Tenrou Sirius the Jaeger #10 a #12 – Impressões Finais

Desde seus primeiros episódios, Sirius the Jaeger tinha deixando claro que não tinha muita pretensão de fugir daquilo que já vimos por aí.

A temática com vampiros não trás nada tão inovador, que não seja a ambientação no Japão, e os personagens não consegue ter um brilho próprio para fazer valer essa normalidade que a obra carrega.

Como resultado, o final do anime entrega tudo aquilo que já era esperando, sem buscar impressionar muito, ou inovar na sua formula básica.

Um entretenimento descompromissado, mas nada além disso.

Para mim, um dos principais pontos que teve nesses três últimos episódios, foi a falta de intensidade nos confrontos finais.

O anime já vinha fazendo lutas rápidas para ganhar tempo, e nesse último arco ficaram ainda mais corridas, o que acaba se tornando um problema quando estamos lidando com um anime de ação onde as lutas deveriam causar uma impressão mais positiva, principalmente no clímax final.

O confronto com o cientista não teve nada espetacular, e acabou servindo apenas para enfiarem uma exposição descarada sobre a doença que estava atingindo os vampiros.

A morte de uma das lolis vampira também foi bem sem graça,  sem trazer muito impacto para o que estava acontecendo ali, ou pelo menos oferecer uma luta mais bonita de ver.

A morte do Bishop foi outra coisa que ficou rápida demais para ter alguma importância, principalmente pelo personagem ter sido jogado na história há pouco tempo.

Nem mesmo o a tentativa de plot twist em cima da verdadeira identidade dele conseguiu ser impressionante, já que as coisas pareciam estar apenas acontecendo porque tem que acontecer.

Basta apenas seguir o ritmo do anime que você chega no final…

Acho que esse foi um dos principais problemas de Sirius no geral. Ele sempre lidou com a história de uma maneira que deixasse claro que as coisas iriam acontecer da maneira que deveria acontecer, sem forçar algum tipo de teoria, ou até mesmo surpresa nos espectadores.

A luta contra o Mikhail é um bom exemplo disso, porque segue a aquilo que já esperávamos desde o início para esse confronto entre irmãos.

Não existe um confronto propriamente dito ali, e tudo se conduz para levar a revelação de que as ações do irmão foram para proteger o Yuliy,o que já era bem óbvio.

O grande vilão também não conseguiu me impressionar muito, sendo derrotado pela própria ganancia em querer dominar a Arca, do que por mérito da combinação entre os dois irmãos.

A ideia não foi ruim, mas…

Fugir do tradicional vilão sendo derrotado com um poder despertado pelo protagonista é até interessante, mas no caso de Sirius, do meu ponto de vista, o ideal seria tentar causar um impacto maior nas cenas, já que a história por si só já estava meio que condenada.

Sem alguma coisa mais interessante para prender a atenção, o final acaba pecando um pouco até mesmo para os níveis de normalidade que Sirius vinha apresentando, afinal de contas, para o que estava funcionado como um entretenimento descompromissado, esses confrontos rasos, rodeados de explicações sobre a Arca e o passado dos Sirius, pode acabar ficando desinteressante para alguns.

Talvez, a única coisa considerável para mim dentro do final, tenha sido conseguirem fugir bem daquele clichê do controle mental, onde um aliado/protagonista consegue se libertar com pura força de vontade.

O Mikhail ter se contaminado com a doença para não ser forçado a aceitar as ordens do pacto de sangue, acaba sendo algo lógico e funcional dentro do contexto da luta com o Yuliy, já que não foi apenas uma questão de reconhecer o irmão e fugir de algo que  não deveria ser possível fugir.

E ele não morreu exatamente pelo bem do Yuliy, então…

Por final, além de descobrir que o grande objetivo da Ryouko na história esse tempo todo era carregar a espada que  o Yuliy iria usar no final nunca duvidei!, o epilogo dessa busca pela Arca acabou sendo satisfatório para mim.

Felizmente não forçaram nada romântico, porque seria ainda mais bizarro do que esse shipp estranho que colocaram entre os dois, e também fecharam bem toda essa questão da Arca e o passado dos Sirius, mostrando um final mais poético, com o Yuliy indo em busca do mundo melhor que pretende criar.

Nenhum dos outros personagens foi exatamente bem desenvolvido, então, naturalmente, eles também não tem nenhum final adicional a concepção original, o que é uma pena, já que aquele grandão e a Dorothea mal tiveram seus passados revelados, e poderiam trazer algo mais interessante do que o Phillip.

Uma pena ter ficado com o destaque apenas no character design.

Tenrou:  Sirius the Jaeger é um típico caso de obra mediana. Ele não chega a ser ruim, e funciona bem para um anime semanal, mas vale lembrar que devido a essa falta de compromisso, caso a temática não seja o suficiente para te prender, com o passar do tempo o anime pode acabar se tornando desinteressante.

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E você, que nota daria ao anime?

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Extra

Achei que alguém ia ter uma morte sofrida, mas não deu.

Quando você tem que fazer a ressurreição de uma raça lendária, mas lembra que foi convidado para uma festa discoteca depois.

Ryouko nunca teve chance. Negócio do Yuliy era a chave de cadeia.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.