Impressões Finais: Zankyou no Terror Episódio 11: -VON-

Tudo bem quando acaba bem?

Depois da queda da Five no ultimo episódio, tivemos a surpresa de ter um final acima de tudo calmo, ainda que com uma carga emocional maior que os anteriores. Seguindo a ideia de “terroristas que não matam”, Nine mostrou que estava com uma carta na manga desde o inicio. Por mais contraditória que essa ideia de terroristas que explodem bombas atômicas e não querem mas não machucam uma mosca soe na minha cabeça, entendo que o objetivo dos personagens desde o início era dar luz ao seus problemas do passado para alguém. No fim, eles conseguiram, mesmo pagando com suas vidas. Um final redondo e muito conclusivo, mas, mesmo assim, me dá uma sensação estranha. Não de satisfação, mas sim que tem algo faltando.

Talvez pelo fato de Zankyou ter gastado tanto do seu tempo naquele subplot da Five e ter mostrado pouca coisa no início (ainda que tenha sido um excelente começo, no sentido de chamar a atenção do telespectador) que essa sensação de ter visto uma obra incompleta se intensificou num final, em teoria, competente.

De maneira geral, todos os personagens tinham uma função. Ainda que eu considere Lisa fraca e Five um problema, uma representava a tal esperança para os dois garotos, enquanto a outra, seguindo o caminho oposto, era o resultado do passado danoso que os dois tiveram. Ainda assim, mesmo que cada personagem seja uma peça necessária da trama e da mensagem do anime, como personagens de fato eles são um pouco… pobres.

Twelve, por exemplo. Ele é mostrado no início da trama como um ser à ser temido. Ainda que na prática não tenha feito nada de errado, a mensagem era de que ele era alguém perigoso. Porém, depois de alguns episódios, seu personagem muda do vinho para a água. Ainda que ele tenha demonstrado algum interesse na Lisa. é uma mudança muito contraditória. Não como se mostrassem um outro lado do personagem, e sim outra pessoa. Quanto à Nine… bem, ele tinha as sombras do passado que o faziam ficar com… dor de cabeça. E… é isso, eu acho.

Eu não vou falar mais sobre a Five, acho que já comentei demais sobre ela. Talvez o anime tivesse caído mais no meu agrado se tivessem dado mais espaços para seus personagens, conflitos ou mesmo um plot mais direto entre o confronto da polícia e os terroristas. Acho que dar um enfoque maior na experiencia dos mesmos no que aconteceu na instituição também teria dado mais força ao fim do anime. Bem, isso são apenas comentários, não é como se não seguindo esses caminhos fosse a razão de eu não ter gostado da obra, só que ficou faltando algo.

Se perguntarem se eu recomendo Zankyou ou não, eu diria “só assistindo pra saber”. É um anime com uma animação não tão acima da média, mas que vai demorar para datar devido à sua excelente fotografia e com uma trilha sonara que não é só muito boa, tem significado dentro do contexto da série. No entanto, também  teve muitos problemas nas escolhas de rumos e furos no roteiro. Ainda assim, vi muitas pessoas gostando da série por motivos entendíveis, então… não sei. Apesar de tudo, definitivamente considero Zankyou bem superior ao primeiro cour de Aldnoah, mas isso é outra história. Obrigado para quem acompanhou vendo esses dois animes e até a próxima.

Extras:

Nossa, essa cena com a guitarra ao fundo foi fantástica. Um dos melhores momentos do anime, sem dúvida.

Ilustração por Inio Asano (Oyasumi Punpun, Solanin)
Ilustração por Coin

6 Resultados

  1. Kanko disse:

    Obrigado pelo seu bom trabalho Jéssica foi um prazer acompanhar toda semana seus posts sobre essas duas series ^^~

    Sobre ZNT -> Não recomendo ninguem assistir
    Sobre Aldonah ->Esperar Janeiro pra ver

    Bye~~

  2. Carla disse:

    Estava esperando a sua impressão final porque sabia que ia ter uma opinião semelhante. haha E sincera já que todo mundo parece ter receio de falar desse anime por causa do diretor.~corre

    Zankyou No Terror vai ficar para mim como aquele anime que poderia ter sido MUITO foda mas não foi. Sério a sensação de que algo ficou faltando e terrivel odeio quando isso acontece, principalmente em animes e foi o que aconteceu em Zankyou. Deixando claro que estou me referindo a história, adorei a ost fantástica, fotografia e todo resto. Mas sério se soubesse que o final seria esse teria xingado muito mais a Five! rs Eu esperava uma segunda temporada com um desenvolvimento melhor dos personagens do enredo ai veio esse final. Talvez esteja me faltando sensibilidade mas não curti. E nem consegui chorar ou a “mini-depressão” que tenho quando vem esses finais ou um final.-q Twelve foi o único que me chamou atenção apesar dele ter realmente mudado do vinho para a água, acho que foi medo de deixar a personagem Lisa crescer, gostei dele mesmo assim. “só assistindo pra saber” e o que também deixo já que o significado final até que foi legal adorei seus posts e é isso. kk

  3. Taryon disse:

    Esperava mt desse anime, o episódio final, foi mt fraco, previsível, embora digam q ningém morreu, se pensar mais afundo, teve sim mortes, principalmente de pessoas que usam marca passo, imagine quantos pássaros morreram pq seus sentidos ficaram zuados?

    Os personagens eram interessantes, infelizmente ñ acho q foram bem explorados, Lisa foi no geral a personagem inútil, pensava q ela ia mudar com a convivência com os 2, mas ñ vi isso.

    Ñ acho q seja um anime que eu recomendo.

  4. williamXgamers123321 disse:

    Eita eu amei o anime. Bem é questão de gosto.

  5. David Moraes disse:

    Bom eu entendi a mensagem foi uma grande obra pra mim, o objetivo era simples, fazer todos que morreram ser reconhecidos, eram tratados como nada, como se as vidas deles não tivessem valor algum, um tipo de justiça. Lisa por mais que não tenha evoluído muito, se comparar ela no começo e no final da pra notar grande diferença, ela reconheceu eles, quis ser uma igual, tudo que eles queriam por isso 12 agradeceu ela, já o 9 apesar de ter gostado ele tinha foco no plano deles, no final tocou a musica que ele ouvia, por sinal era linda. O que era esperança pra eles, simplesmente que fossem reconhecidos lembrados, não como cobaias de um laboratório mas sim como pessoas.

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