Perfect Half – A guerreira mais forte do mundo te escolheu, e agora? Uma obra de ação para maiores | IntoxiVP

A guerreira mais poderosa do mundo quer que o protagonista durma com ela e se torne seu parceiro, mas por quê? Assim começa Perfect Half.

Em um país dividido entre uma metade só de homens e uma só de mulheres, um garoto é escolhido pela mais forte das amazonas de seu mundo para dormir com ela, um feito que nenhum homem conseguiu antes. Agora, até o dia que os dois poderão se reunir novamente, ele terá que passar por diversas provações e treinamento, enquanto tenta descobrir quais as reais intenções da mais poderosa das mulheres com ele.

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Análise em vídeo:

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Mini-review escrito:

Perfect Half é um mangá muito estranho. Por um lado é legal ver uma obra com cenas para maiores que seja focada em ação medieval, e não em drama ou comédia romântica, como 99% dos mangás coreanos para maiores focam. No entanto, o autor faz algumas escolhas que me deixam profundamente frustrado às vezes. Nada pesado, como o surpreendente Household Affairs, do qual ainda vou falar um dia, mas ainda fico me perguntando se ele achou determinadas escolhas realmente positivas a sua obra.

O começo da história é muito enrolado. Sabe essa premissa aí em cima? Você tem que ler uns 10 capítulos para formular ela. O capítulo 1 não diz nada com nada, parece só um mundo doido onde o protagonista foi capturado por mulheres. Eu entendo o valor do suspense de não se explicar muito as coisas no começo, mas o exagero nisso causa desconforto. E esse nem é o maior problema, e sim a cena de sexo que vem no início, que dura uns 5 a 6 capítulos, mesmo que esteja misturada com uma luta que ocorre ao mesmo tempo.

O pior é que embora a arte do autor seja bonita, as cenas de sexo dele não são lá muito bem feitas ou detalhadas como outros mangás coreanos (nessa obra, toda mulher parece ter a parte inferior do corpo desenhada de forma reta, tipo os animes dos anos 90 quando queriam mostrar uma mulher nua sem revelar mais que os peitos, e aí o autor joga uma luz branca em cima para fingir que tinha algo mais desenhado ali em baixo), o que torna o prolongamento desnecessário delas por vários capítulos um ponto que mais tira pontos do que ajuda.

Então, um ponto de negativo que você vê desde o começo, é que quase toda cena de sexo com o protagonista dura uma eternidade de capítulos (as sem ele são rápidas), e como eu, é bem capaz que você comece a passá-las sem nem olhar direito para as imagens, só querendo ver como a história progride logo depois daquilo.

E aí está um ponto bom da obra, a história em si é interessante. Tudo bem que tem o clichê do protagonista com membro fálico privilegiado, mas o autor tenta justificar porque as mulheres ficam tão maravilhadas com ele de outra forma. Digamos que em um mundo selvagem, ele é um dos poucos que acredita e não se dá por satisfeito se a mulher não sai 100% satisfeita da relação, enquanto a maioria dos homens só quer dar sua rapidinha e pronto.

Isso não é o ponto interessante, no entanto, mas sim o fato dos personagens serem bem desenvolvidos, e apesar de algumas cenas de sexo durarem uma eternidade, ao menos ficam vários capítulos sem elas também, só focando em desenvolver um pouco o enredo, nesse mundo cheio de regras próprias entre um país dividido ao meio com território só de homens e um só de mulheres. Para manter a natalidade eles criaram regras e rituais, incluindo lutar entre si em territórios neutros, e quem ganhar pode fazer o que quiser com o perdedor (geralmente acaba em sexo seja lá quem ganhe).

Não seria mentira eu dizer que “li por ela”. Só não desisti em algumas partes enroladas porque queria saber mais sobre a personagem, e ao menos nisso a obra não decepciona. Ela vai ganhando mais foco com o tempo.

A heroína central é a personagem mais interessante. Ela não tem muito foco a princípio, fora seu belo design, mas com o tempo você vai entendendo ela melhor, até que ela revela seus planos, que são bem interessantes. Mas entendam, isso demora, e muito! O diabo do ritual dela com o protagonista que coloquei como sinopse só ocorre depois de 55 capítulos! Felizmente peguei para ler quando já tinha chegado lá, senão ia ficar frustrado. Mas a sensação que fica é de que eu li uns 25 a 30 capítulos, muito devido ao modo lento que o autor avança a história. Pouco acontece por capítulo, seria a melhor forma de colocar.

Então eu recomendo ou não? Ele meio que ganha espaço e destaque pela falta de opção dentro do gênero, por assim dizer. A obra em si é mediana dentro da proposta, e passa o sentimento de que seria muito melhor se não enrolasse tanto, principalmente nas cenas de sexo. Mas pelo lado bom desenvolve bem alguns personagens, tem um mundo bem único, uma heroína facilmente gostável e é um dos poucos mangás coreanos para maiores de ação que você vai encontrar. Vale dizer que ainda não foi finalizado, tem cerca de 60 capítulos e dá a impressão de que está mais ou menos em 1/3 ou na melhor das hipóteses metade da história planejada.

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