Koe no Katachi – Uma Voz Silenciosa que Alcança o Coração

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Uma obra sobre arrependimentos e redenção

Aviso: O TEXTO CONTÉM SPOILERS LEVES DA OBRA.

Autor: Yoshitoki Oima

Volumes: 7

Status: Completo

Gênero: Shounen, romance, drama, slice of life, vida escolar

Sinopse: “Quando era mais novo, Shoya Ishida liderou sua classe em um bullying a uma garota surda. Mas não durou muito e a classe trocou de alvo, da garota para ele. Após ser isolado e entender o que a garota passou, ele começou a sentir uma forte culpa por tudo que fez. Anos depois, ele deseja poder encontrar a garota novamente.”(Roubei a sinopse do Marco porque estava tenso achar uma decente :V)

Análise:

Koe no Katachi é uma história sobre arrependimentos, redenção e amadurecimento, mas principalmente sobre a compreensão e aceitação do próximo e suas diferenças. Além disso, é uma das poucas obras que eu li, que têm como protagonista uma deficiente auditiva.

Em seus primeiros capítulos o mangá já aborda o bullying e suas consequências, com as figuras principais de Shoya e Shouko. Inicialmente os eventos são narrados principalmente na visão de Shoya, o protagonista masculino, sendo interessante a autora optar pelo ponto de vista dele.

A maioria das obras com essa temática costumam escolher a narrativa pelo ponto de vista de quem sofre a agressão, não do agressor. Contudo, mesmo tendo o ponto de vista do jovem como base, a autora também consegue focar nas várias personagens que vai desenvolvendo ao longo da história.

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Quem não quis socar o Shoya, que atire a primeira pedra.

O mangá também não aborda o bullying de forma banal. Ele não é um elemento citado no começo, mas esquecido no meio do enredo. As ações tomadas pelas personagens no passado ainda repercutem no presente.

Um exemplo é o trauma, vergonha e medo de Shoya, que o tornam uma pessoa depressiva e que se isola de todos a sua volta, chegando ao ponto de pensar em suicidar-se.

A história também repassa de forma eficiente as dificuldades de aceitação e adaptação de pessoas deficientes na sociedade, aspecto que pode ser observado no modo como os colegas de Shouko reagem à sua surdez e a forma que ela é tratada, como um fardo por seus professores do primário.

Shoya também sofre um amadurecimento progressivo em seu caráter como ser humano. Este desenvolvimento já se inicia nos primeiros capítulos do mangá quando Shouko é transferida e o garoto passa a ter uma percepção diferente da que possuía no começo.

Enquanto Shouko, a protagonista feminina, não se comunica com o leitor através de diálogos diretos, mas transmite seus sentimentos através de expressões  faciais, olhar e linguagem de sinais, recursos que são bem explorados pela mangaká.

Ela também possui conflitos internos que são muitas vezes disfarçados com seu sorriso de fachada. Na segunda parte da obra podemos perceber as consequências de sua não aceitação e visão de que ela era um problema, em seu aspecto psicológico.

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A linguagem de sinais é um recurso bem utilizado no mangá

O relacionamento dos protagonistas é bonito, elegante e delicado. Contudo, embora tornem-se figuras importantes um para o outro, a comunicação entre os dois é cheia de “ruídos”, que são “sanados” no final da história, com ambos compreendendo a voz um do outro.

As personagens secundárias também são interessantes por serem realmente diferentes umas das outras, tendo até um personagem que contrasta com o protagonista porque era seu exato oposto no primário. Mas a visão delas é mais abordada na segunda parte da obra.

A arte do mangá não é surpreendente. Gosto mais do traço de mangakás como Adachitoka (Noragami) e ‎Io Sakisaka (Ao Haru Ride), mas não é um traço ruim, é apenas um traço mais simples e rústico, sendo que prefiro os mais modernos e detalhados. Basicamente é uma arte agradável de ler e que satisfaz o leitor, mas nada além disso.

