Sakurada Reset #13 – Impressões Semanais

Por mais que essa seja a segunda parte do mais novo arco, as coisas em Sakurada ganha uma certa cara de reset (piada óbvia). Seja pelo clima de mudança de temporadas, ou pelo introdução e desenvolvimento de novos personagens, tudo soa como se fosse “novidade”, o que ainda não me compra por completo, mas ao menos garante alguns services filosóficos.

No começo, tudo parece fofo.

Para mim, dentre os maiores destaques desse episódio, está a revelação da existência física, do tal Roteiro que a Souma insinuou através de uma conversa com a Nono. Quando a informação surgiu, eu pensei que seria apenas uma metáfora para os planos dela, parecido com o que aconteceu nas preparações para o seu ressurgimento.

O Kei teria que “ler” os acontecimentos, e encontra a página (uma pessoa, no caso), para entender por completo a história, ou então, ir aos poucos juntando pedaços de informações, para formar o que seria o tal roteiro, para só então conseguir encontrar a resposta.

Sendo assim, ter essa revelação de que o Roteiro era algo mais tateável,  acaba sendo bem…  Fraco…? Talvez.

A ideia em si é boa, e acaba reforçando os ares de conspiração que o Escritório carrega, já que eles, obviamente, não deixariam alguém com a habilidade de “escrever verdades”, andando por aí, como bem quiser. O problema nessa história, é que me soa preguiçosa demais.

Tsuki ga Kirei, deu uma pequena aula sobre essa questão, diga-se de passagem.

Colocar um objetivo claro, é uma jogada de roteiro inteligente, e muitas vezes funciona bem. Você deixa os leitores/espectadores cientes do que vai levar o desfecho da história, e por consequência, cria um interesse naquilo. Mas tem uma pequena questão em tudo isso… Eu não sou lá muito fã dessa jogada, principalmente em mistérios, porque limita parte do potencial que aquilo poderia ter.

Se levar em conta que, por mais bem executado que alguns finais foram (com o uso das habilidades e tudo mais),  Sakurada, de certa forma, nunca entregou um plot twits de impacto. O que deixa tudo mais preocupante, já que em 12 episódios, o roteiro não me “vendeu” essa capacidade de surpreender.

Quando se estipula uma meta/objetivo, você automaticamente cria expectativas e ansiedade nas pessoas (ele precisa fazer isso, ou aquilo), o que, indiretamente, diminui os efeitos de um plot twits. Não que seja impossível criar bons desenvolvimentos no decorrer desse percurso, mas o final, inevitavelmente vai criar a sensação de que as coisa poderiam ser melhores.

Se as expectativa são cumpridas, pode gerar a sensação de que deveriam ter  tentando mais. Se elas não são, você se frustra por não ter recebido o que queria. Qual a seria a terceira opção? Tentar o meio termo, o que acaba não adiantando nada, e deixado tudo pior, com aquela cara de lá, nem cá.

Já pensou que legal seria se, ao invés de virar Hokage, o Naruto morresse pela vila? Pois é, os fãs não.

Lógico que existem exemplos que funcionam, e essa sensações variam de pessoa para pessoa, assim como alguns gêneros favorecem esse tipo de escolha. Mas como eu disse, mistérios e suspenses, são os tipos de gêneros em que essa ideia não funciona muito bem.

O conteúdo do Roteiro pode ser interessante, e criar uma boa revelação no final, mas a partir do momento em que me deixaram ciente dessa informação, a única coisa que vem a minha cabeça, é o Kei, após o caso do mundo dos sonhos, organizar um grupo de pessoas, e então bolar um plano para invadir o Escritório usando as habilidades, como tem sempre acontecido.

Pode ser divertido e interessante, claro. De maneira alguma eu estou apontando isso como um defeito, ou qualidade negativa. Mas para uma proposta de mistério, com alguns focos no suspense, isso não me é interessante. Suspense são construidos justamente em cima da falta de informação, ou controle dela.

