Filme de KonoSuba nem estreou nos cinemas americanos, mas já começa a causar polêmica

Antes de começar a falar do assunto em questão, vale avisar que o texto abaixo tem spoilers leves do filme. Não é nada que prejudique a experiência, mas para quem quiser acompanhar a história na integra, fica o alerta de que algumas coisas precisaram ser explicada para entender o contexto da discussão.

Sabendo disso, vamos a treta da vez. O filme de KonoSuba está agendado para estrear agora, dia 12 de novembro, nos cinemas americanos, mas o site GameSpot, aparentemente, teve acesso ao filme e liberou duras críticas ao humor, dizendo que as piadas passaram dos limites e se tornaram algo “totalmente prejudicial”.

O motivo disso vem por conta de Sylvia, uma personagem que aparece no filme. Durante a história, ela se encontra com Kazuma e acaba se interessando por ele, prometendo que, caso ele deixe as três malucas, iria cuidar e tratá-lo do jeito certo.

Kazuma aceita o acordo, já que a mulher é bonita e tudo mais, e os dois começam a viver juntos, onde Sylvia realmente o trata bem. Porém, durante o desenrolar da história, Kazuma descobre que Sylvia não é humana, sendo na verdade uma Quimera.

Depois disso, ele deixa a mulher e volta para o antigo grupo, passam a tratar Sylvia com repulsa por ela não ser uma mulher de verdade.

O problema, de acordo com o responsável pela review, é que as piadas e uso desse tipo de humor acabam se tornando formas de preconceito e discriminação contra transgêneros, visto que Sylvia foi recusada por não ter o sexo que aparentava ter, e o uso excessivo delas durante o filme o deixou desconfortável.

Na concepção do autor do post, o fato de Kazuma sentir repulsa por Sylvia ao descobrir que ela poderia também ser um homem, faz com que as piadas deixem de ser engraçadas e passem a ser prejudiciais ao filme, em vista que a personagem deveria ser aceita pelo sexo que escolheu ter.

Porém, vale ressaltar que Sylvia é uma quimera, e a interpretação de que ela nasceu como homem, mas passou a se reconhecer como mulher, veio por parte do redator, e não da história.

No contexto de KonoSuba, as quimeras seriam criaturas que absorvem outros animais/itens mágicos para evoluir, assumindo uma forma orgânica para preencher o seu corpo artificial, não tendo um sexo propriamente dito.

O autor do post também argumenta que o enredo peca ainda mais nessa questão de aceitação ao deixar a relação da Megumin com a Yunyun em segundo plano, fazendo com que o desenvolvimento da amizade entre as duas só aconteça por conta do que já foi visto nas duas primeiras temporadas, e não por conta dos eventos do filme.

Por fim, o redator da review dizendo que as piadas se tornaram repetitivas, e que o teor transgênerofobico delas dificulta ainda mais comprar a ideia do filme.

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Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.