No entanto, apesar de gostar da obra, não posso dizer que ela é perfeita. A história tem alguns aspectos que não me agradaram tanto.

O romance, inserido com descuido entre os protagonistas, não é trabalhado de forma satisfatória. Mesmo o romance não sendo o foco da obra, após inseri-lo, é dever do autor desenvolvê-lo para os leitores. Mas no caso de Koe no Katachi, Yoshitoki, deixou sua conclusão muito subjetiva.

Se ela não quisesse desenvolver romance na obra, não deveria colocar tantos indicativos dele no enredo, como o capitulo de confissão de Shouko e as indiretas da irmã da personagem.

Além disso, achei o artifício para a resolução dos problemas inseridos na segunda parte, um tanto que forçado. Os personagens secundários também são um pouco esquecidos no capitulo final. O que para mim torna-se uma falha no enredo.

[showhide type=”1″ more_text=”Clique aqui para ler o spoiler” ]

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A tentativa de suicídio realmente era o único caminho a ser tomado?

Nagatsuka continua com os planos de ser cineasta? Machiba vai seguir com o plano de ser professor? A autora cria essas perguntas no meio da narrativa, mas não dá as respostas para resolvê-las.

O dramalhão no hospital também não me agradou. Precisava de toda aquela cena para que Ueno e Shouko transmitissem seus sentimentos? Também precisava de uma tentativa de suicídio para os problemas serem trabalhados e resolvidos de forma conclusiva? São alguns pontos que fiquei ponderando na segunda parte da obra. [/showhide]

Conclusão:

Eu achei a obra muito bonita e a recomendo sem medo. Contudo, ela tem falhas e peca na segunda parte, principalmente com o final, que é satisfatório, mas bem mediano. Também gostaria que a autora tivesse desenvolvido o romance entre os protagonistas e não o deixasse tão subjetivo. Também queria um desfecho adequado para as personagens secundárias.

Lembrete: A obra terá um filme adaptado pela Kyoto Animation, com o qual espero que os problemas citados sejam sanados.

Curiosidade: A LIBRAS é a segunda língua oficial do Brasil. Se o governo brasileiro realmente se interessasse por políticas de inclusão e ensinasse a língua nas escolas públicas, todos seríamos bilíngues.

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Sirlene Moraes

Apenas uma amante da cultura japonesa e apreciadora de uma boa xícara de café e livros.

92 Resultados

  1. Gabriel Augusto Vidigal disse:

    Concordo com muita coisa no texto, principalmente sobre o romance e o final, boa crítica.

  2. Damian disse:

    Já tinha visto alguns comentários sobre esse mangá no MyAnimeList, com essa review fiquei interessado na obra, inclusive vou tentar baixar tudo hoje. Boa review, alguns errinhos de português, mas nada que interfira na qualidade de sua transposição de idéias.

    • Pode citar os erros, eu gosto de consertar ^^

      • Damian disse:

        Ok. Na sinopse você colocou “descente” ao invés de “decente” ; No início da análise você colocou duas letras “e” na mesma frase, indo de contramão com a norma de apenas usar o “e” para encerrar ; No final do primeiro parágrafo da análise você escreveu: “Além disso é…” , mas deveria ter uma vírgula depois do “disso” ; Ao longo da análise você se esqueceu de outras vírgulas, uma dica que dou é sempre colocar uma vírgula depois de um assunto ter sido inicialmente exposto, e logo após observar se a vírgula faz sentido ou não, se não fizer basta retirar ; Outro erro é a troca de vírgula por ponto na frase: “Quem não quis socar o Shoya. Que atire a primeira pedra.” Viu que ficou sem conexão ? Nesse caso é recomendado o uso da vírgula. A maioria de seus erros foram simples pontuações erradas ou inexistentes, e apesar de não ser tão grave não custa revisar. Como eu disse, não é nada que vá interferir muito na leitura. Use vírgulas sempre que for se mover no mesmo assunto, e se perceber que a vírgula não fez sentido basta retirar. Espero que tenha sido uma boa contribuição de minha parte, mesmo que tão pouca coisa.

