Impressões semanais: Re:Zero #10

Legenda sensacionalista para atrair atenção.

Re:Zero kara Hajimeru Isekai Seikatsu #09


Existem consequências de se conferir um anime semanalmente: um cliffhanger avassalador que angariará em uma interminável e torturante semana de espera, acontecimentos relevantes que serão esquecidos, a intensidade do momento se perder, ou, como aconteceu em Re dessa vez, um desses capítulos mornos que pouco satisfazem isoladamente, além de um pequeno gancho para esperarmos o desfecho.

Não culpo ou condeno o anime, é claro, pois não se pode esperar 25 capítulos corridos, ricos em conteúdo e visualmente deslumbrantes. Não é assim. Algo mais cadenciado é inevitável, ainda mais em uma obra com tantas informações provisoriamente omissas e um universo a ser explorado. No entanto, no contexto da circunstância, fiquei com a sensação de frustração.

Há algo que ainda não havia percebido, mas é como as gêmeas são, de certa forma – neste arco – tão protagonistas quanto Barusu. O carisma das duas é natural pela personalidade, figurino, character design e dependendo do espectador, desejo fetichista. Porém, no que tange o desenvolvimento do background das duas, este não não fica devendo para o aspecto visual. Logo, não há apenas uma agradabilidade superficial, como um potencial envolvimento emocional. E isso é crucial para nos preocuparmos com elas, e usando de exemplo o que vimos nesta 10ª parte de seu todo, embarcarmos dispostos no auxílio à Rem, a despeito do discurso xarope e clichê dado pelo protagonista.

E assim, nessa pequena aventura com Ram, fica exposto mais uma vez o que comentei anteriormente: a química de Subaru com as empregadas soa muito mais orgânico e sensível que com Lia. É como se eles fossem mais adequados juntos, e a semi-elfa uma aristocrata de outro nível. Até aqui, o garoto passara grande parte do tempo com Rem, e agora com Ram, mas pouco mudou. É bom vê-los juntos, como se compartilhassem uma ligação dessas que surgem apenas com o tempo ou uma enorme empatia imediata.

O passado das gêmeas teve seu primeiro esboço mencionado, com um rápido flashback  em que as figuras não nítidas em tela, mas penso serem as demônios. Mais história para o futuro, de qualquer maneira.

Tudo caminhava bem até o encontro com uma irreconhecível e irracional Rem. Ampliar sua força e instinto assassino tem um preço, e ainda gerou umas cenas de matança bem animadas e com muito sangue – mais do que as 10 enrolações de Mayoiga -, entretanto, não posso tolerar o acontecimento final. Subaru dando uma de mongolão inútil ao errar um simples golpe foi engraçado, coincidente com o estilo avoado dele, mas o que veio a seguir só com muita suspensão de descrença para engolir. Ele ser alçado aos céus e cair logo sobre a maid de cabelo azul ficou conveniente demais.

Subaru que logo deve ganhar algum treinamento para empunhar uma espada com alguma propriedade e não deixar tudo para os outros. Não quero que vire um overpower, mas sim que tenha algum propósito.

E agora, como supracitado no parágrafo introdutório, serão sete dias de aguardo para saber o desfecho da batalha, do cachorrinho preto do mal, da maldição que pode sacramentar uma nova ida ao mundo dos mortos, ou o que quer que vá acontecer.

A nível de curiosidade, no episódio 6, quando rola o conto dos ogros, a palavra utilizada para se referir às criaturas é “Oni”, que também significa demônio. Era uma pista da real natureza das gêmeas. Infelizmente, um desses trocadilhos que só mestres no nihongo vão pegar.

PS: QUEM POSTAR SPOILER SEM ALERTAR E DAR ESPAÇAMENTO MORRE! 

Avaliação: ★ ★  ★ 

#Extras:

Sessão QUE MULHER! da semana.

Esse acrobatismo ficou bacanudo.
Cosplay achado por aí.
Arte da semana. O círculo webico otaku já se encheu de fanarts de Re, inclusive +16.