Impressões semanais: Re:Zero #19

Quando Subaru superou Sísifo. 

Re:Zero kara Hajimeru Isekai Seikatsu episódio 19

Aproveitando a vibe quase insuportável de Pokémon Go no nosso adoravelmente desgraçado país, Subaru se inspirou nos monstros (me recuso a utilizar o termo monstrinhos) e evoluiu. Seu catalizador não foi atiçado por batalhas, rare candies ou Game Shark, e sim por uma demônio: Rem. 
A confiança, o olhar lúcido e o rápido raciocínio demonstrados pelo garoto conforme explanava o plano visando criar uma aliança com Crusch com benefícios mútuos de efeitos imediatos e tardios são atitudes que todos esperavam do garoto desde que ele começou a se atolar no pântano do hate. Talvez seja demasiado atrasado para trazer a nação otaku para o lado de nosso protagonista, mas é inegável o controle do autor para com o arco narrativo de Barusu. Todo movimento minimamente planejado, até beirar o irritante.
Ainda que ele possa parecer excessivamente recuperado, sem resquícios do atormentado que infernizou nossas semanas a fio, relevamos pelo fato do quão insuportável estava de vê-lo naquela situação. E a resoluta determinação com que abordou Crunsch é notória, no entanto, não tão grandiosa quanto sugere a superfície, pois nuances de seu medo são retratadas sutilmente pelo diretor, como closes em sua garganta ao engolir em seco, o suor, e o meu favorito, o plano holandês (utilizado frequentemente para exibir duvidas e tontura mental). 
Suas ações foram, pela primeira vez, meticulosamente calculadas, como se tivesse previsto as indagações possíveis, sem deixar brecha para desconfiança, graças ao celular de bateria infinita (com a carga máxima, inclusive).
E assim chegamos a exuberante e egrégia Crusch. Não, meus caros, não estou a erigindo ao posto de minha Waifu, mas que personagem com potencial! Não bastasse o character design atraente, sua postura e caráter são invejáveis, exemplares e sábias. Altiva e atilada, é o mais próximo atingido de uma suposta versão em 2D feminina de Aragorn, o maior herói da ficção, com direito a um discurso magistralmente performado por sua dubladora. 
Com seus pouco mais de vinte – curtos – minutos dedicados ao desenvolvimento e evolução de interações e condições psicológicas, a staff demonstrou seu esmero novamente ao deixar o toque polifônico de Subaru como tema sonoro da baleia. A melodia, de natureza alegre, gera um contraste com a figura do ser monstruoso que instaura o macabro e intensifica sua presença, em cena que já promete para nosso vindouro domingo, onde, liderados por um irreconhecível Subaru, os guerreiros devem suplantar a filha alternativa de Sr. Sirigueijo. 

PS: QUEM POSTAR SPOILER SEM ALERTAR E DAR ESPAÇAMENTO MORRE! 

Avaliação: ★ ★  ★ ★ (+)

#Análise em vídeo (Opinião do Marco):


#Extras

Melhor candidata.