Impressões Semanais: Gundam Iron Blooded Orphans e Concrete Revolutio 8

Tem como “desver”?

Gundam Iron Blooded Orphans – Episódio 8

E a viajem continua. Ainda.
Ok, eu devo soar meio chata hoje, mas vamos lá: poxa, essa ideia do harém não me soou legal. Acho até que isso anula parte dos elogios que eu fiz na semana passada.  Até imaginava que iam fazer alguma piada com o harém, mas cara, levaram isso meio à sério demais. O cara tem FILHOS com a tripulação, porra, isso é meio assustador? E as gurias parecem levar tudo numa boa? Credo.
Francamente, eu preferia mil vezes que fizessem um equivalente feminino do Tekkadan, um grupo só de mulheres. Eu não me importo com fanservise gráfico como alguns ângulos da semana passada, mas colocar o grupo de garotas como concubinas parece diminuir um pouco o papel delas. É claro que o universo do anime é diferente, e mesmo com a evolução tecnológica, muitos hábitos mais arcaicos parecem ter voltado no espaço, mas essa ideia… eu não consigo deixar de olhar torto.

O que pode (ou não) tornar esse episódio um pouco menos bizarro é o conceito de família, e o Tekkadan se dando conta que também é uma, o que com certeza é algo bem bonitinho, apesar do anime ser um pouco expositivo demais. De qualquer forma, eu sempre gostei de como o conceito de família “japonês” aparece nos animes: convivência e laços de confiança sempre importaram mais que os de sangue. Na sociedade funciona de outra maneira, mas acho bom passarem esses valores. Owari no Seraph também trabalha isso, mas martela tanto essa ideia que fica enjoativo.

Outra coisa que me deixou meio triste é que essa ida à Terra pelo andar da carruagem vai demorar até o final desse cour, e só a trama vai poder andar pra outro lugar. Espero que aí o anime possa realmente surpreender.

Concrete Revolutio: Episódio 8

O caso da máscara do cavaleiro.

Primeiramente: esse episódio é sobre um grupo chamado BL e sobre o Rainbow Knith. E ele não é sobre o homossexualidade na metade do século passado. Isso é impressionante, e ao menos é uma baita perda de oportunidade de tocar no assunto. Não acham, hein?

Tá, falando sério agora, esse foi uma referencia bem clara à séries de detetive, sendo que ele se centra todo num caso de roubo. Deve ser mais uma retomada da cultura pós-guerra que a série vem tendo, apesar de eu não ter tanto reportório para falar muito sobre. Mas mais do que isso, esse episódio ganho uma força extra aprofundando mais o Jiro e ideia de heroísmo da própria série junto.

Jiro tinha um ídolo, no caso o Raibow Knith, que o salvou na época em que era criança. Esse herói morreu anos depois, sobre suspeita de sequestro de crianças (que mesmo nesse episódio, não ficou claro o porquê). O questionamento de se ele era ou não uma boa pessoa, ou será um bandido como esse crime fez parecer acaba tomando conta do episódio.

Esse episódio meio que continua a ideia do anterior de que as pessoas são mais tons de cinza do que preto e branco, por que as pessoas prefiram o segundo para se sentirem confiantes de seus julgamentos. Isso vale para o próprio Jiro, que nesse episódio admitiu o quão ele se sentia incerto. Esse episódio passou que tanto o Jiro quanto o Daitatsu tem um desejo de lutar pela justiça, ou por quem acredita nela, com ou sem certeza. Isso ao mesmo tempo é momentaneamente otimista, mas pode vir a gerar mais conflitos no futuro (como o timeskip vem mostrando).

E caramba, isso já tá ficando repetitivo, mas quero muito ver o que rolou entre esse maldito time-skip. A cada semana, mais ansiosa, mas mais do que isso, ando gostando dos últimos episódios como eles vem se relacionando uns com os outros, em acontecimentos ou tematicamente. Acho que só por isso Concrete Revolutio já valeu a pena.