  3. Sergio Rodrigo Rodrigues disse:

    Que leitura boa,ótima crítica parabéns,só espero pelo filme tb, espero que seja bom.

  4. Danhy disse:

    Nunca tinha visto uma obra que aborda personagens ou protagonistas surdos, ainda mais com as consequências do bullying de forma mais seria, me chamou a atenção isso.
    Com certeza vou conferir(espero que no filme tenha um romance de forma clara) e como vai ser a KyoAni que vai fazer mantenho um hype, espero que seja muito bom.

  5. Klara Sasaki TG:re (=ε =) disse:

    Eu gosto do mangá então pra quero filme bem fiel esperando todo japa e assim coloca sempre um final q a gente não quer ou não entendi isso pq aindl tô tentando superar aquele final de bleach aí já tô chorando aqui

  6. Jura disse:

    Koe no Katachi é um mangá que me surpreendeu muito no começo, a premissa era algo que deixar o desenvolvimento cada vez mais interessante. Os sentimentos de culpa do protagonista diante de todo bullying praticado pelo mesmo, e suas ações para tentar reparar seus atos do passado, era de certa forma bem agradável de se ver.

    No decorrer da história, chegou em um ponto que eu comecei a desgostar da estória, isso é, à partir do momento que eles começaram a produção do filme. A adição dos personagens secundários me irritava tanto, que eu queria pular a fala e páginas, mas segui aturando até o final do mangá.

    A questão do romance, eu acho algo bem simplório, e esperava uma conclusão mais satisfatória do que esse final em ”aberto” que ficou, sem sanar as dúvidas remanescentes.

    Enfim, faz muito tempo que li o mangá, e não me recordo muito bem, mas minhas impressões não mudaram facilmente, mesmo eu lendo novamente. Acho uma obra boa de ser ler, mas nada fantástico.

    Nota pessoal: 6.5

  7. Joseph Joestar disse:

    Autora poderia fazer um cap 62.5 onde ela mostra como realmente terminou… ela deixou tudo par da imaginação dos leitores.

  8. Ferreira Amaral disse:

    juravam que era o marcos falando , recebi um plot twist agora

  9. Emanuel Moreira disse:

    O fato do filme ser lançado em outubro estarrece meu psicológico,afinal ,são 6 meses pra porqueira ser lançada em bd pra gt poder ver.

  10. Flavio disse:

    Koe no Katachi, tem como um grande ponto positivo a parte de mostrar o lado de quem pratica o “bully”, que como na infância não tem como intuído de humilhar o outro e sim não saber lidar com aquilo.

    Se fosse comprar Koe no Katachi com outra história seria Yokokuhan, ambas tem uma historia que prendem o leio ocidental pela curiosidade e meio que deixam a desejar no final, e esse problema vem do fato do entendimento de romance, suicido, a sociedade no geral é bem diferente no japão. Meio que para gosta desse final deve ter aquela visão de “é coisa de japa”, é como a for passiva de aceitar as coisa que é algo nos não temos.

    Notas sobre a Libras, cada idioma tem sua forma de fazer, então ainda continua sendo português, se não estou engado é possível ter aulas gratuitas ou ate auxílio do estado caso um familiar tenha deficiente auditiva. Acho desnecessário ter como aula obrigatória em escolas publicas, no caso talvez opcional, mas acho sim que deveria sim ter mais divulgação sobre aulas gratuitas de libras.

  11. Rômulo Junior disse:

    Como assim o Romance na história foi introduzido e no final acabou-se em nada ?

  12. Alexandre Skywalker disse:

    É um anime maravilhoso só que no final desanda e estou curioso pelo filme .
    Falando outro assunto . BLEACH acabou e seu final foi pior que Lost , Pessoal do twitter , insta e tumblr tudo irritado com o final .

