Tonari no Kashiwagi-san – Um romance para te matar de fofura | Review

Tonari no Kashiwagi-san é um mangá relativamente antigo. Começou em 2009 e foi finalizado em 2016, mas é um daqueles casos em que, mesmo já tendo um certo tempo de vida, ainda vale a pena conferir.

A história é curta, com 84 capítulos fechando o romance do casal principal de forma satisfatória, sem muitas enrolações, e o melhor, de uma jeito que te cativa facilmente.

Lhes apresentando a fofura, quero dizer, Kashiwagi Kotone.

A história do mangá é bem simples. Você acompanha Sakuraba, um otaku padrão, que adora mangás e animes, tentando se aproximar de Kashiwagi Kotone, a garota bonita que senta ao seu lado na escola.

Durante um certo dia, Sakuraba descobre que Kotone é apaixonada pela cultura otaku, assim como ele, mas não pode falar abertamente sobre isso porque sente vergonha. Os dois decidem formar uma espécie de pacto para que possam conversar em segredo sobre o hobby que compartilham.

A questão, no entanto, é que Kotone, na verdade, é uma popular ilustradora que Sakuraba adora, e por mais que seja conhecida na escola, ela também tem problemas para fazer amizades, já que não não consegue puxar muitos assuntos, fora os do mundo otaku.

Por mais que seja o clichê da aproximação, o mangá consegue executar isso muito bem, e ir mostrando essa evolução da amizade entre os dois de uma forma divertida, com o protagonista tentando lidar com o que esta sentimento de forma bem divertida.

Melhor jeito de explicar o que é amor.

O protagonista é meio que o padrão, sendo tímido e meio lerdo, ou melhor, inseguro quando se trata de perceber os sentimentos da Kotone.

O bacana, no entanto, é que ele sempre tenta ir adiante, se esforçando em superar as barreiras que a sua personalidade coloca em seu caminho.

Isso faz uma diferença considerável na história, já que você sempre está acompanhando o protagonista tentando mudar, ou se esforçar para conseguir se aproximar da garota que gosta.

O autor também consegue dosar bem o humor em cima dos medos dele, o que acaba te fazendo simpatizar com algumas situações, principalmente se você também for do tipo que fica em pânico quando tem que falar com a pessoa que gosta.

As melhores decisões são tomadas no calor do momento.

Já pelo lado da Kotone, as coisas também são interessantes.  Ela quer fazer amigos, e encontrar o Sakuraba faz com que também deseje se esforçar para manter a relação entre os dois, mas aí entra o segredo que guarda sobre a sua identidade online.

Essa questão de ser a ilustradora que o protagonista idolatra não enrola muito para ser resolvida – o que é bom, já que ninguém merece ficar naquele ping-pong de mal entendidos –, mas é aproveita do jeito certo.

A Kotone tem suas dúvidas, principalmente depois que faz a revelação para o Sakuraba, já que fica com medo dele gostar dela por ser a ilustradora, e não por ser a Kotone (pessoa).

Essa construção da amizade entre os dois, antes de ir para o romance, faz o mangá funcionar bem, porque cria uma verdadeira relação entre os dois.

Além disso, o autor consegue desenvolver esse relacionamento de um jeito bem suave, com interações e situações que te deixam com aquele sorriso bobo no rosto por ser um romance puro, no bom sentido da palavra, mas sem perder o tom sério quando necessário.

Não se faz waifu chora.

Mas, se ficar nesse clima de amizade parece não ser exatamente o que você procura, vamos com calma. O autor adiciona um ótimo casal secundário, que começa a namora logo no meio do mangá.

Os dois são extremamente carismáticos, e tem uma relação que te ganha fácil, com o garoto tomando atitudes que sempre desarmam a namorada e fazem a pose de garota séria dela ser perdida.

A relação dos dois toma bastante destaque em alguns capítulos, então acaba cobrindo bem essa conta de romance até que o casal principal começa a caminhar para o seu namoro.

O legal é que o autor aproveita bem esse casal secundário para ensinar e ajudar os protagonistas, com eles percebendo certas coisas, ou agindo indiretamente como cúpidos para o romance principal.

Já aproveitando para falar do romance. No geral ele é bem competente no que se propõem. O mangá é bem tranquilo e relaxante, então ir para lados mais pesados acabaria destoando um pouco da proposta.

A relação entre os casais é fofinha e tudo mais, porém, não deixa de ser bem construida. O casal principal começa um namoro, e os outros tem pensamento sérios sobre o futuro.

Como o mangá cobre até a formatura deles no ensino médio, eles acabam pensando sobre o que fazer no futuro, e como vão estar juntos depois que saírem da escola.

Novamente, não é tão profundo como em um drama, mas o autor não deixa de entrar nessa assunto, e desenvolver ele de uma forma satisfatória.

Melhor casal.

Em resumo, Tonari no Kashiwagi-san é um mangá de romance bem divertido e relaxante de acompanhar, daqueles que você termina a maioria dos capítulos com um sorriso no rosto só por ver os momentos bobinhos entre os casais.

Entretanto, mesmo que de forma despreocupada, a história tem seus momentos mais sérios, com os personagens apresentando algumas visões mais maduras sobre os seus relacionamentos.

Para quem gosta de romances mais lights, vale a pena dar uma conferida, ainda mais que o mangá já está finalizado.

Extra

Fica aí alguns prints para atiçar o lado shippador a galera.

Melhor casal²

Sim, o namoro começa no mangá, por mais que não tenha muito mais capítulos.

Eu já falei melhor casal?

 

 

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.