Às vezes as regras não importam!
-Peão anda 1 casa, rainha anda quantas quiser em qualquer direção, cavalo só anda em L e…OPA! Tem um peão andando três casas! Pode isso, Arnaldo? Pode, oras, as peças tem vontade própria e por isso não precisam seguir as regras. O que, você estava esperando por acaso um jogo ortodoxo e analítico de xadrez? Bom, é uma pena, pois não é isso que No Game no Life tem a oferecer. O que #nogenora tem a oferecer é outra coisa bem mais valiosa do que isso.
![]() |
| Lolis tem o poder |
-E isso, meus amigos, é entretenimento. Puro e destilado entretenimento, ações exageradas com o intuito de surpreender e mostrar imprevisibilidade narrativa. Lembram de Code Geass? Pois é, queremos reviravoltas, todos adoramos reviravoltas e loucuras acontecendo sucessivamente. Se o oponente não se importa com as regras, pra que eu vou me importar? Dane-se as regras, que venham as chacotas no American Idol, o sexo no BBB e as trapaças descaradas!
-Como eu disse, o entretenimento pode sobrepor tudo, principalmente as regras. O episódio 2 de WIXOSS prestou-se a ignorá-las por completo na partida da loirinha contra a megane, e por quê? Simples, o que importava lá era a caracterização de duas personagens de personalidades opostas e assim foi mais conveniente que a partida se transformasse no tipo turno ativo, se já não era antes e nós não estávamos sabendo ainda. O foco nos shows da Okadinha é sempre o melodrama, independente de ser Mahou Shoujo, slice of life ou jogos de cartas. Cartinhas são só propaganda pra vender produtos relacionados a marca no fim das contas.
-Em um anime como Yu-gi-oh!, entretanto, ter turnos definidos e respeitar o regulamento do manual é essencial para vender o produto, pois nesse caso não se vendem rostinhos bonitos e cartas de garotas moe, e sim monstros e estratégia de batalha, o que torna todo o enredo relacionado a partida um pouco mais trabalhoso de ser criado, com o aspecto mais importante sendo a sorte do protagonista em retirar a carta certa na hora certa e contra-atacar. Os deuses egípcios, transformações e hologramas são só um bônus que chega a ser engraçado a ponto de originar diversas paródias.
-O que no game no life vende não é uma coletânea de jogos que todo mundo conhece há mais de 1000 anos, e sim a desconstrução/alopração/desmembramento desses mesmos jogos, tudo isso favorecendo o senso cômico e o divertimento, destacando mais o momento do que o jogo em si. Por esse motivo, não pude deixar de gargalhar quando o Sora apelou para o emocional das peças de xadrez e usou a vontade própria que elas tinham contra a oponente, porque aquilo foi totalmente inusitado e ao mesmo tempo um exercício de metalinguagem animístico. Foi como as situações que a Yokoi imaginava ao ver o Seki jogando Shogi na mesa ao lado em Tonari no Seki-kun, só que dessa vez acontecendo de verdade.
-Acredito que é por isso que eu escrevo em primeiro lugar. O objetivo não é bem dizer se anime X é bom ou é ruim, mas primariamente entreter o público-alvo, embora eu não consiga evitar ser chato às vezes. Espero ainda continuar fazendo isso por um bom tempo, e espero também que Nogenora continue divertido como está ou se torne mais divertido ainda com suas jojoreferências e regras maleáveis. E como diria o Kaiba…








Muita gente andou criticando a falta de um verdadeiro elemento enxadrístico no episodio. Eu estudo xadrez desde pequeno e nunca achei um episodio mais divertido tratando-se do assunto em um anime do que este (barrou até os mind games train-wreckers de Code Geass, e olha que aquilo foi um máximo kk).
Go go go, BR-kun, supere nossas expectativas e faça ainda mais referencias (aquela de Ace Attorney me matou xDD)!!
Pessoalmente eu não teria me animado muito a ver uma partida de xadrez tradicional em nogenora. Ficaria muito…tradicional. Sei lá, faltaria o impacto que o fator “magia” proporciona.