    • Flavio disse:

      Se não fosse bleach, o capitulo final seria bom. Foda é que não tem construção para aquela final, e ainda cria mais duvidas…
      Mas para mim valeu a pena ver a Orihime MILF :V

      • Alexandre Skywalker disse:

        Bleach decaiu a muito tempo depois que Aizen caiu . Enrolarão , criaram coisas sem sentidos e fizeram uma bosta . A respeito da Orihime , interessante que ela era a personagem mais odiada do anime no japão e mesmo assim ficou com o ichigo em que a maioria esmagadora era Ichiruki .

        • Matheus disse:

          Eu acho que o Kubo sempre deixou claro que ele pretendia fazer do Ichigo e a Orihime um casal, mas a simpatia que o pública sentia por Rukia era muito maior e o pessoal ficou cego, criando um shipp que nunca fez sentido.

          • Alexandre Skywalker disse:

            Mas também com o autor dizendo que a rukia é a luz do ichigo , criando todas aquelas cenas em torno dos dois com openings e frases , fez muitos shipps desse casal dupla .

          • Matheus disse:

            Olha, não importa o que ele disse em entrevista se ele não colocou isso na obra, claro que ela ser a luz do Ichigo não necessariamente quer dizer algo romântico, mas a conotação vai muito pra esse lado, mas na história que é o que importa ele nunca deu características românticas do relacionamento entre eles dois, era mais de amizade mesmo, sempre foi.

            Por outro lado, se você for assistir Bleach de novo e prestar atenção na forma como o Ichigo trata a Orihime e comparar à forma que ele trata as outras personagens femininas(Com exceção da Karin e da Yuzu) vc vai perceber que eles dois ficarem juntos sempre foi o planejado pelo Kubo. Poderia ter sido melhor desenvolvido, mas acho que ele ficou tão decepcionado com a reação dos fãs ao mangá que ele quis encerrar logo, não tem como um mangá que ainda vendia tão bem ter sido cancelado.

          • Leo-kun disse:

            Olha, o Kubo foi “coerente” em ser incoerente até no último capítulo. A Orihime sempre esteve na “friendzone” com o Ichigo. O mesmo vale para o Renji em relação a Rukia. O único casal que teve certa química foi Ichigo-Rukia (primeiro arco).
            Ver a Orihime e o Ichigo juntos até vai, mas ver o Renji com a Rukia é algo que não desce. Parece que o Kubo deu o Renji de prêmio de consolação para a Rukia.
            Não sei o que foi mais frustante: o capítulo final ou a live-action…

  13. Matheus disse:

    Ia começar a ler o mangá mas acho que vou esperar o filme da Kyoani sair, se eu não aguentar eu começo a ler daqui pra lá.

  14. Glavenus disse:

    tem nd ver mas esse Shoya me lembrou do Subaru ñ sei pq :v

  15. Fabio R. Lima disse:

    a menina q gosta de dar spoilers agora é redatora do Intoxi kkkk Parabéns …

  16. Joe disse:

    O manga foi bem bonito, até a parte q ele pega ela tentando cair foi mto boa , depois acho q decaiu um pouco e falta de romance foi vacilo gostaria de um fim mais completo tb

    A parte q a shouko fala q queria morrer , acho q era no flashback da irmã dela eu quase chorei
    o shoya foi mto fdp eu queria matar ele mas acho q ele se redimiu até

    Sirlene faltou citar o brasileiro da obra kkkk
    o cunhado dele um negão acho q chamava pedro kkk

    A versão PT do manga era mto boa e tinha tudo q a shouko “falava” lembro de ver na época uns gringos reclamando q queriam saber os gestos significam a versão EN não tinha .

  17. Lucio disse:

    Estava tão motivado…depois dos elogios pensei em ver sem duvidas…ate o momento em que li que o romance não avança…( odeio quando isso acontece) pensando bem esperarei o filme. Mas quem sabe não olho uns capítulos.

