Keijo #12 – Um Ecchi de Ação Muito Criativo | Impressões Finais

Estamos em uma época em que a maioria dos ecchis anda tão repetitivo que a tendencia virou apelar mais nas cenas sensuais que os caracterizaram: indo de mostrar peitos (Sekirei) a cenas sensuais com o personagem masculino (DxD), até chegar a preliminares para o sexo atuais (Masou Gakuen, Shinmai Maou).

Sabendo disso, ver um anime que se denomina “ecchi de esporte” (ou “ação”, já que aquilo ali são batalhas shounen sem tirar nem por) tentando criar algo diferente em Keijo é algo que causa certa admiração da minha parte. É até meio triste as vendas dele. Não necessariamente porque eu queria mais (a obra se fechou bem e acho difícil o autor continuar indo muito além do que foi visto aqui), mas demonstra que em termos de ecchi os japoneses continuam preferindo fanservice explicito puro e simples a uma tentativa de criar algo inovador (ainda que louco).

A batalha final compensou o episódio 11 mais morno, sem dúvidas. Entregaram um inimigo que realmente soava ameaçador, quase impossível de ser parado mesmo em 3×1. Para então dar a famosa transformação, tão usada em shounens, permitindo o combate final mais épico em nível de poderes (e maluquices) da série toda. Sempre que eu falava que “Keijo não tem como ir além disso” ele me surpreendia com algo novo.

Tem paródia a shounens pra todo lado, quanto mais séries você viu mais deles vai identificar, incluindo os peitos sônicos, referencia a um mecha antigo. O mais básico acabou sendo a transformação, já que quase todo shounen de batalha acaba tendo uma.

Vale salientar que parece idiota existir uma habilidade que dá super poderes como aqueles sem efeitos colaterais. E ela surgir do nada no final da luta foi esquisito também, eu esperava ao menos uma menção da série a respeito de algo assim (mencionam o SSJ por um tempão em DBZ antes dele surgir). Mas ir muito longe na lógica do universo de Keijo seria mais nonsense que a própria obra.

A animação infelizmente não acompanhou. Eles tentaram, dá pra notar pelos cortes fluidos. Mas totalmente sem tempo várias cenas acabaram saindo inconsistentes em termos de design dos personagens. Sem falar na bizarra cena final aonde biquíni da protagonista desaparece e aparece entre as cenas, a cada corte da comemoração ele aparece inteiro, rasgado, sem nada, inteiro, rasgado. É bem estranho (olhe as últimas 2 cenas acima para um exemplo).

A obra também conseguiu se fechar bem com as garotas se formando e começando no mundo profissional. O que é bem melhor do que os famosos finais abertos.

Não é um anime para todos, mas para quem deseja um ecchi super movimentado e que tenta inovador a velha formula, esse com certeza é um dos melhores que já vi no gênero. Aceitar o nonsense da série como algo natural é preciso também, nesse mundo dela isso tudo é possível.

A produção decaiu no final, mas o que ele tentou fazer com quase todos os episódios apresentando combates movimentados é louvável. Nem os shounens de ação que ele fez paródia conseguiram tantos episódios seguidos de ação (e alguns que tentam fica bem mais desastrosa a produção que esse aqui) sem ficar enrolando em lutas cheia de conversa e pouca ação. Keijo é o contrário, menos conversa e mais ação. No aguardo do próximo anime do gênero que vai tentar inovar um pouco a velha formula como esse (o anterior foi Souma, com cenas sexys de degustação).

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Keijo está disponível no Crunchyroll

E você, que nota daria para o episódio?

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Notas finais da obra

Direção: 8/10 (Bem efetiva nos combates e comédia, o diretor sabia o que estava fazendo)
Roteiro: 7/10 (eficaz no ritmo sempre acelerado, mas alguns dramas foram desnecessários com essa temática nonsense)
Trilha sonora: 7/10
Animação: 7.5/10 (Seria 8/10 se a animação não tivesse despencado no final)
Entretenimento: 10/10
Nota final: 8/10

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Extras

 

 

No futuro vão mostrar essa Gif e a pessoa não vai acreditar que existe realmente um anime de 12 episódios disso.

 

 

O modo como a protagonista fica badass remete bem a transformações. Apesar da aparência dela ter sido alterada apenas com ela colocando o pano que prendia o cabelo no pescoço. Simples, mas deu um ar mais ameaçador a personagem o cabelo solto.

 

A primeira cena está com cara que foi feita as pressas, mas admito a tentativa de ainda tentar cortes fluidos mesmo com uma produção zuada. E a segunda foi uma das cenas fluidas que estava mais ajeitadinha em termos de design do episódio. O golpe final ao menos teve tempo de ser finalizado corretamente.