Persona 5 #04 – Impressões Semanais – Fuuusão!!

Persona 5 definitivamente é aquele tipo de obra que sua história é 60% texto e 40% ação. Entendam que o foco do anime é o cotidiano, problemas do elenco e da própria sociedade.

Contudo é preciso saber mesclar isto a uma ação mais empolgante no metaverso, ou o público vai dormir na frente do computador.

E a trilha sonora não faz milagres nessas horas, por mais que ela seja excelente.

Então é essencial um pouco de criatividade na hora de adaptar, principalmente, as lutas contra os chefes dos palácios.

Porque estão seguindo demais a dinâmica de batalha do jogo e esquecendo que aquilo ali é um anime.

Sinceridade, estas batalhas continuam muito sem sal ¬¬

Em suma, a ação desse episódio funcionou um pouco melhor que dos anteriores, mas as batalhas continuam sem aquele up que faz você se empolgar.

Isto porque ela ainda não possui coreografia bem elaborada, ou pelo menos um show de pirotecnia para te prender (como eu mostrei na ova no post anterior).

Por mais que no jogo você realmente fique parado na frente do Boss, no anime você poderia fazer o elenco se mexer. Eu sinto praticamente que os personagens são pesos mortos.

Faça os personagens brilharem, dançarem um pouquinho na tela. Pois sinceramente, recursos para brincarem com isto já teriam.

Como o batom pass, habilidades de healing , bloqueio e alguns ataques específicos das personas deles, além das armas de fogo e ataques físicos.

Isto que o diretor chama de impactar com a party tomando dano

E caso isto não fique legal no storyboard, modificar um pouco o material original pra casar melhor com a animação, dar aquelas pinceladas na dinâmica das batalhas.

Isto não vai te fazer mal, afinal você também está querendo comprar um público que não jogou o jogo.

Enquanto a invasão do castelo? Por não terem tempo de tela para isto, realmente precisaram cortar esta parte da aventura e mostrar isto de forma bem mais rushada.

Nota: Rusharam bem isto desde os episódios passados, as passadas nos castelos são cheias de puzzle e uso de stelf. Então se puderem jogar o jogo, recomendo e muito.

O que não é problema, mas acho que seria mais interessante que durante a captura da persona eles aplicarem uma batalha mais rápida e dinâmica com alguns guardas do que um simples nocaute.

Basicamente, tentaram demonstrar um pouco da mecânica de negociação. Além, de focarem a habilidade especial e presente em todos os protagonistas do Ren de capturar personas .

Vou admitir, gostei de terem preservado o treinador de Pokémons

Mas poderiam reformular um pouco melhor aquela situação. Ficou meio sem graça, principalmente pela penetração no castelo, desde o inicio, ser nada desafiante.

Agora, vou ser sincera, nem tudo ficou ruim neste episódio. Gostei muito deles conseguirem mesclar a fusão de personas e a narrativa através do Ren caindo em combate.

Só que isto funcionaria melhor obviamente se toda a situação realmente passasse alguma tensão, o que sinceramente é o que estou sentindo falta em Persona 5.

As batalhas são muito secas e sem vida, não sinto como se o protagonista estivesse em uma situação de vida ou morte em momento algum.

Além da clara preguiça da produção de desenhar o chefe a mão e aplicar um CG. Não ficou exatamente ruim, já que conseguiram mesclar até de forma razoável o CG na animação.

Conseguiram suavizar ele com a animação, mas custava fazer em 2D?

Mas mesmo assim continua sendo algo bem perceptível e poderiam ter se dedicado mais na luta com o boss e o próprio boss.

E sendo sincera, sinto quase um certo desleixo do diretor com o anime. Por que estou afirmando isto? Porque parece realmente que ele não quer revisar ou revisa os storyboard de forma bem meia boca.

Este diretor é bom, então ou é falta de experiência dele em adaptar especificamente jogos ou ele está muito ocupado para revisar a produção.

Porque tem varias situações que ele poderia pincelar melhor uma cena ou ação, ou pedir pra reformularem totalmente por ser sem pé nem cabeça.

Quer um exemplo? O Ren tromba na Takemi (médica) e do nada ela entrega um medicamento para ele como se já se conhecessem, além de já oferecer pra ele a proposta de ser uma cobaia na frente do Sojiro.

E foi assim que alguém perdeu sua licença médica

Onde você colocou o bom senso diretor? Você não acha que em uma situação real ela não correria risco de ser até presa ? Inclusive por expor que testa medicamentos em pessoas praticamente em público, ela estava no Le Blanc.

E o Sojiro é um ótimo tutor, porque vê praticamente a pessoa entregando um pacote suspeito para o pupilo dele e oferecendo uma proposta perigosa e fica bem de boas.

Resumindo, Persona 5 está tentando resumir bastante o conteúdo da obra original e adapta até bem algumas partes, mas tem situações muito mal elaboradas no roteiro e que precisariam de um pouco mais de tempo para serem melhor estruturadas.

O que talvez possa ser o real problema dessa obra, o diretor parece estar com problemas na produção, o que claramente prejudica na qualidade dos episódios do anime.

Inclusive a Opening só foi entregue agora e, como o esperado, apesar de não ser tão estilosa e visar algo mais estético e charmoso como a do jogo, ela cumpre com o papel dela e tem umas transições até que interessantes como as do Akashi e do Ren.

Concluindo, Persona 5 continua sendo um anime assistível e um bom entretenimento para quem não tem mais nenhuma obra interessante para ver. Fora isto, não recomendaria perderem o seu tempo com ele caso não gostem de algo focado mais em cotidiano do que na ação em si.

Nota: Por diversos motivos, entre evitar de me chamarem de masoquista, passarei a comentar Persona 5 ocasionalmente ou apenas no final do anime. A partir de semana que vem, pegarei SAO Alternative para comentar.

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E você, que nota daria ao episódio?

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#Extras

Vamos admitir, a fusão de Persona poderia ter sido mais impactante como a do jogo XD (mas pularam os bichinhos perdendo a cabeça, uma pena XD)

Fácil Morgana… o protagonista XD

Esta foi a expressão dos jogadores ao trocar o Arsene por um bebê dentro de um pote.

Minha reação ao go go mask do Ryuji.

 

 

Sirlene Moraes

Apenas uma amante da cultura japonesa e apreciadora de uma boa xícara de café e livros.