The God of HighSchool #01 a #02 – Alguém pediu boas lutas? | Impressões Semanais

Bem, The God of HighSchool teve dois episódios de estreia que ganharam bastante da minha simpatia, então cá estamos nós. Por mais que eu não faça ideia se realmente vai valer a pena, já que ninguém é imune ao velho karma das adaptações que desandam, decide apostar nele nessa temporada e comentar aqui.

Como animes de ação não são lá minha praia, as reviews serão naquele esquema de dois episódios a cada duas semanas, porque assim fica mais fácil para eu comentar. Claro, se tiver algo muito importante nesse meio tempo, eu faço a review do episódio isolado. Sem mais delongas, vamos ao que realmente interessa.

Até que foi bem de começo.

Em um resumo simples, os dois episódios de The God of HighSchool (ou GOHS para encurtar) terminaram com uma balanço positivo para a obra. Não são aqueles episódios de tirar o fôlego, mas o que foi mostrado consegue impressionar bem e vender o anime com uma aposta interessante da temporada.

O primeiro episódio em questão vem com uma pegada mais voltada para a introdução, como era de se imaginar. Aquele inicio na ilha me deixou meio confuso, já que é algo meio desconexo e “perdido” da narrativa, mas foi só deixar de lado que logo começou a fazer sentido com o desenrolar do episódio.

O grande ponto positivo para mim nessa introdução toda foi o trio de personagens principais. O protagonista segue aquela linha energética clássica de mangás japoneses (ele tem até um flashback a lá Naruto), mas o roteiro e direção conseguiram distribuir isso de uma forma que acaba o fazendo ser carismático por conta da agitação do seu dia a dia.

Aquela perseguição é bem exagerada, mas, ao menos para mim, ficou nítido que o objetivo ali era entregar algo mais despojado e divertido do que criar uma perseguição intensa e cheia de ação, tanto que eu me diverti bastante com os dois correndo de bicicleta atrás do motoqueiro.

A cena do protagonista imaginado todo um drama na senhorinha que foi roubada sem nem mesmo falar com ela, atropelando a garota de óculos com a bicicleta, e depois ela aparecendo com a placa colada no rosto, me fizeram rir bastante, é isso acaba somando bem no final para você criar simpatia pelo elenco e, naturalmente, se importar com o que vier acontecer com ele.

Me fez lembrar do filme “As branquelas”,

Seguindo isso, a parte final do primeiro episódio tem como grande destaque as lutas em si, já que o plano de fundo que é mostrado do torneio não é nada tão inovador assim (chegar ao topo, receber um desejo, organização suspeita e etc).

A animação estava muito boa, e as sequências de lutas conseguem tirar algumas ótimas coreografias de diferentes estilos de lutas que, pelo que entendi desses dois episódios, é meio que o foco da obra, o que é muito bom, porque eu prefiro bem mais lutas baseadas em estilos de artes marciais/espadas do que aquelas trocas de magias (espero que o sobrenatural que está por vir não mude muito disso).

Por fim, depois de alguns figurantes apanharem feio, o anime fecha sua estreia com a introdução de um personagem que estaria dentro do nível dos protagonistas, criando uma luta mais equilibrada e um gancho para semana que vem, que é onde nos levas para o segundo episódio.

A treta foi implantada.

Para ser sincero, eu fiquei meio decepcionado com a resolução da luta do primeiro episódio. Ela tinha fechado a estreia com um gancho bem interessante, já que tinha a questão do battle royale do torneio, e já podiam começar a história apresentando um adversário que daria trabalho para o protagonista, ou até mesmo servir para deixar claro o quão poderoso ele pode ser, mas a verdade é que tudo acabou em pizza.

Além de terem ignorando o desfecho da luta, quando decidiram mostrá-la de novo, acabou sendo um anticlímax bem desnecessário, com a garota de óculos “finalizando” o protagonista e ponto final em tudo de forma cômica.

A narrativa ainda tem seus méritos ali, já que tenta expor alguns detalhes que vão ser importantes, como as nano-máquinas que foram colocadas no corpos dos participantes e os verdadeiros objetivos dela.

Mas, quando se trata do torneio, não se deram nem ao trabalho de mostrar como terminou aquela primeira fase (jogaram só uma tabela com a chave do torneio, o que é complicado, já que ninguém decora nomes em um episódio).  Para quem estava esperando uma luta mais interessante no segundo episódio, acabou sendo meio frustrante não ver um verdadeiro final para o gancho da semana.

Não deu nem para ver graça nessa…

Tirando isso, o segundo episódio teve bastante coisas interessante. Além de terem mostrado um pouco mais do entrosamento entre o grupo principal, outras duas coisas que eu destacaria seriam o desenvolvimento dos personagens e da organização do torneio.

O protagonista tinha dado uma nuance do seu passado no primeiro episódio com aquele sonho de um possível isolamento da sociedade e uma figura que o salvou (do que, e os motivos, só o tempo vão dizer), e nesse episódio ele complementa isso dizendo que é basicamente o Goku e só quer lutar e ser forte.

Em termos de sonho, os outros dois personagens apresentaram algo mais interessante nesse primeiro momento. Claro, não é nenhum passado mega inovador, mas são coisas pontuais que ajudam a construir a personalidade deles e definir um objetivo para cada um ali que, consequentemente, vão entrar em confronto, já que não me pareceu que pode existir mais de um vencedor.

Além disso, terem mostrado um pouco mais dos recrutadores(?) do torneio foi bem interessante. Por mais que alguns tenham convencido os participantes com outros recursos, fica claro que eles são extremamente fortes, e que isso pode acabaram virando um problema, caso o grupo tenha que enfrentar a organização, e os aparentes planos secundários que ela tem.

Para deixar o cara nesse estados…

Por fim, o episódio termina com uma excelente luta, trazendo novamente o cara da cueca como destaque, até mesmo dando um pouco de detalhes do seu passado e da diferença de personalidade que tinham em comparação ao cara que está participando do torneio.

Vale destacar também que a construção da luta em si ficou bem legal. O outro cara conseguiu manter uma certa pressão no inicio, ajudando a manter a tensão de quem iria ganhar. Se iria fazer o cara da cueca calar a boca, ou se ia ser uma completa surra.

A animação novamente fez bonito e entregou várias sequências bem feitas e cheia de coreografias, o que por si só já faz valer bastante a pena a luta.

Para completar, o protagonista acabou se envolvendo e criando uma situação fora de controle. Não tem muito que falar aqui, já que cai naquilo dos recrutadores, e de como eles parecem ser algo importante para os futuros eventos da história.

No geral esses dois episódios tem um pouco desse ar de “coisas irão acontecer em breve”, mas acaba não falando muito, então é tudo uma questão de esperar acontecer.

Já o gancho fica por conta da possível punição que o protagonista irá receber, mas em vista que o anime já deixou meio subentendido que o torneio está servindo de plano de fundo para encontrar lutadores aptos para algo, é muito improvável que vão desclassificá-lo agora, então é esperar para ver como fica.

Extra

Curioso saber qual bijuu–Digo, segredo ele tem.

Uma amiga para Akemi de Dumbell Nan Kilo.

Essa é a deixa para o protagonista (ou o outro cara lá).

Muay Thai e Taekwondo são dois estilos que mais acho legal. Espero que continue usando.

Como chegar na 10/10

É até satisfatório ver isso.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.