Staff de Hanebado explica como o anime ficou tão impressionante

Sairam algumas informações no Sakurabooru baseadas em entrevistas e comentários da staff muito interessantes sobre Hanebado, que já elogiei horrores em uma análise rápida do episódio 1.

Como sabem eu odeio traduzir posts alheios, até porque o google tradutor já faz isso sozinho muito bem, bastando entrar no site gringo e pedir para traduzir se quiser ler a matérias completa em um português razoável. Portanto, vou apenas resumir o que achei mais relevante com alguns adendos meus.

Um dos produtores responsáveis pela adaptação é apaixonado por esse mangá a tempos, e queria tanto transforma-lo em anime que até trocou de empresa com isso em vista. Não só isso, como o produtor de animação do estúdio Liden que ficou encarregado do anime, joga badminton com ele a anos. Os produtores são o centro da staff, já que são eles que escolhem quem vai trabalhar no projeto, supervisionam a produção e buscam animadores. Se eles estão muito interessados, a chance de sair algo bom é muito maior.

 

Ou seja, temos uma staff base apaixonada pela obra e por badminton reunindo um bando de pessoas que gostam da obra. Isso inclui do diretor até os animadores. Tem alguns animadores de ponta ajudando no projeto também, incluindo o melhor deles, o designer de personagens do anime, que é de longe o maior prodígio do estúdio Liden, e fez os cortes de animação mais complexos do anime até agora.

Ou seja, aqui podemos ver um raro anime onde toda a staff, sem exceção, está dedicando 100% do seu ser em algo que realmente gostam e querem fazer bem feito, e não mais uma adaptação no estilo “tão me pagando, eu faço”. O esforço para isso é tanto que estão modificando o mangá, ou em outras palavras, tentando melhorar ele. É aquilo que as pessoas desejam para todo anime, uma staff tão apaixonada pelo que está fazendo que tenta a todo custo não só adaptar, mas melhorar ao máximo o original na adaptação.

O mangá começa de forma bem mais comum e levinha, fora que o jogo apresentado inicialmente é minusculo, diferente do anime. Não só isso, mas houve diversas cenas acrescentadas no episódio 1 do anime se comparado ao começo do mangá, além de vários eventos que foram adiantados. A intenção? Alterar de um começo leve e sem impacto para um início com forte carga emocional e impactante. É quase a staff dizendo “vamos mostrar a que viemos de cara!”, o que fazem absurdamente bem com o jogo inicial, seguido da impressionante opening.

 

O autor do mangá, inclusive, concordou com as mudanças. O motivo é que elas não alteram a essência do mangá, só adiantam o que a obra se torna mais a frente. Ela começa como uma obra levinha e engraçada que vai se tornando um mangá de esporte vibrante. A staff, gostando mais do que a obra se torna depois, tentou colocar esse sentimento pesado e empolgante na obra desde o começo, alterando vários coisas. E honestamente, ficou muito melhor que o mangá!

Um caso super interessante e demonstrando a diferença que faz quando a staff da obra realmente gosta do que está fazendo, e não tratando a obra como mais uma adaptação que foram pagos para fazer. É o verdadeiro “não copie, adapte, melhore!”. No anime anterior desse diretor vimos como ele funciona quando está desinteressado (um lixo!), e agora estamos vendo ele realmente se esforçando para entregar algo impressionante.

É a diferença entre trabalhar com amor ao que está fazendo e apenas para ganhar o dinheiro para pagar as contas (diretores de anime para TV tem um salário quase fixo, não muda muito de anime para anime). Obvio que não tem milagre que sustente se a produção estiver muito apertada no tempo para fazer os episódios (só vamos descobrir isso depois de uns 6 episódios), mas sim, faz uma boa diferença quando as pessoas realmente se esforçam e gostam do que estão produzindo.