The God of High School #11 a #13 – Impressões Finais

Caótico talvez seja a melhor forma de definir The God of High School, não só no sentido do enredo, mas também de como as coisas seguiram para uma completa loucura cheia de explosões e destruição.

Foram muitas transformações, descobrimento de poderes e lutas que mostram bem o que o anime foi durante toda essa temporada: Um belo show visual, mas que tem dificuldades em contar a própria história.

Terminou como começou.

Sem muitas surpresas, o Mori fez seu papel como protagonista e conseguiu arrumar um jeito de vencer a luta contra o Ilpyo. O combate em si não tem muitas coisas para se destacar, além da introdução dos poderes do Ilpyo como portador da Kyuubi e o surgimento das habilidades do Mori. As coisas começam a esquentar um pouco mais depois disso, quando os efeitos da batalha entre os dois aparecem.

Eu, sinceramente, nem lembrava que aquele cara ainda estava vivo lá dentro da arena, mas a “radiação” da luta do Mori com o Ilpyo o fizeram despertar alguma coisa.

O desfecho de tudo isso é apenas para levar a situação principal, que é dar uma motivação para o Ilpyo usar novamente os poderes novamente.

Confesso que não senti muito coisa nessa parte. Dá para entender bem o motivo dele ter ficado bravo, mas são tantas coisas acontecendo em cena que você acaba só passando por elas e ponto final.

Sentir pena da Maid e do cara se transformando em um demônio aleatório era meio complicado, então o que sobrava era criar expectativas sobre a possível batalha final.

Todo mundo tem seus 5 minutos de Resident Evil.

O grande confronto desse arco fica por conta do vilão de cabelos verdes que vinha se mostrando nos últimos episódios. Para mim, poderiam ter tentado apresentar antes um pouco mais do passado dele. Deixar para o décimo segundo episódio fica muito em cima da hora e não ajuda muito a entrar no clima do final.

Deu para entender que ele não era só um cara babaca qualquer e também teve um passado complicado que acabou o levando a adquirir aquela personalidade, mas falta aquele preparo de antemão para te ajudar a entender melhor o personagem.

A chave era importante para o Culto, mas o que exatamente ele ganhava com isso? Quais eram os seus objetivos além de provar que não era um perdedor? Esse tipo de coisa que ajuda a construir melhor a imagem do personagem acaba ficando meio que nebuloso, e com isso, tudo o que sobra é um luta “shounen raiz”.

Essa luta final é meio complicada… Dizer que não é extremamente exagerada e “for fun” seria mentira, mas também não posso julgar quem disser que gostou.

Existem muitos poréns a ser considerados, como a luta do Culto x Comissários estar ali, mas não parecer que realmente faz diferença para como a história vai acabar, ou as constantes evoluções do Mori, mesmo não tem muitos porquês para isso, além do fato dele ser o protagonista e poder fazer esse tipo de coisa.

Mas, mesmo com esses problemas, ainda foram batalhas que conseguiram me entreter até que bem. Essas transformações são algo que acho legal, então serviu para me manter interessado sobre como as coisas iriam se sair.

Uma pena o anime não entrar muito em detalhes sobre cada entidade que aparece, já que ter Lu Bu Feng Xian lutando ao lado da Kyuubi e Qitian Dasheng é algo difícil de se imaginar.

Eu nem sequer consegui entender qual era a entendida do Daewin sem pesquisar o nome no Google, e seria legal saber se existia um motivo para cada um deles terem sido escolhidos por tal entidade.

No final, o que poderia trazer um pouco mais de diferencial para o anime, acaba não sendo muito relevante para desenvolver a obra.

Coisas que poderiam ter sido melhor trabalhadas.

Por fim, depois de tantas tretas, Goku finalmente conseguiu juntar as esferas do dragão– Digo, o Mori e sua turma foram declarados como vencedores do torneio, mesmo que o organizador tenha cancelado o negócio, e receberam o direito a um desejo.

Legalzinho da parte dele abrir mão de algo para si e pedir que o problema dos outros fossem resolvidos, mas, de novo e pela milésima vez, é algo que só acontece e você fica naquele tanto faz.

Para algo que se vendia como torneio, é um desfecho fraco e desinteressante para mim, já que poderiam ter puxando mais do confrontos de ideais entre os personagens para criar aquela sensação de que teve uma perda para um dos lados, como seria, caso o amigo do Deawin ainda estivesse vivo, por exemplo.

Salvaram o mundo, por que não dar o desejo para os caras?

O ponto positivo em tudo isso é que o final em si conseguiu ser até que satisfatório para mim. Eu pensei que fossem largar muita mais coisas em aberto, mas conseguiram responder algumas das perguntas de forma rápida.

O avô do Mori ainda está vivo, o Culto continua seus planos de fazer seja lá o que for com o seu Deus, e deu para descobrir quem era o Comissário traidor. Fica aquela sensação de final em aberto “vá para o mangá”? Claro, mas podia ser bem pior.

Estava esperando um final bem pior.

Em resumo, The God of High School foi um anime mediano que poderia facilmente ir para ruim dependendo do seus critérios críticos. A obra nunca conseguiu mostrar seu verdadeiro potencial, e a história foi toda desenvolvida de forma apreçada para chegar em um determinado ponto que, quando chega, não justifica os sacrifícios feitos para isso.

O grande trunfo da obra são suas lutas, que são bem animadas e distribuídas por todos os episódios, fazendo com que seja um entretenimento para quem busca algo do tipo, e não quer pensar muito nos problemas que a adaptação tem.

Extra

Briga de monstros rolando.
EUA: Vamos tacar uma bomba nuclear lá!

Eu amo essa plateia.

Um cara pegando fogo, altas destruições na arena, gente invocando criaturas de tudo quanto era canto, eles só se perguntaram o que tá acontecendo quando o céu mudou, para minutos depois comemorarem do mesmo jeito a vitória do Mori como se não tivesse visto nada.

 

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.