Made in Abyss #12 – Impressões Semanais

Made in Abyss já tinha provado ser uma obra repleta de detalhes, porém dessa vez as coisas foram mais longe. Além de diversas explicações bem colocadas e conexões externas, distintos pontos em relação ao abismo começaram a dar um certo nó na cabeça. Na prática é entendível, mas fomos bombardeados de informações.

Voltando para a superfície o episódio introduz muito bem o tema a ser tratado, a maldição. A presença de uma nova personagem, com um design extremamente bonito, diga-se de passagem, não parece primordialmente importante, mas não incomoda ao ponto de ser desconexo.

Bem detalhado para uma simples aparição (e que cabelo ♥)

A doença do Kiwi (Kiyui) logo de cara que deixa a dúvida de para onde o início do episódio estava tentando caminhar. Foi uma boa introdução, e até um novo questionamento relacionado a possibilidade da tal doença do aniversário ser realmente algum tipo de maldição que só ocorra naquele dia.

O esclarecimento também é óbvio quando eles se afastam do abismo, o que leva a entender que o efeito do Abyss é tanto que, pode afetar alguém até mesmo na superfície. A parte mais interessante foi a expansão de universo que esse início transmitiu, acrescentando não só a superfície, mas também uma parte fora do abismo.

Fiquei sem palavras com esse cenário!

Já se preparando para descer um pouco mais na história, temos ótimas cenas de humor com a tentativa falha da Nanachi cozinhando. E as informações adicionais sobre a Mitty. Ela pode não ter consciência, mas tem uma habilidade bem importante. Talvez esse seja o início da simpatia que poderemos criar por ela.

Um fato que não podemos discordar

Não menos importante, a verdadeira essência do abismo tem uma teoria complexa, mas que graças a Nanachi dá para entender bem. A comparação com o lençol transmite a ideia que a maldição é algo que definiria como um “fluído sólido”.

A movimentação dele é fluída, mas não conseguimos preencher seus espaços sem “abrirmos” um buraco nele. É exatamente um pedaço de pano em forma de força de campo, que quando rompido provoca efeitos colaterais.

O campo de força no abismo tem dois objetivos, levar a iluminação e fluir a maldição. Basicamente isso justifica ter áreas onde o “lençol” não cobre. Principalmente onde o campo de força é mais fraco.

Querendo ou não a teoria do lençol foi muito criativa e bem animada

A parte mais curiosa é a sensibilidade dele às coisas vivas. O que também justifica as habilidades do Orbe e porque sua localização é exatamente no meio da quarta camada. Então, em meio a isso ainda temos uma força que consegue obter informações da consciência de alguém.

Se as criaturas do abismo estão diretamente ligadas a essa habilidade, ou seja, ligados ao campo, a visão que eles têm do abismo é diferente dos exploradores.

Como já deu para ligar alguns pontos, a origem da Nanachi não é algo tão simples. Assim como ela tem um porte de humanoide, ela também aparenta ter uma parte de criatura. E demonstrando isso para o Reg, fica bem mais claro que ela não só tem conhecimento, mas sente na prática toda a sua explicação.

A cena da luta com o Orbe foi lindíssima, mas ainda um pouco confusa. O que dá a entender é que como a Nanachi o instruía imediatamente, o Reg não estava pensando conscientemente. Assim, o Orbe não conseguia prever suas ações, já que eram tomadas na hora. Pensando bem, faz todo o sentido, porque em todas as lutas ruins o Reg demora 84 anos bolando estratégias.

Porém, quem sabe há a opção da Nanachi poder usar a habilidade da mesma forma que o Orbe, prevendo as ações que aconteceriam na luta. Tem sempre uma segunda interpretação por fora.

E mais um combo de frames bem animados nesse tiro

Saindo do contexto complexo e teórico, voltamos para o drama da Mitty de uma forma conturbada. Primeiramente há o sonho esquisito da Riko como algum tipo de conexão entre elas duas.

A Mitty parece agonizar enquanto a Riko está presa em algo sem forma. Provavelmente uma boa analogia ao sentimento que talvez a Mitty esteja sentindo. Foi uma cena tocante que acabou transmitindo justamente uma interpretação de sofrimento.

Mas não seria só a Mitty sofrendo na história. Não conseguimos imaginar perder a consciência e virar algo que respira e pronto. Porém não sabemos também o que se passa com quem convive com isso. O quão doloroso deve ser conviver com alguém que tinha algum tipo de vida há um tempo atrás e agora não transmite nada.

Doeu. Muito.

A parte triste da perda da humanidade é essa. Você não confronta a morte, mas não aparenta estar vivo. Apenas sufocado dentro de um corpo em que não se pode ter ações, lembranças, sentimentos. Absolutamente nada.

Tudo acaba sendo justificado pelo impacto que a frase que a Nanachi soltou para o Reg, provavelmente combinando com o sentimento que ela deve ter em relação a isso. Não era algo longe de se imaginar que pode ou poderia acontecer, mas o contexto do pedido pegou de surpresa.

O desfecho da obra começa desse ponto, agora começando a lidar com um flashback que já mostrou a ambientação da quinta camada. Com a súplica da Nanachi para o Reg, as coisas não parecem caminhar para um final muito feliz, mas cá estamos. Só nos resta segurar as pontas, aquietar o coração e torcer para um bom final.

Uma coisa já sabemos, a parte boa é que pelo menos terá uma hora de duração.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extras

Pobre Riko

Lembrem-se: A ordem da Nanachi é absoluta.

Essa cena realmente ficou muito bonitinha

Porém com uma demonstração prática bem esquisita

“Eu sei que você interpretou errado”

E com o pedido final da Nanachi, acho que essa reação representa todos nós.

Victoria Caroline

Engenharia, literatura brasileira, fotografia, vídeos de receitas, música boa e cultura japonesa. Não necessariamente nessa ordem. Às vezes acorda meio de humanas (quando consegue acordar).