  18. Bruno Bassi disse:

    Marcos por acaso ele tem vai ter ou tem um Anime ou Filme ?

  19. Pedro Alvares Pinto disse:

    Tudo por causa de um tsuki.

  20. Jonatan disse:

    “Koe no Katachi – Uma Voz Silenciosa que Alcança o Coração” e os Olhos…

  21. Fabio Emilio Freitas disse:

    Se mudarem aquele final pra min ta o resto eu relevo… ja q ninguem merece aquele final WTF cade o resto!!!!!!!!

  22. Guilherme MS disse:

    Gostei muito desse mangá, mas o que me incomodou também foi a parte do romance que não desenvolveu, sendo que isso é sugerido meio que subjetivamente a obra toda e fiquei na expectativa do último capitulo concluir essa parte, o que não aconteceu, mas eu gostei muito do mangá e recomendo bastante.

  23. Leo-kun disse:

    Legal, vou esperar o filme sair. Nunca tinha ouvido falar nesse mangá.

  24. Bullet Bill disse:

    Eu lê esse mangá em dois dias, me decepcionei muito com a segunda parte, principalmente com os dramalhões, que é uma das coisas que mais desprezo nos mangás e animes em geral, e com o final. Faz análise de Pluto agora ou outra obra do Naoki Urasawa.

  25. Kankoro disse:

    Li as primeiras linhas da sinopse e pensei que ia rola umas vingança doida mas não.Eu não acredito muito em redenção,principalmente no caso masculino (Com homem),mulher até vai porque é mais passível de mudança.

    Pelo que vi tbm o cara que fez bullying n morre no final,então não lerei.

    • Por que redenção não é possivel para o homem? Ele não pode se arrepender do que fez no passado? Redenção é possivel para qualquer ser humano, independente se seja homem ou mulher desde que este admita os seus erros e esteja apto a mudar. O ser humano no decorrer de sua vida muda a si mesmo, meu eu de hoje, não é igual ao meu eu de amanhã e vice versa.

      • Kankoro disse:

        Ué,estatística.A maioria dos presidiários do sexo masculino voltam a cometer algum crime dado o fim da pena (Em torno de 70%),o índice feminino é menor (40%~30%/Dados de 2010).

        Não,erros podem sim definir quem você é,se você rouba,você é um ladrão,se você estupra você é um estuprador e assim vai.Inclusive,em determinadas situações,um erro determina seu destino/futuro como pessoa;se seu pai tivesse chegado em casa e esfaqueado você ou sua mãe,ele ainda seria possuidor de liberdade?Uma coisa é cometer um errinho bobo como ser birrento/egoísta e etc…,outra coisa é cometer crimes.O cara chutou uma menina surda,logo ele é um lixo(Nem é como se ele tivesse que fazer isso pra sobreviver,foi por puro prazer).

      • AureumTenshi disse:

        Nossa ate responderia,mas meu comentário foi banido como span sem razões aparentes.

        • Depende de como vc escreveu seu comentário, se ele foi muito agressivo e ofensivo, se não eu não faço ideia porque foi banido, eu não modero os comentários.

        • Daniel de Paiva Carvalho disse:

          Vc analisou o fato do protagonista ser uma criança na época? Sinto te dizer cara, mas quando somos crianças não temos base alguma daquilo que é certo e errado e esse conceito só começa a ser trabalhado na criança com a ajuda dos pais. No caso do protagonista do anime a mãe do mesmo é extremamente permissiva com ele e só passa a entender que o filho é um idiota quando fica sabendo das coisas que ele fez com uma deficiente na no colegio. “Ha, mas ai vc ta jogando a responsabilidade dos atos do garoto na mãe dele?”. Em parte sim. Por ele ser criança a mãe deveria ter dado uma educação adequada ao garoto e ter ensinado a respeitar as diferenças entre as pessoas. Não estou dizendo que por ele ser criança ele está livre da responsabilidade, mas vc falar que tal ato não tem redenção já é forçar a barra. O cara cresceu, amadureceu e entendeu que o que ele fez no passado teve consequências graves pra pessoa que ele prejudicou e quis se redimir. O que há de errado nisso? E outra, quem leu a obra sabe que ele não ficou impune. E