A graça é ir colhendo o que foi deixado para trás, e criando seu “próprio” caminho para a história. Mas no momento em que você delimita esse caminho (encontrar algo, ainda mais se esse algo tem o segredo de tudo), você torna as opções a seguir preguiçosas.

Pode ser que no tal livro esteja escrito que as pessoas de Sakurada estão todas mortas, mas por já saber da existência dele, a informação perde parte da força, por eu já entender, que é de lá que o plot twist vai vir.

Espero que sim…

Por mais que esse episódio trabalhe uma boa quantidade de informações, incluindo o aparecimento de personagens chaves para o futuro da série. Ao meu ver, a escolha de adiantar alguns segredos, apenas para criar o interesse no desfecho da história, pode ser um passo para um final fraco, que é onde, normalmente se espera que um mistério brilhe.

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E você, que nota daria ao episódio?

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Extra

O texto acabou seguindo para outros lados, então, para não virar uma paçoca de ideias, vamos usar os extras, como de costume.

Finalmente se deram conta de que o combo Kei+Reset… Quero dizer, Haruki… É perigoso?

Novamente, lá vamos nós, colocar nossas preciosas expectativas em um personagem que parece ser interessante. Tomara que ele realmente seja um vilão a altura, e crie situações em que leve essa frase a sério. O Kei já fez muitas coisas, e nunca recebeu uma “punição” por isso. Se parar para pensar, o fato de terem libertado a Bruxa, e revivido a Souma, soa tão grande, que parece impossível o Escritório não ter consciência, ainda mais pela quantidade de controle que eles tem na cidade.

Enquanto isso, na side quest…

Por enquanto, parece que as coisas ainda estão meio jogadas pelo ar. Terminaram o último episódio com o surgimento do monstro, e o máximo que desenvolveram, foi dizer o óbvio: Monstros destroem coisas.

Certeza usaram isso, até porque acrescentaram o detalhe da cidade ser reconstruída depois, e também, indiretamente, acabaram informando que existem versões “vivas” deles dentro do sonho.  Na verdade, o fato da Haruki dormir, e depois a Haruki 2 acordar, acabou me deixando curioso para saber se não seria possível uma troca de lugares.

Difícil dizer, mas a Murase  sempre consegue fazer alguns hacks com o cancelamento de habilidades, então…

Like a God, or a Demon.

Eu gostei bastante da habilidade dele, principalmente depois ver o líder do Escritório relacioná-la ao funcionamento da teoria do demônio de Laplace.

Um ser que saiba de tudo, tanto do passado, quanto do presente e futuro, é impossível de existir, mas graças as habilidade de Sakurada, isso aconteceu.

Sim, três imagens dela, porque ficou muito fofa.

Brincadeira a parte, Sakurada tem me recompensado em assistir, unicamente por diálogos como esse. Construir pensamentos reflexivos é muito divertido para mim, ainda mais quando vem de formas simples, como foi o exemplo das duas caixas.

Você primeiro vê tudo com bons olhos, depois tudo como maus, e então, após ter consciência sobre as coisas ruins e boas, você escolhe aquilo que ainda parece bom. No final, o que sobrar, é aquilo que  você considera como “certo”.

Sua dose semanal de Souma.

Estou começando a ficar preocupado com ela. Depois que voltou, parece ter sido contaminada pelo vírus do desanimo que infecta Sakurada. Ela mau tem falado, e quando fala, parece cansada demais… É, o amor é complicado mesmo.

É o que temos para hoje =/

Queria ter pego um gif melhor da opening, porque gostei bastante dos efeitos de “fragmentação”, mas infelizmente, não ficam legais de ver quando entram em um looping. A música é até agradável, mas não achei que  combina muito com o clima “tedioso” de Sakurada (é meio agitada). Porém, a animação e os efeitos ficaram muito bons.

Marcelo Almeida

Fascinado nessa coisa peculiar conhecida como cultura japonesa, o que por consequência acabou me fazendo criar um vicio em escrever. Adoro anime, mangás e ler/jogar quase tudo.