SukaSuka #12 – Impressões Finais

Sinceramente, se eu fosse indicar SukaSuka para alguém assistir seria com uma frase mais ou menos: “Ignore tudo e assista pelo final”. Posso estar demasiadamente sensível por ter chorado que nem uma criança com esse desfecho, mas ao mesmo tempo me sinto feliz por todo peso dramático ter sido jogado para o final.

Mesmo com muitas pontas soltas e histórias mal contadas numa perspectiva bem lenta, a obra conseguiu ignorar todos os seus problemas e colocar exatamente tudo que eu queria durante a temporada em apenas um único episódio.

Se o Willem já era simpatizante sem lutar, imagine lutando e exibindo suas feridas. Ele foi o máximo que o protagonismo conseguiu alcançar. E não há um drama forçado na situação dele, muito pelo contrário, há todo um sentimentalismo que consegue transmitir verdade e uma dor muito profunda.

EXPRESSÕES!!!!

Nós como telespectadores não conseguimos visualizar o romance dele com a Chtholly com os mínimos detalhes para entender 100% o sentimento de perda dele, mas apenas seus monólogos e expressões tornam muito evidente, mesmo sem ter sido de fato mostrado.

Mesmo que apenas como apoio, a Nopht e a Rhan possuem cenas bem balanceadas para desenvolver toda a situação da luta. Por sinal, elas ainda são algumas das personagens que são descrentes de suas próprias vidas, e o desespero só bate quando elas realmente vêm alguém lutando pela vida de outra pessoa. Provável que uma situação inédita para elas.

Queria muito ver um desenvolvimento da Rhan

A partir daí as coisas entram no eixo de uma forma insana. A Elq se portando como criança apenas refuta que mesmo sendo uma deusa, ela continua sendo apenas uma criança solitária. Ter a Chtholly ao seu lado é algo que expresso como birra, e ela não quer deixar partir.

Mas é óbvio que a Chtholly não ficaria parada assistindo. Mesmo que ela sequer tivesse lembranças detalhadas, ela é a protagonista. E além disso, ela é teimosa e insistente.

N-Ã-O! Parabéns para essa dubladora, sério.

Entramos em um enredo em que a importância com os amigos e salvar as pessoas é o foco principal. Sentimos essa aflição em ver a Nephren abrindo o canal, porque querendo ou não vimos um cotidiano com as meninas.

E mesmo que todo o slice of life fosse contra toda a expectativa que tivemos sobre a obra. Foi ele que nos manteve conectados com a Chtholly e com a Nephren. Parto do princípio que ainda não tão bem adaptado, esse foi um fato fez a história acontecer.

O drama envolto com a Nephren demonstra tanto o desejo real do Willem em não perder ninguém e o desejo de proteção da Chtholly. E é com isso que a cenas começam a ficar balanceadas. Temos duas pessoas com objetivos nobres lutando literalmente até morrer.

São sequenciadas as melhores cenas da obra em um ritmo que quebra o coração consecutivamente. Começando com a queda Nephren e a minha surpresa do Willem realmente ter ido atrás dela.

Meu coração quase não aguenta

Depois a Nopht desenvolvendo um dos melhores diálogos em que a Chtholly estava envolvida. E ainda colocam uma OST no fundo que faz todas as frases da Chtholly se encherem de sentimentalismo e nos preparar para o desfecho mais escancarado impossível.

“Tenho certeza que não sobrou mais felicidade para eu achar.”

E claro tinham que encerrar com Scarborough Fair para acabar com meu coração. Diretamente eu não sei expressar o quão bonito foi ver uma luta com uma música lenta. Primeiro que isso não faz sentido algum, segundo que mesmo sem sentido combinou perfeitamente com a obra inteira.

Foi uma luta dançante

Se é que aquilo foi uma luta, ou apenas um suicídio. Os diálogos sendo trocados e completados pelos protagonistas, em meio aos flashbacks e a música refletiram muita coisa. Porque ao mesmo tempo que a Chtholly realizava sua última promessa, o Willem apenas assistiu aquilo. Ter noção do que é apenas assistir aquela cena no campo de batalha é sequer idealizável.

Essa cena cara…

Tudo finda com um simples obrigado e o sentimento de que mesmo insuportável, a Chtholly mostrou exatamente tudo que deveria ter mostrado apenas na metade de um episódio.

Voltamos para o cotidiano normal com as deixas para a novel da Tiat e o posicionamento da Ithea e da Nygglatho. Mesmo que com uma cena mais “animada” é extremamente compreensível tudo que se passa naquele final. As garotas mesmo que tristes ainda não conhecem todo o drama de ser uma leprechaun.

A Ithea chorando doeu o coração

Como vimos na cena com o Sábio o Willem está desaparecido e o que acontecerá de agora em diante é um mistério. A cena que mais chama atenção é a do final, fica a dúvida se era um flashback do nascimento da Chtholly ou o nascimento de uma nova fada após a morte dela, mas sinto que era apenas um relato do passado.

Bom, são acontecimentos que infelizmente podemos não encontrar em adaptação novamente, pois acho bem difícil levarem o anime adiante. O que posso dizer é que seria uma pena a primeira temporada só ter tido de bom o final, porque agora é que a história andaria verdadeiramente.

Não sentirei saudades de SukaSuka, ainda mais pela hype quebrada dele. Ele conseguiu ser uma obra bem bipolar e com apenas a surpresa de ser uma ótima estreia e um ter um ótimo final. Isso não coloca a obra no pedestal que merece, mas continua sendo uma indicação para quem quer entender o sentimento de não saber se de fato gostou ou não do anime. Já que esse acaba sendo meu posicionamento final ainda meio duvidoso.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extras

Esse pôr do sol ♥

Essa animação ♥

Esse diálogo ♥

Só uma curiosidade: a Nygglatho cortou o cabelo por conta de uma tradição Troll.

E para encerrar “Muito obrigada.”

Victoria Caroline

Engenharia, literatura brasileira, fotografia, vídeos de receitas, música boa e cultura japonesa. Não necessariamente nessa ordem. Às vezes acorda meio de humanas (quando consegue acordar).