Tsuki ga Kirei #12 – Como a Lua, Tão Bela | Impressões finais

“…Se houver um Deus do destino, ele deve ser alguém que adora pregar peças. Ele é alguém detestável que sempre cria coincidências só para se divertir nos confundindo . Mas, neste momento, eu gostaria de agradecê-lo…” – Azumi Osamu.

Muito Obrigado por toda essa confusão!

Quando peguei os dois primeiros episódios de Tsuki ga Kirei, eu não senti nada. Nada mesmo, nem um pingo sequer de algo que pudesse me fazer criar expectativas. A ideia era bonitinha, e os personagens, de certa forma, carismáticos, mas só isso. Era outro romance colegial, que poderia me decepcionar quando o final chegasse.

Ironicamente, e com se tentasse provocar, o 3º episódio surgiu de uma forma um tanto quanto sutil. Criando uma proposta que foi aos poucos se desenvolvendo, e tornando algo inegável: Tsuki ga Kirei nasceu para trazer um brilho próprio para o gênero, até mesmo para o universo dos animes, e porque não, para a vida de quem acompanhou essa obra.

Já posso chorar, né?

Eu queria muito gastar linhas e linhas dizendo tudo o que pensei, senti enquanto assistia o anime, resumir todas as experiências, sentimentos e ideias que vieram como esse episódio, porém, como Dazai disse:

“Mas a felicidade é ser capaz de ter esperança, ainda que fraca, na felicidade”.

E essa frase, com toda certeza, é tudo o que precisaria para resumir bem o que foi assistir esse episódio.O que foi enxergar a felicidade, justamente na esperança da felicidade.

Me deixou muito satisfeito ver tudo ser destruído, para só então tomar um sobro de vida, e criar aquela sensação maravilhosa de satisfação.

Talvez soe forçado, mas Tsuki ga Kirei conseguiu fazer aquilo que é quase impossível de conseguir: Agradar gregos e troianos. Balanceando quase que perfeitamente o agridoce da decepção, com o sabor agradável da felicidade. O episódio final entrega uma dualidade de sensações que, mesmo querendo escrever inúmeras linhas, eu não posso, eu não consigo.

Parece simplesmente errado.

Daria para falar muito sobre a participação da Chinatsu, sobre como ela foi o gatilho para aquele desentendimento, e como foi uma bela de uma filha da p…! (respira)

Assim como, poderíamos perder um bom tempo reforçando as qualidades do roteiro em usar um drama simples, e ainda assim, conseguir criar algo majestoso, e sem exageros, tornando situações do dia a dia em algo complexo e dramático.

Daria para elogiar toda a obra, fazer um resumo, uma resenha, um flashback. Falar sobre como a trilha sonora, interpretação dos Seiyuus e aquela cena linda do “eu te amo” ficaram incríveis e bem feitas. Dizer como foi divertido acompanhar essa “zebra” dos animes de romance.

Poderíamos até mesmo ficar falando do uso das CGs, do traço relativamente genéricos dos personagens, dos problemas que o anime teve em alguns episódios. Até mesmo críticas ao roteiro (por mais que ache difícil). Com certeza daria para encontrar uma boa quantidade de assuntos, mas…

Realmente precisa? O desenvolvimento da história foi espetacular, recheado de momento, circunstâncias, sentimentos, que te fazem pensar e simpatizar com muitas coisas. O tom de realidade que o anime teve foi surpreendente, e o final aflorou isso ainda mais, contrastando bem o realismo da vida, com o suave toque do romantismo barato.

Sim, barato, porém, não menos lindo e dramático que qualquer outra tentativa de inovação que já apareceu por aí.

Parece que quanto mais escrever sobre o anime, mais longe da real qualidade, as coisas ficam.

Números são precisos demais para julgar algo que, na prática, é impreciso (gostos, sentimentos, e sensações). Passar o tempo apontando os defeitos e deslizes de Tsuki ga Kirei parece errado demais (não é como se eles não estivessem lá, principalmente na parte técnica). No lugar, o melhor é pensar no anime como observar uma noite de luar.

Basta desviar os olhos dos problemas (CG, e para alguns, a animação), e olhar para cima, para onde há uma enorme lua, esperando para ser apreciada.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

Lindamente agonizantes… Não dá para escolher entre um, ou outro.

Aquele momento em que um beijo causa o efeito inverso que deveria.

E ainda conseguiram deixar essa cena visualmente bonita…

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.