      • Kankoro disse:

        Minha cara,tal ”presunção” é baseada em uma premissa suportada por dados,pesquisa e afins…
        a reincidência criminal de presos do sexo masculino no Brasil,por exemplo,é mais de setenta por cento segundo dados do do ipea/r7 e afins.

        Poupe-se do esforço de comparar equívocos ‘inteligíveis’ com crimes de alto calão,tem graus pra todo erro que você comete.

        Se por ventura seu pai viesse a esfaquear sua mãe,a senhorita acha que ele teria a chance de se redimir?Acha que ele passaria sem punição,sem uma demanda ou compromisso pelo que ele fez?Mesmo que ele passasse,isso seria justo?Algumas vezes seu erro define sim o que você é e qual vai ser seu futuro.Um assassino pode ter seu ataque de culpa ou redenção a sete palmos da terra.

        Ele chutou uma menina surda,não tem como eu criar empatia com esse cara.

        • Eu não estou falando que ele não arque pelos seus erros meu jovem, até porque ele arca pelas ações dele na obra, quando vc comete um erro, vc tem que pagar por ele, eu não discordo disso. Estava discutindo sobre redenção, a qual eu acredito que ocorra independente do sexo, não sobre punição, que são duas coisas diferentes. E não falei que todo ser humano acaba tendo redenção, mas alguns sim, que conseguem mudar quando eles admitem o erro e querem mudar.

          • Kankoro disse:

            Ocorre sim,mas pesquisas dizem que reincidência criminal,no sexo masculino,a é maior,visto que grande parte das mulheres adere ao conformismo/são mais volúveis do que os homens.

            Essa é uma questão animal refletida no âmbito comportamental.
            Assim como é mais provável um homem demonstrar promiscuidade e ‘luxúria’ ,é mais provável que uma mulher mude seu jeito de pensar/agir muito mais rápido do que o sexo oposto,homens são mais ‘cabeça dura’.Prova disso é que ‘a volta ao crime’ tbm é menor no sexo feminino.

          • O problema é que vc não pode tornar uma pesquisa uma regra para todos, porque pesquisas não são realmente absolutas e abrangem uma maioria, mas existe a minoria a qual a regra não se aplica, eu estava focando mais nesses.

          • Kankoro disse:

            Ué,eu coloquei sujeito pessoal(Eu) antes da minha oração.É impressão minha,eu também disse “Eu não acredito muito[…]”indicando que eu não acredito muito,acho que não ocorre com frequência e etc…Não é como se eu dissesse ”Eu absolutamente não acredito em redenção” ou ”Isso não existe”.

            O muito da ideia de maioria/’intensidade’ e etc…

          • Por isto que eu disse que respeito seu ponto de vista e opinião, mas como aqui é uma área livre pra opiniões, eu só quis deixar a minha também.

          • Daniel de Paiva Carvalho disse:

            Vc analisou o fato do protagonista ser uma criança na época? Sinto te dizer cara, mas quando somos crianças não temos base alguma daquilo que é certo e errado e esse conceito só começa a ser trabalhado na criança com a ajuda dos pais. No caso do protagonista do mangá a mãe do mesmo é extremamente permissiva com ele e só passa a entender que o filho é um idiota quando fica sabendo das coisas que ele fez com uma deficiente no colégio. “Ha, mas ai vc ta jogando a responsabilidade dos atos do garoto na mãe dele?”. Em parte sim. Por ele ser criança a mãe deveria ter dado uma educação adequada ao garoto e ter ensinado a respeitar as diferenças entre as pessoas. Não estou dizendo que por ele ser criança ele está livre da responsabilidade, mas vc falar que tal ato não tem redenção já é forçar a barra. O cara cresceu, amadureceu e entendeu que o que ele fez no passado teve consequências graves pra pessoa que ele prejudicou e quis se redimir. O que há de errado nisso? E outra, quem leu a obra sabe que ele não ficou impune.

