Shingeki no Bahamut – Virgin Soul #01 a #06 | Impressões

O que mais me divertiu em Virgin Soul foi o fato da história começar justamente onde a maioria das outros terminaria. As cenas iniciais são um típico cenário de arco final. Um poderoso exercito está invadindo a fortaleza dos Deuses/Anjos, e um general com um forte senso de “justiça” aparece para dar base aos seus ideias sobre o que é “certo”.

Tudo se encaminha para o surgimento de um herói, que irá usar uma frase de efeito para tentar convencer o general de que aquilo é errado, e então começar um efeito flashback, para só assim, de fato, dar início ao andamento da história.

Porém, isso não acontece. Ao invés de uma volta no tempo, para começar a contar história antes de todo o evento que acabou de ser mostrado. O anime da um salto para frente, e mostra que o nosso querido herói já estava na cena, e já havia usado sua frase de efeito.

O que parecia ser o prólogo de um possível caos mundial, na verdade, era o prelúdio do ressurguimento da humanidade.

Tudo pelo bem da humanidade.

Para ser sincero, eu não assisti a primeira temporada, o que me deixou um pouco cauteloso sobre se deveria ou não pegar Virgin Soul para ver. A resposta para essa pergunta é um pouco ambígua.

Em essência, não há nada ali que ti faça criar a sensação de estar completamente perdido, de sentir como se o roteiro estivesse supondo que você tenha conhecimento prévio para seguir com a história. Por outro lado, ao menos para mim, ficou claro que estou perdendo toneladas de referência a outros personagens.

Existe um relacionamento já criado entre os envolvidos na história, incluindo conhecidos da próprio Nina. E isso já está me fazendo sentir necessidade de ver a primeira temporada, por acreditar estar perdendo muitos detalhes.

Uma personagem interessante, em uma situação intrigante, mas que não consigo pensar em muitas coisas por não ter visto a outra temporada.

Mas mesmo com exemplos iguais aos da imagem acima, a história geral não sofre grandes impactos, com exceção do que falei antes, não existe reais perdas aqui.

Você é levado para um mundo pacifico, repleto de oportunidades, felicidades, e tudo o que a de bom para a humanidade. Dá para dizer que é o cenário que todo herói em mangás, animes, e jogos (onde o tema Humanos x Demônios é explorado), deseja alcançar. Entretanto, é justamente nesse fato que mora o conceito base de todo o anime.

Quando alguém com um forte senso de justiça alcança o poder, as coisas acabam saindo um pouco fora do controle, especialmente quando estamos falando de uma raça no geral.

É muito bom quando o vilão é ruim por conta dos seus ideais, e não por simplesmente ser o vilão.

O rei conseguiu trazer a segurança e liberdade para a espécie humana, mas ao preço de sobrepujar os Deuses, e escravizar os demônios. Isso claramente, acaba com o tempo, gerando uma revoltado entre os escravizados. A todo o momento o enredo explora, de forma clara, a questão da desigualdade criada entre as raças.

O abuso físico, a falta de atitude dos cidadãos, tanto por medo, quando por indiferença, o modo como a população enxerga o Rei como dito herói, o surgimento de um justiceiro conhecido por “demônio das faixas”, além do ponto de vista de cada personagem, em relação à situação atual, são construídos aos poucos durante os 6 episódios, geralmente intercalando com algum dos planos de Azazel para tentar liberar os escravos.

O ritmo da narração é bom e consegue entregar, tanto cenas de ação, como momento cômicos e de revelações interessantes, como por exemplo, a origem da Nina, e as possíveis relações que a garota que anda com Azazel possa ter mais para frente.

Melhores reações.

Outro ponto que vale a pena ressaltar, é o carisma da protagonista. A vergonha que ela tem em relação aos homens faz sempre as coisas saírem do controle, e a forma como ela interage com os demais personagens é muito divertida.

Diferente de alguns animes de ação, onde o foco normalmente vai para as garotas que vão aparecendo durante a história, e o modo como o protagonista as veem. Aqui, graças a timidez da Nina, a atenção vai toda para os personagens masculino, o que cria um sensação de novidade.

O modo como ela vê os homens, com todo aquele brilho e destaque, comuns em cenas shounen e coisa do tipo, se torna uma piada interna que ti faz rir sempre que surgem nos momentos mais inapropriados.

Já disse, ela não é irritante?

Nina não tem um senso de justiça muito afiado, e é bem inocente em relação a certas coisas da sociedade, já que veio do interior, mas ainda assim, o fato dela não ser simplesmente uma garota energética, que acabou de chegar na cidade grande, dá um bom contraste, além do modo como o seu poder funciona, claro.

Simplificando, Shingeki no Bahamut: Virgin Soul, tem sido, pelo menos para mim, um dos melhores animes de ação desta temporada, até agora. A protagonista diverte bastante, as lutas são muito boas, especialmente quando o dragão entra na história, e o roteiro entrega um plot bem sério, com temas bem interessantes e que deixam tudo bem denso.

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E você, que nota daria aos episódios?

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Extra

Até o momento, tem oferecido boas animações.

Delicada…

 

Elegante…

Fofa… Ela vem com o kit completo =]

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Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.