BOFURI #04 — Impressões Semanais

Com uma boa luta, o episódio quatro da menina do escudo conseguiu agradar bastante; pelo menos a este que vos escreve.

Eis que aparece um Pokémon lendário ~

Eu acabei omitindo do meu primeiro texto, mas nesse não há a possibilidade de deixar de lado. A cena da luta contra aquela ave (que parecia um Articuno) foi muito boa. Foi basicamente uma sequência de quase uns cinco minutos (ou mais).

A animação, apesar de simples, já vinha sendo bacana nos três primeiros episódios, e não foi diferente nesse.

Um dos pontos que eu mais gostei foi o storyboard desse episódio, feito pelo Etsushi Mori, que basicamente estreou nesse ofício, mas que já está na indústria há anos fazendo Key Animation, e ninguém melhor do que os animadores, que tanto conhecem de anatomia, para fazer storyboards com boas coreografias.

Além de um storyboard bacana, a cena contou com uma boa mistura de 2DFX com 3DFX (longe de ser perfeito, mas ainda bem competente) e, como dito anteriormente, com uma boa duração. Normalmente não alongam lutas tanto assim para personagens OP’s, por isso fiquei tão surpreso positivamente.

A sequência que eu mais gostei, mas teve outras muito bacanas também ~

Já no lado do enredo, estamos nos encaminhando para uma Maple e uma Sally cada login mais roubadas, foi até engraçado, pois há uma cena dos GM’s desesperados sobre o que fazer a respeito da Maple, pois ela usa as combinações mais inusitadas de suas habilidades ao seu benefício, como, por exemplo, usar a “cobertura” como se fosse um teleporte.

Até que para uma jogadora iniciante, a Maple vem se mostrando bem inteligente, e as estratégias dela costumam ser sempre bem pensadas, é uma coisa que mesmo sendo exagerada, eu aprecio, pois o intuito do anime, no final, é a diversão.

E falando em diversão, acho que a parte mais engraçada do episódio foi no final, quando a Maple e a Sally adquiriram seus mascotes, e não preciso nem comentar que a tartaruga ter mais agilidade que a Maple foi extremamente hilário.

(Nota do editor: O problema é que o autor quer passar a impressão que só a Maple pensaria nos métodos alternativos de usar as skills, quando qualquer player  um pouco mais pro pensaria em usar aquela habilidade como teleport, por exemplo… A skill em si é roubada e mal pensada, só isso, e está cheia delas no game, o que faz parecer que todos os players são burros e só a Maple consegue pensar no obvio.

Quando o anime parecia mais cômico acaba não sendo um problema, mas ele anda se levando a sério as vezes, então fica a impressão que tudo funciona através da conveniência de roteiro para beneficiar a Maple de alguma forma, ou todo mundo fora as protagonistas só é muito burro nesse mundo, incluindo os desenvolvedores. A exemplo, a maioria das skills que a Maple usa de forma muito benéfica existe em MMOSRPG, mas elas tem tempo de espera para usar de novo, como essa do teleport com shield, que costuma ter 30 segundos ou mais de espera para cada uso.)

Maldita tartaruga, mal posso ver seus movimentos ~

Aquela rápida sequência delas treinando os pets “a lá Pokémon” também foi legal, minha curiosidade agora é saber se os mascotes vão ser fortes também — assim como as mestres.

O autor vem explorando bem elementos presentes em RPG’s com um estilo simplista de apresentá-los (o que ajuda quem não está acostumado).

Mascotes (ou pets) são bem comuns nesse tipo de jogo, inclusive, quem já jogou RPG de mesa deve se lembrar que no verso das fichas (do D&D) sempre tem aquele espacinho para preencher os dados dos pets.

Em linhas gerais, foi um episódio bastante legal, com uma boa luta e, novamente, uma boa comédia. BOFURI continua entregando bem a sua proposta de ser um anime leve e divertido de se assistir.

Breno Santos

Editor, Filmmaker, 22 anos, amante de astronomia, café e cultura otaku no geral; além disso, é fascinado por cinema e pelo trabalho executado por uma staff de animação.