo a construção do personagem, a transformação ficou bem legal.

Depois disso, a vitória das duas garotas acaba levando ao quarto branco, onde um pouco mais de explicações sobre o mundo acontecem.

Se não entendi errado, fragmentos das emoções das outras garotas, juntos de um pouco dos sentimentos da Mayu, acabaram levando a criação daquele novo lugar, e por consequência, os novos jogos para definir um dono.

Novamente, o anime entrega outra luta, chegando ao ponto de colocar todas as LRIGs para participarem, o que em um primeiro momento me fez achar engraçado a maneira “bagunçada” que as coisas aconteceram, mas aos poucos isso vai sendo desdobrado em algumas exposições interessantes sobre a Mayu.

Assim como aconteceu antes, a resolução do problema vinha em trazer a aceitação para ela e encontra a dita porta para isso.

A Kiyoi conseguiu fazer bem seu papel como protagonista aqui, por mais que tenha sido um pouco forçado apontarem ela como “líder” sem realmente gerar um mérito pela vitória (talvez com mais tempo fosse possível criar uma disputa entre ela e a Ruuko). Porém,  ainda é interessante ver como ela resolve os problemas.

Virou uma guerra de LRIGs.

Como o esperado, após vencer, Kiyoi desejou que tudo volte ao normal, incluindo as memórias das garotas que participaram do primeiro jogo(ou segundo, se contar a temporada original). O que não é um desenvolvimento ruim, na minha opinião.

Pensei que iam deixar de lado o drama da Chinatsu no meio disso, mas até que conseguiram aproveitar bem, mostrando ela sofrendo quando se lembrou de tudo o que aconteceu, para então ser apoiada pela Suzuko, o que pontua bem a questão da amizade entre as duas.

Para encerrar, o anime traz aquele fanservice quase infalível, mostrando todas as LRIGs e Selectors voltando para as suas vidas normais e passando seu tempo como garotas comuns.

É sempre legal ver o futuro com tudo certo.

Por mais que essa temporada não tenha sido impressionante, ainda conseguiu me divertir bem mais do que a anterior (não considerando a original aqui). Ela tem, de fato, mais problemas, como a falta de controle das regras, e a quase indiferença aos efeitos que elas podiam causar a quem perdia, mas a movimentação que as lutas trouxeram me agradou, além desses fanservices com um toque de nostalgia.

É meio triste não conseguirem trazer de volta o clima tenso que consagrou a série, mas não me senti perdendo tempo ao acompanhar essa temporada.

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E você, que nota daria aos episódios?

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Extra

O único que eu não consegui reconhecer foi esse bebê… Era alguém importante, ou foi só um close em uma bebê?

Eu ri muito disso, não sei porquê.

Nem deve ter doído…

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.