Princess Principal #04 – Espiãs não conhecem calendarios | Impressões Semanais

Parece que a ideia de misturar a cronologia dos episódio não vai ficar apenas no primeiro. O quarto episódio avança sete casos em relação ao último, e tem novamente um salto no tempo. Ainda é um pouco cedo para dizer que isso é um problema, já que não acumulou muitas informação para criar uma sensação de confusão.

Essa questão de embaralhar as ordens sempre me é divertida, por criar uma ideia parecia com a de encontrar “referências” a outras obras. O problema é que, quando mal usada, acaba dificultando o entendimento da história e tornando um pouco frustrante acompanhar, já que nem todo mundo tem a obrigação de lembrar do que aconteceu no primeiro episódio, e relacionar isso ao sexto, ou até mesmo ao último.

Talvez.

Particularmente, esse salto no tempo foi bem interessante, e aproveitável. O episódio foi usado para introduzir a Chise e, no lugar da costumeira apresentação diplomática, explorar as questão do relacionamento exterior com o Japão, e a cautela em cima do fato dela ser um um agente externo, e não do Reino/Comunidade de Albion, deixa bem mais agradável.

Isso agiliza bastante o roteiro sobre as situações e informações relacionadas ao resto do mundo, além de deixar mais natural a aparição da garota no futuro, já que simpatizar com ela fica mais fácil.

Esse aspecto também se reflete na condição da Princess no grupo. Ao invés de gastar um certo tempo evoluindo a relação delas, para só então adicionar a dúvida em cima da lealdade da Princess, saltar para uma missão futura, explica tudo sem ter que levar as pessoas pela mão.

Foram sete casos, que parecem ter um certo tempo de diferença entre um e outro, onde elas passaram esse tempo convivendo juntas e se conhecendo, mas que ainda assim, não resolveram nada sobre o fato da Princess poder ser um agente duplo.

Ainda bem que o velho estava lá para ser a voz da razão.

A Dorathy aceitar aquela demonstração de lealdade como prova das intenções da Princess, deixa meio que subentendido que elas já estão em um nível de relacionamento onde confiam umas nas outras.  Isso para mim, soa melhor do que trabalhar a amizade delas, forçando até mesmo um ambiente Slice of Life, para no nono episódio, desconstruir isso em forma de uma dúvida.

A questão que o velho levanta no final, sobre aquilo não valer de nada, também ajuda a reforçar o que tem sido falado nos outros episódios, sobre a guerra política girar em torno dos espiões. Sendo assim, não aceitar logo de cara as atitudes da Princess é o mais sensato até entender se ela realmente abriu mão de quem é.

Na verdade, para quem vive dizendo que mentem e tudo mais, aceitar aquilo tão fácil, chega a parecer errado.

Essa tipo de decisão por parte do roteiro, ao menos de início, torna mais nítido a situação diplomática que eles estão vivendo ali.

O envolvimento da garota samurai/ninja não foi apenas para reforço, mas sim como meio de examinar o melhor lado para o Japão apoiar. E ter essa informação de antemão, facilita pegar as mentiras, ou falsas intenções que possam surgir durante os próximos episódios.

A questão do casamento da Princess, e um pouco mais da relação dela com a Ange, também entram como um bom adicional, e o relacionamento das garotas, já um pouco mais desenvolvido, deixa a história mais leve, sem ficar presa pelo fator introdução, como disse mais acima.

E ainda pode rolar uns spoiler no meio disso.

Em resumo, ainda é meio cedo para dizer se abrir mão de uma cronologia fixa foi um a péssima ideia. Abordar  o relacionamento delas em um ponto mais avançado, e ainda aproveitando bastante das situações politicas de Londres (até mesmo do mundo), acaba deixando a sensação de perda de tempo menor.

Por outro lado, o medo de tudo isso criar uma ambiente confuso, cheio de buracos e informações sendo perdidas devido as  idas e vindas no tempo, pode se um pouco preocupante, já que não é uma escolha de roteiro fácil de trabalhar.

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E você, que nota daria aos episódio?

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Extra

Para quem não conhece muito de japonês, pode ser difícil pegar a graça disso, mas eu ri muito.

Nada de fanservice na nobre Dorathy dessa vez.

Quando a piada de “não tem botão de mute?” ganha vida.

Uma loli samurai que usa japonês arcaico? Como não amar.

Mentira.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.