Carole & Tuesday #04 – Impressões Semanais | Zombieland

Episódio mais engraçado, eu estou olhando para você, hein? Pois bem, o anime da Carolina e da Terça-feira conseguiu entregar algo repleto de cenas cômicas, referências e boa produção.

Dance, bitch, dance!!

Em outras palavras, os 23 minutos soaram poucos para tanta coisa que aconteceu, sinceramente, eu poderia ficar assistindo eles produzindo aquela “abominação” chamada de clipe por, mais ou menos, 1 hora – sem nem perceber.

Tivemos novas personagens apresentadas e, pela primeira vez, a Angela nem sequer apareceu com a sua tradicional consulta ao dentista. Sobretudo, o que mais me chamou à atenção foi o mini-arco envolvendo o Gus e a sua ex-mulher: Marie.

Em apenas um episódio, conseguiram apresentar bem um pouco do passado do Manager das meninas, não obstante, ainda mostraram um ótimo arco de desenvolvimento emocional da Marie.

É um questionamento muito legal que acontece durante uma conversa dos dois, uma vez que, a própria Marie pergunta: “onde será que demos errado?”. Enfim, em contraste a isso, a Marie admite finalmente ter se descoberto, e que irá se casar.

A situação yuri passa longe de me incomodar, pois me surpreende o quão natural a direção e o roteiro conseguem passar tal. Em suma, sem tabus, sem rodeios, apenas está ali por ser uma coisa normal para uma sociedade evoluída. Um contraponto, é que agora posso afirmar que nosso sábio Gus é realmente de confiança.

Ganhou minha confiança de vez, jovem!

O episódio tratou de mostrá-lo como um cara legal, que, acima de tudo, superou seu relacionamento, e vem tentando superar os “merdas” da indústria musical. Posso estar sendo equivocado, mas acho que o término com a Marie deve ter sido um dos alicerces que deixou o Gus naquela situação a qual o encontramos no início.

Esse mini-arco foi o peso mais dramático do episódio, porém, o que destacou-se em meio a essa pequena tormenta sentimental do Gus, foi toda a “arquitetura” envolvida na construção de um clipe para as meninas.

O que dizer sobre um robô IA diretor que tem 1 estrela de avaliação no e-bay em mais de 2000 reviews? O quarteto envolvido deveria ter pelo menos se atentado a isso, hein? Carole, Tuesday e até mesmo o Gus deixarem isso passar despercebido, dá para relevar. Agora, o gênio da tecnologia – vulgo Roddy – é sacanagem.

2058 reviews, para ser mais exato hahaha.

Eu já começaria a desconfiar pelo preço, mas tudo bem. Como resultado, um robô “espertalhão” chegou para enganar os trouxas, beber muita cerveja e assistir Space Dandy. Gravar clipe? Quem sabe depois.

Digno de nota, é a situação dos quatro tentando explicar para o robô como seria o clipe – uma ideia mais louca do que a outra. Enquanto a Carole queria zumbis ao estilo Michael Jackson, gangues, explosões e gente dançando no final, a Tuesday apresentou seu lado “mocinha na cidade grande” mais uma vez – trazendo toques de Cindy Laupher.

O Gus queria pessoas de capacete, meteoros – o que me lembrou um pouco os clipes do Royal Blood – só faltou alguém vestido com cabeça de cavalo, de coelho, que as coisas iam ficar ainda mais parecidas. Já o Roddy parecia o Kazuma falando baixinho em KonoSuba: “Kazuma desu”.

Certamente, toda a situação da produção do clipe me ocasionou muitas risadas, mas o Roddy é quem merece o prêmio de personagem mais engraçado nesse. Porém, quem mais sofreu foi a coruja da Carole, deixada de lado por uma mera IA que produz filmes.

A cena do DJ no final foi icônica, é impressionante como o Mamoru Miyano (seyuu) coloca tanta ênfase na voz hehe. A propósito, o carro explodindo foi um puta efeito a la Michael Bay em Transformers.

Enalteço o trabalho da fotografia na hora da apresentação do clipe pronto, afinal, a ideia a ser passada era de um negócio bem “lixoso”. Seja pela lente desfocada ou pelos efeitos especiais do Gus e do Roddy dançando 120 vezes, tudo acabou sendo muito engraçado e bem feito (pela parte da staff do anime, não do robô hehe).

As referências ao Michael Jackson são imensas, e esses efeitos especiais do IDEA são ó… hahaha.

Da staff, destaco dois nomes muito interessantes que estiveram a frente desse episódio. O primeiro é o Tensai Okamura, que fez o storyboard. Em linhas gerais, um cara muito experiente, porém, o que mais destaco para ele é o recente trabalho com o storyboard do arco final de Release the Spyce, que, na minha concepção, foi uma das melhores obras do outono de 2018 e com um dos melhores; quem sabe o melhor plot twist do ano.

Subsequentemente, dispomos da colaboração de Tsuyoshi Tobita, que dirigiu esse episódio 4. Recentemente, ele esteve presente na direção de dois episódios de Kaguya-sama (o que mostra sua boa pegada com comédia) e também no episódio 1 de SAO: Alicization, que, de certa forma, mostra que ele pode fazer outras coisas além de cenas engraçadas (como a bela dinâmica entre Gus e Marie no bar).

Gostei bastante desse episódio, pois a sinergia entre os personagens principais já está em um nível muito bom. Além disso, a produção continua boa e faz ótimas alternâncias de pontos mais sérios a pontos mais cômicos.

Nota do Redator para o Episódio: 4.4/5

Extras:

Essa é a Tuesday Simmons, uma treinadora Pokémon novata ao lado de seu Rowlet – sua jornada rumo a Liga Pokémon começa agora!
Um beijo caliente para deixar as coisas calientes hehe!
Dos diretores de Alice através do Espelho from to PQP
Esses humanos tolos trabalhando e o robozão lá só na “breja” hahaha.
É basicamente o que eu digo para minha mãe quando ela fica me questionando por estar vendo animes demais hahaha.
Qual cena de clone das sombras ficou melhor? A do Gus ou a do Roddy? Essa ficou mais trash hahaha.
Pensei que elas iam espancar o IDEA, mas mandar de volta está valendo hahaha.

*Nota: o ápice da semana foi eu marcar a fofa da Celeina Ann (a voz da Tuesday nas músicas) no meu stories de que eu estava assistindo o anime e ela repostar na conta dela com um coração. Haaaa! Que mulher!

Breno Santos

Editor, Filmmaker, 22 anos, amante de astronomia, café e cultura otaku no geral; além disso, é fascinado por cinema e pelo trabalho executado por uma staff de animação.