Darling in the Franxx #22 – Impressões Semanais

 

O review escrito abaixo é do redator Marcelo, enquanto o em vídeo (acima) do Marco.

Deixando um pouco de lado alguns problemas do roteiro, o episódio dessa semana consegue ser bem interessante, construindo um clima legal sobre a situação das crianças após a fuga dos VIRM para o espaço, assim como para o estado atual da Zero Two.

Ainda existem certas coisas um pouco preocupantes, como o tempo que eles têm para desenvolver esse novo clímax, e o quão convincente ele pode ser, porém, analisando o episódio de forma isolada, as coisas foram mais positivas.

Teve até citação a Heráclito para fingir que é cult…

Acho que uma das primeiras coisas que chama atenção nesse episódio é o skip de tempo que teve. Graças ao fato dos aliens terem voltado para o espaço, seria meio complicado não criar esse salto no tempo para contextualizar melhor os eventos, já que uma retirada sendo seguida por uma nova invasão soaria muito rápida e forçada.

A ideia em si é boa, e até mesmo necessária, como acabei de falar, mas assim como vinha acontecendo, Darling deixa escapar detalhes que seriam bem interessantes de se mostrar, ou até mesmo importantes de serem adicionados para incrementar a experiência de quem assiste.

Logo nos primeiros minutos, o que você vê é uma grande lacuna no drama e “tensão” levantado na semana passada.

Sim, o episódio mostra uma cena, para não dizer frame, do grupo reunido após a ativação da Strelitzia 2.0, mas isso nem de longe é algo suficiente para mim.

Não que tivessem que entregar um episódio inteiro focado em mostrar como a Ichigo saiu daquele buraco em que caiu, ou como protegeram o Franxx da Ikuno/Futoshi, mas um pouco de consideração aos efeitos causados por aquela tentativa de tensão seria bom aqui.

Entendo que o anime já está com o tempo apertado, então é compreensível que queiram dar atenção a questões mais importantes, porém, foi um pouco decepcionante para mim não terem criado qualquer consequência ao que aconteceu no episódio passado.

Até mesmo a Ikuno, que teve mudanças visuais drásticas, é tratada com tanta indiferença, que mal parece que está com problemas.

Os comentários aleatórios sobre a febre e coisa do tipo não são lá muito interessantes para mim, e deixa esses efeitos subentendidos demais para o meu gosto.

O tempo está se tornando o maior inimigo de Darling…

Por outro lado, a tentativa de questionar as ações do Hiro usando o Goro ficaram boas, e conseguiram me fazer dar um pouco de importância para as ações do Hiro em relação ao grupo.

O problema, no entanto, volta a ser o timing em que as coisas acontecem. O discurso do Goro pode ser bom, e ter algumas coisas legais para serem trabalhadas, mas não consegue ficar vivo o suficiente para fazer isso valer.

“Ele está fazendo o certo?”

Por mais que essa dúvida tenha surgido em mim, terem resolvido o problema logo em seguida perde boa parte do desenvolvimento que ela podia criar.

Novamente, não daria para dizer que isso é um problema, já que seria ilógico cobrar tal desenvolvimento a essa altura do campeonato, mas esse tipo de coisa não deixa de ser um reflexo das decisões equivocadas que o roteiro teve durante a temporada.

Spin-off com o Goro de protagonista, quando?

Mas ok, deixando de lado essas questões que talvez só tenham importância para mim, vamos falar do lado bom do episódio, que por incrível que pareça, é bem mais expressivo do que os negativos essa semana.

Eu gostei bastante do que a direção conseguiu fazer nesse episódio, principalmente em relação ao drama da Zero Two. Até mesmo a OST conseguiu se mostrar um pouco mais presente para mim, criando um clima de tensão, e até mesmo de angústia, por conta dos efeitos colaterais do episódio passado.

A forma como foram expondo os machucados no corpo da Zero Two, e dando as dicas sobre os possíveis motivos para isso estar acontecendo,  ficou legal, é dão um ar interessante para o episódio.

Não posso dizer muito sobre a revelação em si, já que não era tão surpresa, mas foi uma maneira diferente de abordar esse estado vegetativo que ela se encontra.

Contextualizou com o lance dos chifres, além de abrir a janela para enfrentarem os VIRMs sem depender de uma invasão, então em um montante geral, diria que foi bem positivo essa ideia de colocar a consciência da Zero Two no Franxx.

Claro, ainda é um pouco preocupante o quanto podem viajar no roteiro para recuperar a consciência dela, mas por enquanto ainda é cedo para falar.

Eu gosto quando Darling aposta nesse clima mais sombrio.

Mantendo alguns dos seus problemas clássicos, Darling entrega um episódio bom, com um clima interessante e bem expressivo. As conveniências ainda continuam ali, mas não tão chamativas quanto das últimas vezes.

Agora é esperar para ver como vão resolver essa viagem espacial que programaram, e se vão entregar algo condizente para recuperação da Zero Two.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

Best girl, e se dizerem que não, eu chamo de waifu u-u

Ignorem o rosto torto da Nana, e foquem nas informações importantes.

Dr. Franxx já já entra para lista dos personagens que tinham um plano B para tudo quanto era coisa.

Resumo da vida amorosa.

Só com tsunderagem para justificar essa mudança de opinião.

Pelo menos tiveram a decência de justificar que o diagnóstico veio de um banco de dados, e não de alguém que nem sabia o que era engravidar até ali.

Mas eu ainda estou curioso para saber onde isso vai levar… Está tão jogado ao acaso aí, que parece que vão colocar o filho nos braços dela e terminar o negócio sem dar qualquer importância para esse drama.

Você percebe que o sadismo está alto quando fica esperando o braço da Zero Two sair na mão do Hiro.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.