To the Abandoned Sacred Beasts – O que esperar do anime (sem spoilers)

Katsute Kami Datta Kemono-tachi e (To the Abandoned Sacred Beasts) é um dos animes que estou bem ansioso para ver nessa temporada.

Boa parte disso se deve ao fato de já ter lido um pouco do mangá, e gostar de algumas ideias que a história trás.

A obra tem uma pega de ação, mas tem bastante elementos de drama, principalmente no que envolve os ditos soldados pseudo-deuses que fazem parte da trama principal, esses, que por sinal, podem ser o ponto de partida para discussão.

Qualidade.

O autor do mangá é muito bom desenhando. Ele coloca bastante detalhes nas criaturas e isso faz com que elas sejam ainda mais impressionantes, ou seja, naturalmente, eu espero que o mesmo aconteça no anime.

Eu não tenho problema com CG – desde que bem feito, claro – mas seria legal ver as criaturas em 2D. Eu não assisti nenhum trailer (prefiro ir na surpresa), então não sei como estão, ou se já apareceram.

Porém, dentro das minhas expectativas está ver um anime que consiga trazer ao menos um pouco da qualidade que o autor coloca em seus desenhos para que a adaptação não seja desperdiçada.

Variedades é o que não falta.

Em relação a história, por mais que eu não tenha lido todo o mangá, até a parte em que fui as coisas se saiam bem interessantes.

Cada mini-arco contando um pouco dos soldados tem alguns momentos de drama bem legais. Existe sempre uma relação com a personalidade deles, e a forma que tomaram.

Além de estarem sempre questionando o protagonista sobre como as coisas acabaram daquele jeito, já que ele, indiretamente, meio que ele se culpa pela forma final dos seus subordinados.

Com o tempo isso é incrementado com a adição de um vilão mais elaborado, e de outras informações que ajudam a criar um ambiente mais desenvolvido em cima de toda essa questão da guerra e do exilamento dos antigos heróis.

A forma como o autor apresenta o passado dos personagens é legal.

Por fim, uma das ressalvas sobre as possibilidades da adaptação em relação as lutas.

Elas não são ruins, mas não são o forte do autor. Elas cumprem com o propósito em um mangá, mas não sei se seria o ideal mantê-las do mesmo jeito.

Trabalhar em cima de cada uma delas para tirar um pouco mais de impacto talvez fosse interessante, e pudesse trazer um diferencial maior para a animação.

Visualmente seriam incríveis.

Resumindo, eu não vou botar muito hype no anime, mas espero ver algo bacana, já que tem um bom tempo que estou esperando por isso.

Uma boa obra o estúdio tem em mãos, agora é saber aproveitá-la.

Nota do editor (Marco): O que o Marcelo quis dizer sobre as lutas, mas talvez não tenha se expressado de forma 100% clara, é que o autor embora desenhe muito bem, é péssimo com coreografias e build up de batalhas.

As lutas acabam absurdamente rápido e por vezes não conseguem criar a devida tensão, gerando um desfecho menos emocionante do que poderia ser. Ocorre o mesmo no outro mangá desse autor (Tale of Ring King), onde as lutas são a parte mais fraca, embora a arte seja linda.

Esperasse que a staff veja essas limitações do autor e melhore a coregrafia e build up das batalhas. Se o fizer, e adaptar bem o resto, pode acabar com um anime superior ao mangá até.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.