Seishun Buta Yarou wa Bunny Girl #05 – Impressões Semanais

 

Continuando com o arco da Koga, o episódio dessa semana acaba sendo bem mais calmo que os outros, se focando mais em construir a heroína, do que desenvolver o mistério sobre a sua Síndrome da Adolescência.

Um encontro com Koga.

Uma das primeiras coisas que pensei quando o episódio terminou, foi sobre como tudo tinha dado certo… Certo até demais.

Na semana passada tinha apostado que o próximo loop poderia acontecer sobre o pedido de desculpas do Sakuta para Mai, criando aquela situação em que ele teria que repetir o pedido mais de uma vez.

Se por um lado é bom não ter que lidar com outro episódio de maus entendidos, por outro a ausência de conflito acabou sendo um pouco estranha para mim.

Não é como se fosse necessário muita coisa, mas o demônio de Laplace foi praticamente esquecido dessa vez, o que acaba deixando de ser um possível episódio para entender esse misterioso evento, e colocando a Koga em uma situação difícil.

No caso da Mai existiu uma progressão dentro da Síndrome, que foi se intensificando e gerando problemas ainda maiores, mas para Koga, isso não aconteceu, onde nem mesmo um novo loop surgiu para reforçar a existência de algo sobrenatural na vida da garota.

Não é exatamente errado, mas é complicado perceber que esse episódio deixou de lado esse aspecto, e não adicionou nada que fizesse jus ao caso do demônio de Laplace apresentando na semana passada.

Sem o demônio ela acaba sendo apenas outra personagem com esse problema…

Ao custo desse abandono da Síndrome, temos um episódio bem mais focado em desenvolver a Koga e seus conflitos emocionais.

O encontro com o Sakuta segue uma linha clássica de eventos como esse, onde serve principalmente para criar um gatilho e deixar que a Koga coloque para fora seus pensamentos.

O problema dela, como mostrado na semana passada, envolve uma questão de aceitação pelos grupos da escola – ou sociedade, caso queira englobar uma crítica maior –, em que ela tenta o máximo se adaptar as expectativas dos outros.

Chega a ser até um pouco tenso ver ela dizendo que virou a noite assistindo vídeos, apenas por ter sido uma recomendação da amiga, e que não podia ir dormir sabendo que todos estavam acordados.

Essa questão de se tornar outra pessoa, em alguns acaso, literalmente, não é novidade, mas a Koga consegue expressar a ideia de forma agradável, e que não deixa o episódio ser sem graça.

Ela tenta…

Para completar, junto desse desenvolvimento, o Sakuta consegue bancar o herói e dar uma pseudo-resolução para o problema da confissão que a Koga vinha sofrendo.

Não sei se foi só comigo, mas aquela briga acabou sendo um pouco estranha. Ela até em engraçada, a principalmente pela forma que o Sakuta age, mas não deixa de ser uma resolução as pressas, e simples demais.

O Sakuta foi lá, falou algumas coisas, passou vergonha de novo, e pronto, sem grandes dores de cabeça, ou possíveis problema.

Somando ao fato de não terem criado nada com os “poderes” da Koga, acaba se tornando um episódio meio vazio em relação a Síndrome da Adolescência, essa, que por sinal, deveria ser o diferencial da obra.

Seishun Buta trás um bom episódio focado em desenvolver a protagonista da vez, mas acaba não sendo tão eficiente em vincular isso com a mitologia da obra.

Espero que a semana que vem consigam mostrar isso de uma forma melhor, e encerrem o arco tão bem quanto o último.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

Só espero que o episódio que vem não comece em um loop porque ela não quer perder a atual relação com o Sakuta.

Não foi dessa vez, jovem.

Mas já pode voltar para o pijama.

Quem disse que ela não pode ser fofa também?

 

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.