Seishun Buta Yarou wa Bunny Girl #04 – Impressões Semanais

 

Inicio de um novo arco, e as coisas já começam animada em Seishun Buta. A primeira grande informação que temos, é a de que houve um salto no tempo, e que o tão esperado mês já tinha chegado.

Só um demônio para se importar com isso.

Como prometido no final do episódio passado, após um mês se conhecendo, se o Sukata ainda tivesse o mesmo interesse, a Mai daria uma resposta para o seu pedido de namorado. Sem muitas enrolações, e naquele clima 10/10 do casal, a confirmação do namoro acontece, mas apenas para deixar a gente com ainda mais na vontade de ver o negócio ir para frente.

Eu não vou perder muito tempo falando sobre a química do casal, para não ficar sempre repetindo a mesma coisa nas review, mas não tem como deixar passar em branco a fofura da Mai ao ficar envergonhada no primeiro loop, e o Sukata novamente sendo um maldito desgraçado, e tirando rapidamente a confissão dela por já saber da tsunderagem que iria fazer.

Esse cara…

Mas, infelizmente, isso tudo acaba sendo perdido quando o demônio entra na história, e temos o início dos mistérios que envolvem esse arco.

A relação temporal com o demônio de Laplace é curiosa – ao mesmo tempo que um pouco perigosa – porque cria uma condição de loop onde temos eventos importantes como esses sendo desfeitos e fugindo do controle.

Acho que a maioria, assim como eu, deve ter sentido a perda das duas primeiras repetições, porque, poxa, o namorado dos dois já estava ali, pronto, e tudo foi anulado por conta dessa situação, e ainda revertido em um mau entendido.

O final do episódio já deixa  meio implícito que o desentendimento com a Mai não vai muito para frente (por mais que algo me diz que o próximo loop vai ser em cima dele sempre tendo que voltar para pedir desculpas), então não tem motivos para entrar em desespero achando que vai durar para sempre.

Essa frustração, querendo ou não, é o que motiva ir em frente e querer saber o final da história, para ver como o Sukata vai refazer o pedido e resolver os problemas da Koga, essa, que por sinal, podemos fazer alguns comentários.

Também não precisa vilanizar ela por isso.

Como personagem, acho difícil alguém pegar o lugar da Mai. Talvez a Futaba seja para mim uma das que possam conseguir o feito, mas fora isso, é meio complicado conseguir quebrar esse primeiro lugar, e ser mais carismática que a best senpai.

O caso da Koga acaba sendo esse. Não é que ela seja ruim, ela apenas não é a Mai, e acaba assumindo uma relação… Hum… Digamos clichê com o Sukata.

No primeiro encontro os dois foram bem mais espontâneos, com o chute na bunda e tudo mais, porém, nesse primeiro episódio em questão, a situação dos dois acaba sendo meio que um padrão dentro do gênero escolar.

Os maus entendidos já são meio manjada, então fica complicado dar um destaque para ela dentro dessa relação, mesmo que o Sukata esteja ali para quebrar um pouco desse clichê com seu sarcasmo e ironia.

Lembrando que clichês não significam obrigatoriamente defeitos…

O mais interessante seria esperar para ver como a Síndrome da Adolescente vai ser relacionada na sua participação, porque, assim como Mai, ela carrega um aspecto social que influência suas ações na história.

A conversa que a Koga tem com o Sukata sobre estar sozinha é interessante, e já mostra que ela tem um dilema que pode ser explorado, e trazer algumas discussões interessantes sobre os efeitos que isso causa nela.

Se conseguirem construir isso bem, dá para ela sair fácil de uma personagem indecisa, para alguém mais interessante, e que consiga ter seu próprio destaque dentro do arco.

Meio cedo para bater o martelo e dizer que ela é fraca.

Para completar essas primeiras impressões sobre o início do arco, acho que vale a pena falar um pouco sobre o demônio de Laplace, e os perigos que ele pode carregar.

A ideia de relacionar o experimento com o loop ficou bem bacana, principalmente por tirar justamente o conceito daquilo ser um loop.

Como o Sukata concluído depois das explicações da Futaba, aquilo estaria mais para uma visão do futuro, do que um volta no tempo, ou seja, basicamente seria como se ele tivesse tido um sonho lúcido e acordado quando a Koga decidiu que os resultados daquele dia eram aceitáveis.

O perigo nessa ideia toda é que, se não houver uma boa explicação mais para frente, as coisas vão acabar ficando estranha para o envolvimento do Sukata.

No caso da Mai era mais fácil aceitar que ele simplesmente enxergou ela e acabou se envolvendo com a personagem, agora na situação da Koga isso ficaria estranho porque as memórias estão sendo apagadas no fim de cada dia.

Fazer a conexão adequada entre ele e essa Síndrome é importante para não criar aquela sensação de que o personagem está sendo envolvido com os casos apenas por ser o protagonista da história.

Conhecendo alguns trabalhos do autor, acredito que isso não vá acontecer, mas devido a complexidade de ideia envolvida com o demônio de Laplace, pode ser complicado relacionar tudo com os acontecimentos da história.

Loop temporal… Previsões do futuro… Mau entendido sobre namoro… Espero tenha…

Começando um novo arco, Seishun Buta consegue apresentar bem suas ideias e desenvolver um bom ponto de interesse  pelo futuro da história. Agora é esperar para ver como essa nova personagem vai evoluir, e se as explicações vão ser tão boas quanto as da última vez.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

Legal. Já estão preparando o arco dela. Ansioso para ver.

Guardem o rosto dessa garota. Se o que eu pensei acontecer, eu digo que já sabia, se for só mais uma das minhas inúmeras viagens, a gente finge que nunca falei nada.

Uma escória, né.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.