Impressões semanais: Yowamushi Pedal 9/Machine doll wa Kizutsukunai 9

-Eu gosto de peitos, por isso essa imagem.

Então, pessoal, me atrasei um pouco dessa vez por compromissos, aniversários, e porque fui no Anime Family com o Ketsura no sábado. Esperam que entendam.

Machine doll wa Kizutsukunai 9


Uma maluca tentando se suicidar, Raishin sendo acusado de perversão por todo o elenco pela enésima vez, Raishin sofrendo um atentado de estupro pela enésima vez e mais conspirações da nobreza. Esses são os pontos principais do episódio.
Henriette Belew é a irmã mais nova de Charlotte. Ela é extremamente passiva, medrosa e suas tentativas de suicídio acabam por soar muito mais cômicas do que trágicas, assim como as tentativas de assassinato de Frey. Esperem, há um padrão aqui. Voltando ao início do episódio, Charlotte derruba uma torre e ninguém morre. O autor de Machine Doll provavelmente pensa que garotas kawaii não são capazes de fazer coisas ruins (tanto a elas mesmas como aos outros) ou magoar pessoas, o que funciona em uma perspectiva 2D, mas em 3D a coisa muda de figura. Ele também gosta de gastar tempo em piadas pervertidas que não dão em nada no fim (algumas funcionam), mas disso todos sabiam.
Henriette, obviamente, é mera ferramenta de roteiro para a manutenção do arco, logo não há muito que esperar dela em termos de personalidade ou desenvolvimento. Como refém da família dos olhos de raposa, está cumprindo seu papel, com uma pitada de remorso (tentativas de se matar) para dar aquele toque dramático no enredo.
E é isso aí, agora que o contexto já foi apresentado, não estou botando muita fé nesse arco. Até agora está cheio de partes “fillers” e um drama que não convence muito. Foi como o episódio cheio de fanservice da Frey, só que com uma personagem quase invisível pra introduzir o arco dessa vez. Se for pra colocar fé em algo, que seja na conspiração, pois estar pode alavancar pra cima ou pra baixo. Duvido que alguém importante vá morrer na explosão.
Nota: 62/100

Yowamushi Pedal 9

E o vencedor é…Onoda! Não é surpresa nenhuma, é claro. Se ele conseguia com uma bicicleta de vovó dar trabalho ao Imaizumi na ladeira da escola a ponto de quase ultrapassa-lo, com uma bicicleta de corrida seu rendimento seria maior e consequentemente as chances de vitória seriam grandes.
Yowamushi é um shounen nos padrões da velha guarda, bem naquele estilo shounen jump de “poder da amizade” e “se você se esforçar e confiar em si mesmo, pode conseguir qualquer coisa”. Enquanto assistia, pude perceber que em comparação com outros shounens de esporte ele possui uma fraqueza fundamental. Pegando o mais popular atualmente, Kuroko no Basuke, pode-se fazer uma breve análise. Em todas as partidas que o Seirin jogou até agora, observa-se que o elemento surpresa está presente, quero dizer, sempre há uma dificuldade, uma tática, uma estratégia do outro time que eles precisam contornar, o que deixa o jogo bem mais interessante. Eles não ganham meramente com o trabalho duro e poder da amizade, há também uma necessidade de trabalho individual, trabalho em equipe e coordenação necessários para a vitória. Quando se fala em ciclismo, entretanto, as opções se tornam bem menos amplas. O ciclista não marca pontos, o ciclista não passa bola pra ninguém, tudo que o ciclista faz é pedalar, o que exige stamina, força e bom senso para administrar os dois. Logo, quando o Onoda aprender a executar o “dancing”, a própria simplicidade do ato faz com que uma torcida para enaltecer e esboçar reações exageradas seja essencial para que esses ensinamentos elementares tenham algum significado no contexto. A deliberação ainda se faz presente, como o Imaizumi está sempre demonstrando, mas afinal ciclismo é um esporte de resistência.
E é justamente isso que a queda do Onoda destaca, que ele não tem resistência o bastante para correr um circuito completo, que foi a sua competência de subir ladeiras que conquistaram para ele o título de rei da montanha (um pouco de protagonismo também ajudou, mas o autor soube que estava no momento de parar e tomou a melhor decisão). Está confirmado agora que Imaizumi não é nem escalador nem velocista, e sim meio termo, assim como o capitão. As trincas dos novatos e dos veteranos estão formadas agora, cada membro com uma aptidão designada.
Imaizumi ganhar a corrida foi justo, já que compensou o fato de um amador tê-lo feito suar duas vezes e ganhado em uma delas. E assim terminamos o que se pode chamar de “prólogo” de Yowamushi Pedal, direcionando agora os holofotes para as competições oficiais. O foco no Onoda agora deve diminuir ao passo que o foco na equipe como uma unidade aumentará. Eu estou ansioso, e você?
Nota: 77/100