Irozuku Sekai no Ashita Kara #01 a #02 – Impressões Semanais

Mesmo após dois episódios, Irozuku ainda continua sendo uma daquelas estreias tímidas, que você fica curioso para acompanhar – e torcendo para dar certo, claro –, mas não consegue bater no peito e dizer com certeza que vai ser algo grande.

Quem sabe, talvez seja essa a melhor forma de encarar o anime, acompanhando cada passo de uma vez, e aproveitando as belezas que ele tem a oferecer.

Vamos ver até onde vai esse clima tranquilo que o anime tem…

Irozuku tem muito daquilo que me agrada quando estou procurando algo para assistir, talvez por isso, mesmo não sabendo exatamente se vai render uma boa história, eu já me sinto satisfeito em ter acompanhado esses dois episódios.

O clima do anime, junto de uma animação e cenários bem feitos, faz com que as coisas funcionem de uma maneira agradável, fazendo o tempo passar rápido e me oferecendo uma experiência interessante de acompanhar.

Claro que esse tipo de coisa varia de pessoa para pessoa, e por mais que eu ache relaxante passar o tempo admirando os cenários e acompanhando esse desenrolar tímido da Hitomi em um novo mundo, pode ser que para alguns isso acaba se tornando um problema no futuro.

Não acho que chegamos ao ponto de sentir sono, ao menos por enquanto.

Meio que dá para sentir essa diferença de ritmo de um episódio para o outro, onde no primeiro, devido ao fator novidade e apresentação do mundo, acaba soando mais interessante do que o segundo, que basicamente se resume a fazer a transição da protagonista para a vida dos personagens que irão estar presentes no seu cotidiano.

Seja como for, o que me fez simpatizar com o anime logo de cara, foi a forma com a magia se relaciona na sociedade, e como as coisas se comporta de uma maneira quase orgânica, sem precisar de longas explicações, ou várias demonstrações de como funcionam.

No segundo episódio, por exemplo, nos temos a Hitomi tentando usar magia, e por mais que não seja explicado em detalhes como funciona, pelo fato dela ter um resultado mais promissor após receber o elogio do Yuita, sugere que a magia tem relação com o emocional da pessoa, já que a Hitomi carrega um desgosto pela mesma, e isso pode ser o responsável por limitá-la.

São detalhes como esses que acabam me fazendo ficar interessado pelo anime, porque me fazer sentir uma certa imersão com o mundo da obra, sem precisar daquele apoio constante do roteiro para explicar.

Considerando que magia é algo bem rotineiro, você acaba se ambientando fácil com o lugar.

Além disso, a inclusão da viagem no tempo acaba sendo algo curioso, e que me deixou interessado em saber como tudo vai se desenvolver em cima dessa mudança na vida da protagonista.

É interessante terem mandado a garota sem muitas explicações para o passado, e criado uma situação meio que inesperada na forma como ela foi colocada ali no mundo.

Normalmente esse tipo de coisa envolve algum objetivo claro em mudar algo, mas no caso dela, acaba se tornando um mistério simples sobre qual o próximo passo a se tomar .

Talvez fosse interessante no meio disso falarem um pouco sobre os perigos dela se envolver demais na história, já que tem todo aquele tabu a respeito de influenciar o futuro através do passado, mas isso é algo que deve acabar aparecendo mais para frente, nem que seja como um defeito.

Viagens no tempo são sempre complicadas…

Para completar, ainda temos a sugestão de um romance na história.

A relação entre os dois protagonistas não foi tão aprofundada ainda, mas conseguem ser simpáticos até certo ponto. Claro,  eles não oferece aquela química forte logo de cara, principalmente tendo um certo casal como referencia nessa temporada, só que isso não chega a ser um grande problema.

O que me deixa interessado no romance, ou melhor, na possibilidade dele, é a forma como a viagem no tempo pode impactar nisso, já que existe uma diferença de gerações entre os dois, e não deve ser algo simples de resolver.

Eu nem vou criar expectativas…

No demais, Irozuku acaba sendo isso. Um anime bem bonito, com uma proposta simples, mas que tem um certo carisma e te faz criar um pouco interesse em como as coisas vão acontecer.

Naturalmente, devido ao fato de ser um Slice of Life, o ritmo do anime acaba sendo mais lento, mas não chega a ser um problema, já que o mundo relacionado a magia pode conseguir prender sua atenção.

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E você, que nota daria ao anime?

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Extra

Espero que esses poderes sejam mostrados.

A avô dela do passado parece ser bem legal xD

É apenas um balanço e uma torneira…

…Mas dá vontade de pegar como papel de parede.

Pode parecer uma poetização exagerada da minha parte, mas…

Essa questão da obra se destacar pela beleza, meio que me vende certas ideias sobre a protagonista e a relação dela com a história.

A Hitomi tem um personalidade apática, e em certos momentos, quase depressiva com inexistência de cores na sua vida, enquanto que o mundo do anime tem um brilho próprio que te convida a querer admirá-lo e conhecer mais.

Essa perspectiva mais visual da obra acaba metaforizando de uma forma interessante com essa situação, e a possível evolução que Hitomi venha a sofrer para conseguir voltar a enxergar o mundo da maneira que ele é, já que o ambiente onde ela está é impressionante, mas depende dela conseguir enxergar assim.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.