SAO Alternative #06 a #08 – Impressões Semanais

Battle Royale são cenários interessantes para gerar empolgação, afinal muitas vezes o público está interessado apenas em algo divertido e que gere uma boa dose de tensão do que em uma historia ricamente elaborada. Talvez estas sejam as características desse spin-off de SAO.

Em questão de enredo, por enquanto o anime não demonstrou nada impactante, ou que destacasse os dramas internos dos personagens , que às vezes chegam a ser tão absurdos que não tem como você levar eles realmente a sério.

E neste caso não estou querendo evidenciar o drama da protagonista feminina que é de certa forma compreensível e até que pautável, mas de M e Pitohoi, que são o que chamo de personagens excêntricos exagerados.

Neste caso, eles não são o típico personagem excêntrico cheio de trejeitos e que geram centro de atenções como Ijuuin de Tada-kun, mas com toda a certeza o autor pesou a mão com o conceito de female fatally e masoquista apaixonado.

Os personagens são tão pirados, que você se pergunta se pessoas aparentemente normais podem realmente ter tantos parafusos soltos como estes dois. E por mais que tentem dar algum fundo às decisões e o jeito maluco de Pitohoi, continuam sendo explicações sem real profundidade.

A única profundidade que vejo é no interesse dessa pessoa aqui XD

Talvez, eles desenvolvam melhor os dois personagens na light novel, mas por enquanto, no anime são personagens conceituados, mas que não possuem nenhum trabalho ainda tão elaborado encima desses conceitos.

Mas o que é realmente engraçado é o roteiro encaminhar pra um fim em que LLHEN mesmo percebendo que a dupla é biruta acaba comprando esta doideira de Pitohoi e aceitando a proposta de M de matá-la in game para salvá-la na vida real.

Sabemos que em um cenário realista, dificilmente por mais que uma pessoa se apresentasse como determinado char dentro de um game, você não compraria a história sem provas e, sem dúvidas, não começaria “negociações” com ela.

Principalmente se esta pessoa a abordasse de forma tão agressiva e suspeita como o M, o mais provável seria chamar a polícia ou um psiquiatra.

Além de ser, de certa forma, previsível a real identidade da mulher selvagem, já que o enredo dá pistas para qual desenvolvimento esta brincadeira caminha.

O que demonstra uma escrita um pouco amadora e cheia de conveniências.

A triste vida de ter um amiguinho te financiando in game ¬¬

Contudo, estas maluquices e bizarrices dos personagens acabam gerando algo até que divertindo para pessoas que não são tão exigentes com construção de elenco ou história.

Então, se você é dessas pessoas mais chatinhas nessas categorias, com toda a certeza não recomendaria Alternative como um passatempo.

Porque neste aspectos o anime realmente é extremamente fraco e o que vende alguns personagens é o fato de possuírem certa simpatia.

Outro aspecto que pode afastar muitas pessoas da obra, é a porrada de texto estratégico que continua persistindo desde os primeiros episódios.

O que não é um erro de fato, já que quando você está jogando algo do tipo, discute realmente bastante sobre posições do seu time ou sobre os alvos inimigos.

O problema é como fazem isto no anime e ficam apresentando muitas informações táticas o tempo todo, dados sobre as armas, as miras, o campeonato, o satélite, as estratégias de alguns jogadores,etc.

Chega de tutoriais, chega, por favor, vamos ser mais intuitivos

Ao invés de deixar algo mais intuitivo e com texto menos denso, fazem o completo oposto, escancaram até informações que você poderia deduzir se parasse para pensar um pouco. Por exemplo, a aliança feita por alguns times para aniquilar a Pitohoi.

No episódio anterior, já tinham apresentado esta possibilidade. Mostram os times se concentrando na localização da M e da Pito e a Ren verbaliza o que está acontecendo ao invés de deixar algo mais subliminar, o que seria mais interessante.

E gente, você não é sério o tempo todo dentro de um jogo. As pessoas brincam, se zoam e até agora vi poucos momentos da LLHEN ou outros personagens fazendo isto no spin-off, sendo que aqui não há realmente um perigo real como na série principal.

Ninguém leva um jogo tão a sério, só jogadores extremamente harcores e mesmo assim eles não são tão sérios o tempo inteiro. Isto porque é apenas um jogo.

O anime começa a tentar dificultar um pouco as coisas e torná-las mais dinâmicas apresentando mais times e diversos tipos de jogadores que a LLHEN talvez tenha que enfrentar, mas com toda a certeza não focarão tanto nesses personagens, o que é uma pena já que alguns demonstram ter potencial de se desenvolver algo interessante.

Poderiam focar um pouco neste cara fazendo o favor?

Por exemplo, um ex-companheiro de Pitohoi que parece ser seu completo oposto e expõe mais sobre a personagem e sua forma de jogatina para o público.

Sendo sincera, alguns podem expor a forma dela como mau caráter ou oportunista, mas é a apenas uma forma mais agressiva e fria de se jogar, principalmente se for um battle royale mais acirrado.

Outro aspecto que pode desagradar é a já citada conveniência empregada na própria ação como expostas no post anterior da série, que também continua bem presente.

A exemplo, a amiga da protagonista cometer um erro bobo e perder as pernas, mas a protagonista conseguir se virar com a situação que deveria ser crítica de maneira fácil e anticlimática.

E para piorar, conseguirem curar uma mutilação com suprimentos médicos que é bastante irrealístico e bem esdruxulo para um jogo de FPS que deveria ser um pouco mais realista, mesmo sendo um jogo ambientado em um cenário futurista.

Em suma, SAO Alternative acaba sendo um anime que pode ter entreter de forma considerável, mas para quem esperava uma trama mais bem elaborada, infelizmente o anime usa fórmulas genéricas e não renova em nada.

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E você, que nota daria aos episódios?

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Extra

Não tá fácil para ninguém.

Desespero? Nem um pouco.

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Sirlene Moraes

Apenas uma amante da cultura japonesa e apreciadora de uma boa xícara de café e livros.