Darling in the Franxx #20 – Impressões Semanais

 

Como sempre vale avisar: A análise escrita abaixo é do redator Marcelo. A em vídeo acima do Marco. 

Previsibilidade é algo complicado de lidar em boa parte das histórias, principalmente quando o roteiro decide trabalhar temas comuns e que já tiveram uma boa taxa de disseminação por aí. As surpresas diminuem e,  pela ausência de novidade, boa parte do impacto dos plot twist são perdidos.

No caso de Darling, em especial desse episódio, diria que me deu um misto de sentimentos. Eu já tinha considerado algumas das possibilidade apresentadas, e por mais que não tenham me surpreendido, elas ainda têm um ar próprio, fugindo um pouco do que eu imaginava.

A questão é que, algumas dessas tentativas de criar sua própria versão dos fatos, acabaram me parecendo súbitas demais, trazendo junto a sensação de que o que era para ser um plot twist, na verdade não passou de mais uma informação introduzida com pressa, e que agora necessita de mais desenvolvimento.

Por mais que o ritmo tenha sido mais calmo, o episódio ainda é sobrecarregado de informações.

Continuando a partir dos eventos do episódio dezoito, as crianças são apresentas a sua missão de reativar uma importante arma dos Urrossauros, para que o Papai possa usá-la nos seus maléficos planos.

A parte positiva de terem trocado a waifu antiga Nana, é que a atual tem uma expressão bem mais condizente com o que esses “confrontos” perigosos sugerem.

Ela reage a tudo sem qualquer emoção, e já descobrimos que esse é o exato espírito que as missões de Darling passam. Tem a situação do Mitsuru com a Kokoro sendo afetados pelas memórias, o que pode até soar como uma possível tensão, mas isso também não é novidade, e já tentaram essa ideia em outras missões, que acabaram da mesma forma, sem nada sendo relevante no combate.

Por final, o que vale mesmo a pena nesse conflito criado contra os Urrossauros, é a aparição da Princesa, e as explicações que ela traz junto de si.

Justamente o que eu queria entender semana retrasada.

Dentre todas as coisas explicadas em Darling até o momento, acho que essa foi a única que realmente me deixou satisfeito. Se antes parecia um pouco ilógico o Dr. Franxx criar um robô, que tinha como mecanismo de ativação uma das funções que a humanidade tinha perdido, essa sensação acabou de desaparecer.

Que os Franxx poderiam ser Urrossauros modificados, isso era meio óbvio, mas explicarem melhor essa questão de necessitar de um piloto de cada sexo, acabou dando uma certa vida para a informação, já que como disse, cobre aquele buraco criado no episódio anterior.

A explicação sobre a origem dos Urrossauros também foi muito bem-vinda, e finalmente dá uma forma mais clara para o minions que vinham apanhando esse tempo todo.

A ressalva aqui, é o que falei no início do texto… A tentativa do plot twist foi legal, e realmente não era algo que eu estava esperando, mas a forma como ela foi feita não me agrada muito.

A possibilidade dos Urrossauros serem humanos já tinha sido previamente introduzida, como o próprio episódio faz ao mostrar os flashbacks, porém, quando isso acaba sendo revertido na aparição de uma terceira raça, soa como uma informação colocada de última hora.

Parte da ideia de um plot twist é pegar o espectador de surpresa, mas eu não consegui sentir isso nessa informação em específico (não estou generalizando como o episódio todo).

A forma como o enredo apressa todos esses contextos, explicando tudo em poucos minutos, me atrapalhou um pouco em entender o que estava acontecendo ali.

Era a revelação de que os Urrossauros eram os seres originais do planeta, que o APE era os invasores, que a base do Franxx veio dos Urrossauros, tudo isso enquanto os planos de invasão aconteciam.

Foi tanta informação na tela que me deixou perdido, e o que deveria ser a resposta de uma pergunta, se tornou um amontoado de pontos de interrogação na minha cabeça.

O que são os Urro-humanos? Os membros da APE são só alienígenas genéricos roubando recurso? Qual é dessa história de já terem sido expulsos uma primeira vez?

Isso pode ser relacionado ao meu gosto, e a forma como prefiro que a história seja contada, mas ainda acho que foi meio corrido a forma como colocaram tudo ali, levantando mais perguntas e um momento que deveriam estar fechando elas.

Claro, isso não desvaloriza a cena, e o enrosco da Princesa Urrossauro com Hiro ainda consegue manter um bom desenvolvimento, principalmente com a Zero Two sendo ferida, mas é um pouco triste ver que nos momentos em que Darling consegue recuperar o controle das suas informações, ele já derrapa novamente fragmentando elas sem necessidade.

Muita coisa deixa para última hora…

Eu espero muito que esses próximos episódios desenvolvam um pouco mais dessas questões, ao menos fundamentando alguns pontos, mas em parte eu fico preocupado, já que a sensação de que estão correndo com muitas coisas para entregar o final, tem ficado cada vez maior.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

Hiro e sua imposição em negociar com seres que apagam memórias e manipulam vidas…

Não vou nem comentar sobre essa gravidez… Só quero ver a opinião de vocês.

Não se preocupem. O Hiro tem a habilidade de absorver coisas ruins com a força divina no nível máximo. Ele vai ajudar a Princesa.

Essa provocação foi tão jardim de infância que eu sei lá…

 

 

 

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.