Fate/Grand Order: Babylonia #05 – Impressões Semanais

Mantendo o bom ritmo que vinha tendo, essa semana, Fate/Grand Order Babylonia entregou outro ótimo episódio, mostrando um pouco da relação do Gilgamesh com o Enkidu e desenvolvendo um pouco mais do personagem.

O que deve ter chamado a atenção de quem ainda não conhecia essa versão do Rei dos Heróis, é o fato dele ser bem diferente daquela apresentada nos outros Fates, saindo de um cara que degustava vinhos enquanto observava a desgraça alheia, para um líder que se importa com o povo e está ali por eles.

Isso se deve ao fato daquela ser uma versão posterior a que foi invocada nos outros animes.

Para quem não conhece o conto do Gilgamesh, a história se resume basicamente em os Deuses prevendo que ele seria um rei tirano e cruel, o que realmente acontece, e então enviando o Enkidu para impedi-lo de se tornar uma pessoa assim. Depois de uma longa batalha, Gilgamesh reconhece Enkidu como sendo a única pessoa que teria o direito de ser o seu amigo, e os dois passam a viajar juntos.

Com a morte de Enkidu, Gilgamesh parte para uma jornada em busca de conseguir a imortalidade, mas depois de falhar em conseguir uma erva que poderia fazer isso, ele volta para Uruk e começa a governá-la de forma justa, que é basicamente onde o anime se iniciou, se parar para lembrar.

De qualquer forma, esse episódio conseguiu retratar bem essa nova perspectiva do personagem, criando alguns momentos em que dá para ver a forma como o Gilgamesh considera seus súditos, sem deixar tudo tedioso, já que sempre entreva alguma situação ou outra de alivio cômico, como a Da Vinci e o Romani, que mesmo com poucos minutos de tela são super simpáticos.

Da Vinci consegue ser carismática de graça.

Por fim, o motivo de ter perdido um tempinho com o conto do Gilgamesh é porque seria interessante ter ele em mente para falar da luta que o episódio trouxe.

Como deu para ver, a relação do Gilgamesh com o Enkidu é algo bem mais profundo e cheio de mistérios, principalmente por esse não ser o verdadeiro Enkidu.

Aos poucos isso vai sendo melhor apresentando, e se a direção e roteiro continuarem mantendo essa atenção em tentar elaborar um pouco melhor o conteúdo do jogo, dá para esperar um desenvolvendo mais dramático em cima desses confrontos.

O Enkidu teve uma forte influência na vida do Gilgamesh, assim como o inverso também é valido, como deu para ver no final, quando o Enkidu errou o golpe e acabou entrando em desespero por não entender o que estava acontecendo com ele.

Pode levar um pouco de tempo para que isso seja melhor desenvolvido, já que o foco principal da história é mais em torno das três Deusas e a guerra contra Uruk, mas, depois desse episódios, fiquei bem ansioso para ver como o anime vai trazer átona essa relação Gilgamesh x Enkidu.

Chega a dar até um pouco de pena do coitado…

Para completar, uma última coisa que me chamou atenção no episódio foi um leve desenvolvimento em cima da Mash. A direção aproveitando bem para encaixar um outro flashback de uma singularidade passada para expressar um pouco do que a Mash pensa e sente.

Aquele episódio zero desenvolveu um pouco disso, de como a Mash tem certas dificuldades em lidar com a humanidade, já que ela não é um ser humano real, e foi privada de muitas coisas durante o processo de criação.

Então é bacana ver isso sendo aproveitando durante o anime, além, claro, de terem pegado um contexto bem interessante, com a Drake (Moça pirata) apontando algo que serve até como uma leve reflexão sobre o próprio Gilgamesh, já que, mesmo tendo cometido vários pecados contra seu reino, ele também se empenhou em ajudá-los.

Drake <3

Fate/Grand Order: Babylonia vem sendo uma anime bem interessante. Mesmo ainda não entrando na parte da história com os verdadeiros confrontos, a obra vem tentando manter as coisas movimentadas e cheia de ação. O enredo ainda está caminhando, mas já deixa alguns curiosidades a respeito de como as coisas podem se desenvolver no futuro, então agora é esperar para ver se consegue adaptar tudo sem problemas.

Extra

 

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.