Mahouka: Raihousha-hen #05 — Impressões semanais

Tivemos uma ação colaborativa bem interessante nesse episódio. Parece que finalmente a Lina e o grupo do Tatsuya perceberam que o inimigo deles é o mesmo. Mas antes de toda aquela comoção na segunda parte do episódio, houve uma série de pequenos eventos bastante legais.

Se formos olhar em ordem de aparição, o primeiro ponto notável foi a Saegusa falando sobre o presente de Valentine’s day. Aquele olhar dela foi impagável e já conseguiu gerar boas risadas no início do episódio. A parte importante foi a percepção dela sobre a possível jogada do Tatsuya de somente estar usando a equipe dela, fico me perguntando como ela vai lidar com isso em sequência.

Se ele não quiser, pode mandar pra mim! ~

O segmento da comédia foi continuado pela Shizuku bêbada, que deu a tradicional desculpa de um individuo alcoolizado:

“— Eu não tô bêbado (soluço).”

Mesmo alterada, ela conseguiu trazer informações importantes sobre os micro buracos negros, o que fez uma conexão com aquele rapaz que apareceu no episódio passado e falou a ela sobre isso. Há uma explicação bem complexa sobre a lei da conservação de energia e mais um vislumbre de como a magia possivelmente é utilizada no universo de Mahouka.

Tenho que tecer elogios para o autor, pois toda essa engenharia por trás do uso da magia é muito boa. Não é simplesmente uma energia que brota do nada. Eles tiram esse poder de algum lugar e, pelo o que eu entendi, os CAD’s agem como vetores para o uso dessa energia. Só para deixar claro, não estou desmerecendo obras que optam por uma explicação simples, pois cada uma tem seu charme. O que estou querendo descrever é que Mahouka sai muito na frente e destaca-se com tal explicação.

O grande “x” dessa questão é que supostamente existem outras dimensões das quais se originam a energia usada na magia e que, muito provavelmente, deve ser dessas dimensões que os parasitas vêm (acredito nessa hipótese).

Mas enfim, depois de bastante explicação, aconteceu uma cena na sala de aula que foi deveras interessante. A Erika estava meio chateada com o Tatsuya e é legal falar sobre isso. Ela não quer depender dele, a opção dela é por fazer as coisas por ela própria e eu admiro muito isso. O bacana do início dessa sequência na escola é que a direção dividiu muito bem os núcleos, já que não estava todo mundo junto. As transições entre os grupinhos foi bastante dinâmica, mas ainda manteve a naturalidade.

O grande momento, certamente, foi a luta contra o parasita que estava hospedado na amiga da Lina. Creio que esses seres são muito perspicazes, já que conseguiram ocultar a presença de pessoas que provavelmente perceberiam algo de errado com facilidade (Lina e seu grupo). Sobretudo, ele estar infiltrado no meio da equipe da USNA foi importante para unir esses dois lados que, desde o início, estavam lutando às cegas (alimentando desconfianças um sobre os outros).

Erika sola! ~

Um ponto curioso dessa luta foi a Erika correndo de um lado para o outro enquanto os raios tentavam acertá-la. Cadê a irmandade do pessoal? Sem falar que ela poderia ter ido para debaixo de algum escudo também, né?  Mas enfim, ainda sobre a Erika, o preocupante é que, segundo o Mikihiko, o parasita está interessado nela. Isso me levantou uma questão… há alguma predisposição para ser hospedeiro? Cheguei a imaginar que o ódio carregado pela Chiba poderia ser um vetor (a raiva por causa do que ocorreu com o Leo), mas considerando que o parasita ocupou aquela androide simpática (Pixie), que auxilia o Shiba às vezes, essa hipótese meio que caiu.

Pixie sendo afetada ~

Em linhas gerais, foi um episódio carregado de explicações e uma movimentação muito grande no final. Foi aquele típico momento de transição de arco no qual certos pontos são explicados para que a história continue. Ainda não temos uma ideia concreta sobre os parasitas, mas já dá para imaginar algo. A tendência é, a cada semana mais, o arco ganhar emoção.

E vocês, o que acharam desse episódio de Mahouka?

Extras

  • Talvez esse episódio trouxe uma das maiores demonstrações do interesse do Miki na Shibata. A cena dos dois dentro da sala de aula foi um grande avanço;
  • Miyuki falou onii-sama durante 5 vezes nesse episódio, sendo todos na primeira parte, visto que na segunda ela pouco falou;
  • Aparentemente a Shizuku fica muito desinibida sobre o efeito de álcool;
  • A “pessoa” possuída pelo parasita no final do episódio é a androide Pixie, que apareceu pela primeira vez no episódio 21 da primeira temporada, durante o arco do distúrbio de Yokohama;
  • A lei que o Tatsuya cita “lei da conservação de energia” pode ser explicada por aquela célebre frase que acredito que todos já leram ou ouviram: “na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Ela é da lei da conservação de massa, mas sendo a energia pertencente a natureza, essa aplicação fica apta.

Shibata sola também! ~

Breno Santos

Editor, Filmmaker, 22 anos, amante de astronomia, café e cultura otaku no geral; além disso, é fascinado por cinema e pelo trabalho executado por uma staff de animação.