Seishun Buta Yarou wa Bunny Girl #08 a #09 – Impressões Semanais

 

Devido a alguns problemas técnicos, acabou não dando para fazer a review semana passada (peso perdão pelo vacilo), mas cá estamos nós, prontos para falar do final do arco da Futaba, e do início dos problemas envolvendo a irmã da Mai.

Vamos começar.

Fugindo do modelo de três episódios que vinham sendo usados para desenvolver as heroínas, o arco da Futaba acabou bem mais rápido que os anteriores, o que nos leva aquela velha questão de rush.

Do meu ponto de vista não chegou a incomodar. Dá para notar que as coisas seguiram um pouco apressadas, com diversos eventos acontecendo dentro de um mesmo episódio, mas em momento algum me fez sentir que estavam atropelando as coisas, ou deixando algo para trás.

O Sakuta conseguiu ter uma boa relevância na resolução do problema da Futaba, e o Kunimi teve sua importância durante esse desenvolvimento, criando, não somente a base para segurança da Futaba, como também servindo para mostrar que o grupo de amigos ainda continua sendo o mesmo, independente das mudanças que tiveram, o que, querendo ou não, também fazia parte das dúvidas que a Futaba carregava.

Um pouco de sentimento, um pouco de medo.

Outra coisa interessante do episódio, foi a ideia de mostrarem que a Futaba, ao invés de ter criado uma copia que fizesse o que ela queria, na verdade expulsou seu “bloqueio” para poder agir como bem entendia, ou seja, a versão caliente era a original desde o início, o que acaba sendo um plot twist bem legal, principalmente quando você começa a juntar os pontinhos que o autor deixou, como por exemplo ela ter sido colocada para fora de casa pela suposta copia, e a conta do Instagram ter sido feita bem antes do surgimento da Síndrome.

Além disso, a resolução do arco também quebrou um pouco da minha expectativa em relação a forma como resolveriam a situação. Eu pensei que a Futaba dependeria de uma confissão para sair daquilo, com ela tendo que se declarar para o Kunimi, mas acabou não sendo o caso.

Tinha um pouco dos sentimentos envolvidos, mas o problema maior estava em ser deixa para trás, então apenas ter passado o tempo com os dois amigos, e entendido que não precisava ficar se preocupando, foi o suficiente para resolver.

No final, ela acabou se confessando, mas de uma forma bem mais conservada e direta, o que combina com a personagem. Eu também achei legal não terem forçado uma repentina mudança no Kunimi para formar o casal.

Eu sei que é legal ver a personagem feliz, mas me soa mais realista deixar nessa situação em que, mesmo ouvindo os sentimentos dela, ele não mudou de ideia, ou passou a vê-la como outros olhos.

Em outras palavras, o oitavo episódio foi bem legal, e trouxe um encerramento interessante para o problema da Futaba, mostrando um pouco mais da amizade entre os três amigos, e terminando tudo com uma resolução bacana para personagem.

E continuou de rabo de cavalo e óculos, então tá tudo perfeito.

Deixando de lado o oitavo episódio, temos o início do arco da Nodoka, que já começa bem animado… Animado até demais, se parar para analisar de forma mais crítica.

Confesso que no episódio em questão eu senti um pouco do rush pesando nos acontecimentos. Foi uma jogada inteligente ter mostrado no episódio passado a garota na televisão fazendo aquela declaração, mas achei um pouco rápido como as coisas foram acontecendo em sequencia, quase sem dar tempo para as coisas se acentuarem.

A ideia por trás de uma meia-irmã da Mai trocando de corpo com ela é bem curioso, e faz com que o arco tenha um chamativo interessante para o problema da garota, com toda a questão da cobrança e comparação com a irmã, mas certos eventos acabam apenas acontecendo, sem criar um grande aproveitamento para obra.

Quem sabe como um gancho não ficasse melhor…

A cena de desabafo da Nodoka seria um bom exemplo disso. Ela trás um peso considerável para as duas irmãs, mas terem a colocado logo depois de apresentar a garota acaba tornando as coisas menos impactantes para mim.

Esse confronto poderia ser bem mais dramático se tivesse desenvolvimento, não só o lado da Nodoka, como o da Mai, mostrando como ambas se enxergavam até aquele ponto, e como essa vida artística tem influenciado a relação de cada uma.

O colapso da Nodoka segue o mesmo principio para mim. É complicado comprar todo o perigo/drama com a garota, sendo esse o primeiro contato com ela. Se tivessem mostrado um pouco mais dessas dificuldades, talvez tivessem causado um impactado a mais em mim.

Compreensível, mas um pouco simples.

Um curiosidade desse episódio, é que não tivemos aquelas explicações sobre alguma teoria física. A Futaba apareceu para ajudar, mas se limitou em dizer o básico, como a confirmação de que as Síndromes acontecem por uma instabilidade mental da pessoa, e que o problema da Nodoka é relacionado a Mai.

No caso ela diz que é sobre ser uma Idol não tão popular, mas não é difícil entender que o problema é relacionado em ser aceita pela irmã, ou seja, mesmo que ela consiga ficar popular, as coisas não se resolveriam, já que ela dependeria da Mai para se sentir bem.

Como o título da novel também não entrega qual é o culpado pela Síndrome, acaba se tornando um mistério dentro do arco a possível explicação da Síndrome da Nodoka (que espero que aconteça mais para frente, já que parte da graça é ter alguma coisa envolvendo física na história).

Esperemos pelo a resposta do problema.

Resumindo, o novo arco parece ser bem interessante, podendo trazer algumas coisas legais para o desenvolvimento da Mai. A ideia por trás da Nodoka, e o seu desejo de trocar de lugar, abre espaço para diferentes discussões no futuro, principalmente quando envolve aquela questão de esforço individual.

Agora é esperar para ver como vão trabalhar tudo isso, e como o Sakuta vai resolver o problema da troca de corpos.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

reações da Kaede as novas garotas são sempre boas.

Eu entendi a referencia… Ou o que acho que seja uma referencia ao início de Sakurasou.

=/

Esse final da Futaba foi tão legal. A cena dela chorando e dizendo que não precisava mais existir ali ficou bem dramática por conta da situação. Ambas eram a Futaba, tanto a mais soltinha, quanto essa, mas como o padrão de comportamento dela era esse, acaba gerando um situação bem complicada, porque, querendo ou não, aquela era a nossa verdadeira Futaba.

Ver ela chorando, e se culpando por não ser a outra acaba sendo pesado, principalmente por até ali você ter a ideia de que ela era a original, então a forma como o Sakuta agiu foi bem legal, aceitando ela, e dizendo que ambas podem ser a mesma pessoa, é que são essenciais para serem a Futaba.

 

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.