Re:Creators #14 e #15 – Impressões Semanais

Primeiramente, peço desculpas pelo atraso, mas infelizmente tive alguns problemas clínicos , contudo já estou razoavelmente bem. Partindo para o que interessa.

Re:Creators se tornou um anime bem mediano durante seu desenvolvimento e apesar de prometer uma segunda parte um pouco mais movimentada, continua com os mesmos problemas que me fazem pensar que a obra poderia ser bem melhor se o autor tivesse trabalhado mais o roteiro.

Quando eu digo trabalhar mais é ter apresentado de uma forma mais agradável e incentivante para o público a ideia da obra, que é boa, mas que é quase anulada pelos pontos negativos do anime.

E o ponto que mais prejudica essa história na minha opinião é um dos mais importantes a narração. O roteiro se prende tanto as explicações que torna a progressão enrolada e enfadonha por mais que as questões  apresentadas sejam boas.

Praticamente mais de 5 minutos só de texto para explicar o plano de detenção da Altair.

Desse modo, o anime peca na forma que executa sua proposta ao ponto de eu quase considerar Re:Creators um slice of life com elementos fantástico ao invés de um anime de ação.

Para um produto que me apresentou em sua estreis a promessa de uma trama bastante intensa e dinâmica, se tornou um iceberg colossal, isto porque o enredo não consegue se sustentar apenas com falatório, como eu já expus em reviews anteriores.

Os textos muito densos acabam cansando o espectador e por mais que os diálogos sejam bons ou bonitinhos, é necessário um equilíbrio entre o desenvolvimento dos personagens com momentos mais calmos e mais tensos.

A variedade de situações dentro de uma história que prende o leitor, até em animes que são mais pé no chão. Por tanto, não adianta nada você ter três episódios mais impactantes e doze quase completamente parados. É preferivel ter todos medianos e terminando com clifhange do que isto.

E clifhange infelizmente é algo que Creators sabe usar, mas o recuso já se esgotou e não impacta mais. Portanto esta mais que na hora de começarem a criarem o clima para o clímax da história.

Alem disso, por ser uma trama com muitos personagens, muitos são subaproveitados e pouco aprofundados.Adicionarem mais dois só torna a tarefa de a abarcar as personalidades e aprofundar a busca e aspectos deles mais complicadas.

Contudo , por dois desses personagens serem ex-amigos ou adversários dos “mocinhos”, pode haver um aprofundamento dos relacionados a eles. No entanto, só os vejo como um objeto para dificultar a tarefa da equipe do protagonista e fazerem o antagonismo padrão, sem maior exploração.

A nova personagem feminina que foi uma adição interessante, por vim de um jogo heroge e aparentemente ter poder algum.Algumas pessoas podem reclamar de um já basta o Sota de “inútil”, agora tem mais um peso morto.

A escolha de uma estudante comum como nova personagem é até que bem inusitado

Entretanto, é uma quebra de padrão já que o mais cogitado era ser adicionados personagens com habilidades sobre humana ou pelo menos com inteligencia acima da média, não uma estudante comum.

O que eu não desejo é que deixem tanto ela e o Sota como “observadores”, mas que os dois participem de forma mais ativa como verdadeiros suportes a “linha de frente”. E quando digo suporte, não é se meter no meio de uma batalha, mas encontrarem outra forma de ajudar que não seja um discurso milagroso.

Além disso, confesso que eu estou bastante curiosa sobre ideia do Sota e o personagem que ele esta criando. Ainda não tenho muitas suposições para ele, mas acho uma possivel ideia de um alter ego do Sota ou da própria Setsuna algo tentador.

Desde que a inserção do próprio criador como um personagem não afete a estrutura e proposta da obra é algo totalmente aceitável, mas que pode se torna extremamente ruim se mal executado.

Outra coisa que achei interessante é tocarem no passado de Blitz, mas de forma indireta, sem ser um flashback ou narração de outro personagem, mas como uma transição para ele com a leitura do mangá dele por um terceiro.

Contudo, mesmo os eventos mostrados justificarem sua Aliança com Altair, achei que poderiam aprofundar melhor o personagem. Porém cumpriram com o básico de apresentá-lo um pouco melhor.

No geral, esses dois primeiros episódio da segunda temporada de Creators se incumbiram de trabalhar o terreno para os próximos confrontos, contudo caem no erro anterior de explicações exacerbadas e muita calmaria para o meu gosto.

[yasr_overall_rating]

E você, que nota daria ao episódio?

[yasr_visitor_votes size=”medium”]

Sirlene Moraes

Apenas uma amante da cultura japonesa e apreciadora de uma boa xícara de café e livros.