          • Kankoro disse:

            Foi opinião pessoal,você não precisa concordar.

            Eu respeito a sua também~~

            “Por ele ser criança a mãe deveria ter dado uma educação adequada[…]”Afirmação contraditória visto que várias crianças,mesmo com uma mãe ”permissiva”,não costumam agredir deficientes físicos.

            Premissa totalmente falha,eu posso simplesmente comparar-lo com uma criança da mesma idade/situação que não fez a mesma coisa e,assim,comprovar o mal caráter do mesmo.

            Ex: ”O pobre escolhe a marginalidade por falta de opção”.Dai alguém refuta dizendo ”Mas há pobres que não são marginais”.

            Só fazer o raciocínio pra perceber a propagando enganosa.

            Mal da generalização~~

            Todo mundo pode falar o que quiser,entretanto,é necessário argumentos lógicos para convencer uma pessoa do seu ponto de vista.

            Tantas pessoas que tiveram parentes ruins/imorais e são boas pessoas.

            Mas ok ,’posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo’,mesmo que o dito seja umbrático. ..

        • Wigor Lopes disse:

          belo discurso! entretanto, acho muito interessante isso no ser humano, tentar classificar e analisar tudo, tudo mesmo!!! kkkk entretanto a sociedade não é um fenômeno natural, se é que me entende, ela é um ser composto de seres, um organismo, sem considerar muitos padrões pois não somos números, somos pessoas, não adianta generalizar, cada pessoa se comporta de uma forma, forma essa que vai depender do discernimento que possui das diversas situações que ocorrem em sua vida, por isso afirmo com toda certeza, o garoto também é vitima, pois seus conceitos de certo e de errado foram influenciados pelos colegas de sala, e quando o caso tomou aquela amplitude, tudo mudou e ele enxergou a verdade e a dimensão da dor causada por ele, tendo isso em mente ele tentou compensa-la, (sei que não ha compensação ao sofrimento causado, mas também percebi que ele reconheceu seu erro e isso é o mais importante), não se pode mudar o passado, mas é possível melhorar o presente e futuro… vamos reconsiderar ok? muitas vezes humanos erram por não saberem que estão errando, é preciso lhe mostra que haveria outras alternativas, o conhecimento permiti evoluir e consequentemente repensar nas ações do passado

      • Kankoro disse:

        Eu preferiria ‘redenção’ ou uma ‘nova chance’ pra garota.Ela sim não merecia sofrer bullyng e ser privada de uma vida escolar saudável.

        Tudo que o outro lado merece é punição e coerção forçada pra que,o mesmo,não volte a fazer algo tão espúrio.Ele humilhou,chutou e agrediu uma deficiente por puro prazer…só por isso ele devia ter passagem só de ida pro inferno.

  26. João Severino disse:

    Estou esperando para ver esse filme. Estudei libras na faculdade.

  27. Pedro Augusto disse:

    Espero um bom filme.

  28. Pedro Augusto disse:

    Espero um ótimo filme,Bom post.

  29. LEO_OTAKU disse:

    Por acaso alguém sabe onde tem o filme completo pra ver online? Ñ me importo se ñ tiver legenda ou se for gravado no cinema

  30. Akarlos Vasconcelos disse:

    A história é muito boa porém o final fica muito complicado muitas perguntas sem respostas, da a sensação que a autora quis terminar logo a obra, enfim sua análise está incrível parabéns =)

  31. matheus disse:

    Quando tiver uma data do filme bota no facebook pf

  32. Mist 2.0 disse:

    Sério meu, dá até raiva uma pagina no face disse que seria lançado hoje ,e nada cade o filmeeeee manoo,to agoniada aqui.