Não curti esse episódio não, ele meio que quebrou a imagem inicial que eu tinha do anime. Inicialmente achava que No Game no Life era uma aventura com comédia, agora acho que é só uma comédia a lá Noucome, com bastante nonsense aonde eu não devo levar nada a sério. Esses jogo de xadrez foi completamente zuado e seguia mais a conveniência do autor do que qualquer outra regra. É um jogo de carisma e não de Xadrez, vá lá, mas dai a roubar na cara dura e não ser considerado trapaça foi demais. As peças do protagonista podiam tocar nas inimigas no início do game, ai do nada no meio do jogo elas começam a mudar de lado quando tocam, porra autor!….e lógico, nada por mais absurdo e descarado que seja é considerado trapaça nesse mundo.
Você falou de Code Geass, mas ele seguia as regras do próprio mundo e as do Geass na aplicação das reviravoltas, No Game no Life não segue nada, ele atira as coisas sem dar a você base alguma para achar aquilo válido ou não.
E sobre o entretenimento, acho valido e por isso cito no meus reviews, mas como algo ser considerado um bom entretenimento ou não é a coisa mais relativa e pessoal que existe não acho que uma análise puramente baseada no mesmo é válida. Tem gente que acha KlK um bom entretenimento, tem gente que detesta e sofreu pra conseguir ver alguns episódios sequer.
Se eu não me engano a Steph explica isso no segundo episódio. Ela diz que Imanitys não conseguem utilizar magia e que a magia é utilizada através de fluxos (aurea colorida, aqueles espermatozoides nos olhos da elfa, etc.). Como a Clamy é uma Imanity o Sora não tinha provas de que ela estava utilizando magia e tbm não poderia provar que outra pessoa estivesse utilizando pois tanto a elfa não estava no local como ele não conseguia identificar os fluxos, ja que os mesmos estavam no interior das peças. “Mas foi na cara dura, as peças do Sora mudavam de lado so de encostar, como é que não pode ser considerado uso de magia?” Bem, penso eu que caso por caso o juiz tbm poderia considerar que o cavalo da Clamy mudou de lado pq o Sora utilizou magia, mas como não havia as provas de utilização não tem como interromper o jogo. Posso estar falando uma grande besteira, mas foi isso que eu intendi assistindo esse terceiro episodio. O anime ainda tem mais 9 episódios e ainda tem que explicar o uso da magia nesse mundo.
Ops, entendi*
Sora usou carisma/lábia/whatever pra fazer a rainha mudar de lado. Dentro da proposta estabelecida e por mais idiota que parecesse tudo aquilo dá pra dizer que é um movimento valido. Já as peças do Sora estavam mudando de lado só de encostar nas do inimigo e isso não faz sentido algum dentro do jogo. E pior ainda, no inicio do jogo as peças dele podiam encostar nas do inimigo sem mudar de lado e da metade pra frente não, que diabos?!
Eu falei do cavalo, não da rainha. O cavalo recebe a ordem de matar a rainha mas não o faz e vira a casaca. É dito que as peças tinham emoções então o juiz pode ter interpretado que as peças do Sora “mudaram de lado por medo da morte e da derrota”, ja que as peças da Clamy ficaram mais fortes por influencia do rei que entrou no campo de batalha, assim é possível de se enganar o juiz.
Magia élfica. Quando o rei andasse uma casa, ela ativaria. Da mesma forma, não poderiam provar que o Sora estava usando magia nas peças dele. A prova possível no caso da garota lá cujo nome não me recordo seria encontrar o invocador, que no caso estava muito longe.
Acho que esse deveria ser o reply kk
Mas bem, esse é o ponto do negocio, é tudo mais na brincadeira (é uma LN bem relaxada, e comédia é o que ela faz de melhor). Pensei que você tivesse lido, bro :p
Se você esta esperando alguma coisa intelectual, esqueça esse anime aqui (mas vai perder um world building bem bolado e um desenvolvimento de personagens e plot realizado de um modo muito inteligente/sagaz, por mais que se tenha fanservice no meio da historia).
Ainda sim, prefiro coisas mais relacionadas à outros temas, como a historia genial de Horizon (NG,NL seria o irmão mais novo dele) que junta vários e vários elementos mitológicos, históricos, filosóficos e até mesmo estudos psico-analíticos, metem tudo numa historia de comédia e fazem uma série de LN gigantesca (em todos os sentidos) com ela.
