Dies Irae #04 – Impressões Semanais

Às vezes me pergunto como é feita a reunião na hora de decidir o que fazer no episódio, pois esse episódio definitivamente funcionou como uma montanha-russa. Acertos e erros em todo o canto.

Continuando direto dos acontecimentos do episódio passado, já de cara recebemos a informação de que o Ren optou por evitar a Kasumi a fim de não envolvê-la nesse caos todo. Sendo a representação do seu dia a dia comum, ele precisa que ela “fique na luz” enquanto ele derrota nazistas superpoderosos, como ele disse no episódio anterior.

Mas claro, na teoria tudo funciona perfeitamente, já na prática a história é sempre diferente. Primeiro que a Kasumi, barulhenta do jeito que é, não iria aceitar tal situação sem motivos, segundo que a vida é irônica. Enquanto o Ren evitava a Kasumi, ela foi feita de refém por um dos inimigos. É interessante como o universo da obra é propício a fazer as coisas darem errado para o protagonista, em animes normalmente é bem conveniente, mas na realidade uma vez que você está envolvido em algo muito perigoso, as chances das pessoas próximas a você serem afetadas também são sempre altas.

Embora por pior que fosse, a cena do Ren fingindo estar namorando com a Kei foi bem divertida de se ver, e é curioso já que por trás da atuação está uma situação bem tensa e sombria.

Uma boa parte do episódio foi dedicada a informar quem estava assistindo do que estava acontecendo e, embora tenha sido feito de maneira crua e pouco elaborada, como já dizia o ditado, ‘há males que vem para o bem’. Sem duvidas as informações jogadas nesse episódio foi de grande auxílio para a maioria das pessoas que se viam perdidas. Novamente, Dies Irae exige um pouco de atenção e interpretação ao assistir, caso contrário mesmo tendo a resposta lá, pode acabar continuando confuso.

Aulas particulares com uma professora dessas até eu queria… Talvez.

Esse episódio explicou três pontos cruciais: O primeiro foi o objetivo dos inimigos, que é realizar um ritual que necessita de sacrifícios para acontecer. Eles explicam que precisam de “almas de qualidade” caso queiram chegar em Valhala e é aí que entra a posição do Ren na história, que usado pela organização inimiga, terá que “travar guerras” contra eles e o perdedor servirá de alimento para abrir uma das oito suásticas.

O segundo é a funcionalidade das almas no universo. Elas possuem diferentes valores, e quanto mais almas você absorve, mais forte fica, isso podendo ser realizado matando pessoas, claro. Também deixa mais evidente as ações da Kasumi quando controlada nos episódios anteriores, ela matava pelo Ren, absorvia as almas para a relíquia dele e consequentemente o tornava mais forte, como pode ser visto com ele pulando de prédio em prédio, por exemplo.

E o terceiro foi os poderes em si. Relíquias amaldiçoadas conectadas com o usuário que possuem 4 formas diferentes sendo um nível superior ao outro. E dentro desse ponto já podemos incluir o fato da Marie ser, na verdade, o espírito da guilhotina, que é a arma do Ren.

Esse é basicamente um breve resumo pra quem ainda está perdido, acredito que depois disso dará pra acompanhar ao anime sem ficar igual cego em tiroteio.

Fica aí a pergunta, já que a personagem parece estar ganhando muitos fãs.

Foi interessante a reunião dos inimigos que estavam decidindo seus próximos passos. Embora aquela luz verde tenha ficado bem estranha, na minha opinião.

A reta final do episódio foi um pouco mais surpreendente para mim, já que teve várias alterações em relação a obra original. Dentre as mudanças, a cena do Ren desmembrando a si mesmo foi bem chocante e gratuita, certamente a que mais surpreendeu, a luta em si e a forma que o poder do Ren se manifestou foram outras coisas alteradas em relação ao original. Se essas mudanças ficaram boas ou não, vou deixar para vocês decidirem.

Mais importante, com esse episódio a história finalmente avançou mais um degrau, pois o Ren agora “despertou” de vez seus poderes, o que significa que as coisas começarão a acontecer em maior escala, já que ter matado um dos membros da organização vai servir de motivo para os inimigos começarem a agir.

Como tem sido de praxe no anime, foi deixado alguns mistérios no ar para serem usados futuramente, como as ações do Trifa no final do episódio, para citar uma. As breves revelações da Kei sobre a organização que ela pertence foram interessantes também, sobre ela mesma ou os membros superiores e desaparecidos. O que já dá um pouco as caras quando, depois de quatro episódios, o Reinhard finalmente reaparece, ainda no seu castelo dourado.

A colocação da cena foi bem pensada até, pois como a Kei explicou, Reinhard e alguns dos membros especiais eventualmente retornariam conforme o ritual avança, e a cena foi colocada justamente após a morte do Spinne.

A fidelidade desse é frágil, huh?

O anime fechou com uma cena bonita do Ren abraçando a Kasumi, como eu costumo mencionar, ao menos as emoções dos personagens o anime consegue transmitir bem, e ficou visível a exaustão física e mental do Ren ao entrar no quarto.

No geral, conhecer a obra original inevitavelmente me torna um pouco tendencioso a querer criticar o anime, mas imagino eu que para quem não conhece, talvez esse episódio tenha sido, na verdade, melhor que os anteriores. Apesar disso, sinto que há um bom potencial de melhora tanto como adaptação quanto como um anime independente nos episódios futuros, vendo como estão conduzindo as coisas.

Mas me digam vocês que continuam acompanhando, o que acharam do episódio? O anime ficou menos confuso agora?

 

Extras

Aquela clássica posição de tsundere.

Quando o pessoal da bruxaria pesada se reúne para fazer seus rituais.

Nível de raiva: Arranca os próprios braços e pernas para matar a pessoa… E se o poder não tivesse ativado?

Testarossa

Escritor amador, fã de animes, mangás, light novels, visual novels e outras coisas da cultura japonesa. "Nunca tenha certeza de nada, por que a sabedoria começa com a dúvida."