  33. Berlã Souza disse:

    eu realmente gostei do mangá, mas percebi alguns buracos realmente. Eu queria ter visto ele encontrando seus antigos amigos de cabeça erguida. Sobre a coisa do ” precisava msm uma tentativa de suicídio pra tentar dar rumo aos problemas?” acho que isso aconteceu na história pois as pessoas só dão valor a umas as outras na doença, logo, na tentativa de suicídio e no Shouya ter caído e ficado em coma foi o que fez cada um refletir em suas atitudes a sua maneira por causa disso, dá raiva, mas só assim que as pessoas refletem. Mas dois pontos que eu também não gostei foram: o fato que só Shouya foi meio que ” responsabilizado” , pois bullying não se faz sozinho. Tem aquele que lidera realmente, mas tem os amigos que dão apoio, os colegas que riem e os que não fazem nada por medo de serem os próximos, e mt gente que realmente foi responsável tirou o seu da reta pro Shouya se foder sozinho, principalmente a Kawai Miki que tentava bancar a boazinha a todo custo fazendo maior drama na frente de homem pra poder se sentir protegida, sério tenho raiva dessa mulher. E outra coisa que me deu raiva foi esse professor que eles tinham que sinceramente, ele pra mim tbm via a Shouko como um incômodo, e quando Shouya começou a sofrer bullying , a obrigação dele era tentar fazer alguma coisa, ele agiu como ” é sua culpa , agora que se foda”. Pra mim ele é o maior filho da puta da história. E o momento em que o mangá acabou, pqp, ( e realmente Mashida queria ser professor, e de uma hora pra outra virou um “perdido na vida?” ) Mas em si eu gostei da obra, e entendo que quando são mts os capítulos a tendência é que o autor se perca.

    • Victorius[P.H] disse:

      parei de ler na 2 linha kkk mas e interessante oq vc disse

    • David Moraes disse:

      Na verdade isso é a parte ruim do ser humano, é mas fácil se unirem para destruir outro, do que assumirem a culpa em proporção =, se você for pensar tem uns 30 alunos na sala, divídido entre eles não sairia quase nada o custo dos aparelhos que se quebraram, e todos teriam assumido a responsabilidade, mas no fim jogaram tudo pra cima de uma pessoa só por puro egoísmo e ainda maltrataram ele. Sobre tentar se matar muito normal nessa situação, a gente por fracassos menores as vezes pensamos, imagina la no japão uma sociedade 1000 vezes mas exigente que o Brasil onde você é julgado por resultados apresentados, e como deixou claro ela foi humilhada quando criança, não so na escola dele como em outras, estava no limite não conseguia mas usar a mascara falsa que ela forjou para os outros. È triste mas ela foi uma guerreira forte, vou considere-la uma das mulheres mas fortes de mangá que eu ja vi, aguento muito mesmo, antes de tentar fazer uma besteira, fora que não tinha o amor da mãe também.

  34. David Moraes disse:

    Na verdade concordo em partes com você, acho que o final foi demasiado rushado, a história ficou massante do capitulo 53 ao 62, antes disso era fantástico coração ficava na mão, deixava pensativo, apreensivo, sem saber quem estava sendo realmente honesto. Sobre o final foi a parte que mais incomodou todos, os dois se apaixonaram e não trocaram um carinho de forma satisfatória deixou a gente com aquele gosto de vazio no final com os 2 elogiando um ao outro em libras e o mais agravante devia sim ter mostrado os 2 de mão juntas encarando a turma mostrando o quanto evoluíram. Diria que o final não cumpriu nem um, nem outro, não mostrou a mensagem de superação eles enfrentando o passado, e também não mostrou o amor e carinho que adquiriram um pelo outro uma falha total, espero muito desse filme que pelo menos supra essas falhas

  35. Ana Kauane disse:

    Pode indicar um site pra assistir ??

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