Mas bem, ao menos, diferente do anime de Horizon (nunca imaginaria um modo de adaptar todo aquele conteúdo bem, btw), que não simbolizou bem tudo aquilo, o anime de NG,NL ta seguindo quase que perfeitamente o seu conteúdo original, tirando umas frases de descrição ou fala aqui e ali ( por exemplo, SAO , do mesmo “gênero” de NG,NL, foi pior com esse aspecto, já que não explicou o raciocínio por trás das batalhas e fez aquilo tudo parecer puro overpower, quando só era pra ter um pouco, coisa que não da pra acontecer em NG,NL por pura conveniência da historia, já que o raciocínio nem estava la pra inicio de conversa, é tudo mais na brincadeira kk).
Eu li a LN 1 até a metade mais ou menos com o propósito de saber qual era o esquema da história. O bizarro é que até ali parece que os jogos são sérios e a comédia iria ficar aparte deles mas…..fui enganado -.-. Não vou dropar, é divertido, mas perdeu muitos pontos comigo nesse episódio já que gosto mais de climax sério (mesmo em histórias descontraídas).
SAO vão adaptar “Progressive” um dia e dessa vez sem cortar as fucking explicações de como o sistema de luta funciona, assim como o mangá tá fazendo (espero).
Don’t worry, Marco, meu chapa.
A LN 1 e 2 tem uma parte final bem maneira que pode atender suas expectativas, de um certo modo (e prevejo que as duas serão adaptadas para a versão animada).
Da uma lidinha até o final, acho que podem te agradar 😀
Hey, eu também tentei estabelecer que nogenora tem um público-alvo específico por sair do padrão canônico dos jogos, não foi só entretenimento u_u. O mundo de nogenora é feito de modo a ser praticamente impossível saber quando alguém está roubando, pelo menos no que diz respeito aos humanos, que não conseguem identificar. Das outras raças ainda não sabemos, é cedo para afirmar que nada faz sentido.
Olha, muito bom o post Tanaka!
Apesar de NGNL ter uma temática bem mediana e um humor apelativo, eu estou assistindo, e espero não me arepender… ou serei obrigado a criticar ainda mais o anime, e consequentemente ser chingado ainda mais…
Ser xingado está no currículo, acostume-se com isso.
Caraca, achei q só eu tinha me lembrado de Tonari no Seki-kun quando vi o episódio kkkkk
Aquele episódio foi épico, altas traições na corte
Já pensou assistir 24 min. de uma partida de xadrez “à sério” nesse episódio? Putz, seria um porre! Ainda bem que o autor não seguiu essa linha, senão eu teria dormido o episódio inteiro. Que ele continue assim, subvertendo as regras do jogo. Foi bem diferente e muito mais divertido.
foi eleito o melhor anime de 2014 em mais de 3 sites conhecidos e prestigiados então quem critica é irrelevante
Bom texto, pena q alguns aqui são adolescentes idiotas ou adultos q pensam como adolescentes idiotas, incapazes de te entender. Não assisti No Game No Life, e nem pretendo, já sei q vou me irritar se ver, então pra mim é impossível ter uma opinião solida sobre a série, mas está na cara qual é o estilo dela, concordo com a essência do seu texto, o publico não quer regras ou até mesmo logica nas produções, querem fanservice, reviravoltas absurdas e fetiche. Eu vi a série de Sherlock da BBC, aqui é um blog q fala sobre animes e mangas mas acho q essa situação se encaixa no q vc disse também, a terceira temporada foi absurda, chegava a ser desrespeitosa com o publico, pela forma como acabou a segunda temporada, e é estranho pq muito gente gostou da bizarrice, teve fanservice, humor exagerado, reviravoltas sem noção, muita falta de logica, mas as pessoas gostaram pelo entretenimento e pelo inesperado, pelo diretor e roteirista encontrarem uma forma tosca de meta linguagem, para se comunicarem com o publico, eu até goste em um único momento em especifico.As vezes isso pode ser usado de forma inteligente, sem irritar o lado racional das pessoas, só as vezes.
Mas tem o outro lado disso também, como por exemplo no anime Kaiji, onde eles levam as regras e batalhas psicológicas há um nível bem elevado e com tantas explicações que chega a ser chato. Mesmo que tenha certas reviravoltas, muita coisa fica até bem previsível e isso pode te fazer dropar o anime também.
=^~^=