Comentando os dois animes mais “sérios” dessa nova leva.
Aldnoah e Zankyuu são duas séries que provavelmente vão ser muito comparadas nos próximos 3 messes. Ambas estreiam na mesma época, ambas são originais e ambas tem uma equipe conhecida no time de produção, além de se venderem por um clima mais sombrio que a maioria dos animes atuais.
Aldnoah é um representante de um time que ficou popular mais recentemente (quando digo isso, falo nessa década): Urobochi que emplacou no mundo da animação com Madoka Magica, Psycho-Pass e sua colaboração com Type-Moon, Fate/Zero trabalhando em parceria com Ei Aoki, que dirigiu vários animes com zero no n- digo, focados num público mais adulto e traz de volta essa frieza de suas produções combinada com a trilha sonora de Sawano, que deixa sua marca nos animes que trabalhou (desde Guilty Crown, ao sucesso de Shingeki no Kyojin e o mais recente Kill la Kill, todos animes que foram no mínimo, muito comentados por ai).
Zankyuu no Terror como contraste traz uma equipe que é ainda mais consagrada, só que não recentemente, mas sim nos últimos 20 anos. Watanabe é consagrado pro Cowboy Bebop, um clássico da mídia e Yoko Kano é considerada por alguns como a melhor compositora a trabalhar com animes. Seus trabalhos em destaque são diversos: Wolf’s Rain, Macross Plus/Fronteir, Ghost in Shell e o próprio Cowboy Bepop.
E quantas obras desses dois times eu já assisti? Err… não muitas. Mas mesmo assim, acho interessante comentá-las juntas no mesmo post, até por que são para o mesmo público. Enfim, vamos ver no que dá. Lembrando que a estreia de Aldnoah.Zero já foi resenhada pelo Tanaka
nesse post.
Zankyuu no Terror 01: – Falling-:

Num resumo rápido: falou pouco, disse muito.
Terror foi provavelmente a estreia mais forte tecnicamente falando, priorizando não exatamente introduzir seu enredo mas sim fazer o melhor episódio o possível para fisgar o telespectador. Isso significa, basicamente, que tudo é explicado não com diálogos mas sim com ações.
Muitos comentaram que o anime mais lembrava um filme, tanto pela parte gráfica mas acho que também, pelo cuidado nos gestos e movimentação de cada personagem (figurante ou principal). Tudo isso devido a competência de Yuzuro Takachikawa (quem viu Death Billiards deve ter reparado a mão dele coma câmera dando mudando de foco toda hora). Além da animação na parte da movimentação estar forte, não se pouparam na hora de criar diversos cenários que percorrem os ambientes que os personagens passaram.
Como ultima observação na parte visual, devo de dizer que o uso das cores deve ser também uma das coisas que mais se destaca em relação a outros animes normais. Em ambientes fechados, com exceção da cena de abertura com luzes azuis e alaranjadas fazendo um contraste muito usado no cinema principalmente, temos o mínimo uso de claridade o possível. Tudo é escuro e mórbido, e isso não muda muito mesmo em ambientes mais abertos. As cores ficam mais claras, mas continuam cinzentas e pálidas, quase fazendo os personagens parecerem doentes por terem uma pele tão esbranquiçada.
Enfim, vou me focar mais nessa parte da ambientação, até porque como eu já disse, a história é vaga por enquanto. A temática está claramente definida mas o porque daquilo tudo continua um mistério. Afinal, quem são os dois protagonistas e porque estão fazendo isso? Pelo visto existe uma razão além do típico impulso de histórias que lidam com terrorismo (revolta contra sociedade, ou até motivos religiosos). Se fosse para dar palpite baseado no pouco que foi mostrado dos dois eu diria que existe um certo tom de vingança, mas é cedo pra dizer.
Provavelmente veremos o enredo se desenrolar pelos olhos da nossa pequena Lisa, que serve como típica personagem “orelha”: mais fraca que os demais, metida na situação por acaso, que provavelmente, vai acabar dançando com o ritmo da música e se desenvolvendo para ficar num nível próximo a seus companheiros. É uma fórmula usada tanto que nem nos demos conta de quando ela aparece (Akame ga Kill e Tokyo Ghoul nessa temporada, por exemplo, seguem a mesma linha). Eu não gosto muito disso geralmente, com suas execeções, mas ainda estou bem empolgada com o anime.
******************************************************
Aldnoah.Zero 02: -Beyond the Horizon-:
E aconteceu o esperado: um massacre. Não é meio irônico ver um povo descaradamente inspirado na Alemanha destruindo tudo essa semana? Então…
Eu às vezes brinco falando que Aldnoah é um Valvrave com marca, feito de uma maneira um menos… louca (?) e tentando ser mais sério e pé no chão, mesmo que ambos usem situações parecidas (que já foram usados também em vários outros animes do gênero).
Nesse episódio, vemos um dos maiores medos da humanidade acontecendo: uma tecnologia muito superior a nossa sendo usada para nos destruir, antes mesmo que possamos revidar. Uma luta perdida, que serve para os Vers se afirmarem completamente como um grupo superior (ainda que seja culpa só da tecnologia que nem é deles).
Tanto o roteiro do Gen e quando a direção de Ei Aoki são frios e dão enfase naquele truque de te dar e tirar esperanças de alguns personagens (mesmo que irrelevantes) vão sair vivos daí, além de enfatizar a fraqueza dos humanos (incluindo nosso outro protagonista loirinho no outro lado do campo de batalha) que estão participando do conflito. Vers são então endeusados como se fossem o os anjos que desceram do céu para nos destruir. Meu problema é que para ressaltar isso, usaram os diálogos dos Vers dando sura no pessoal da Terra, e esses soam um pouco batidos (afinal quem nunca ouviu um “Como é patético” enquanto o vilão do seu mangá shounen batia pra valer no mocinho? É manjado).
A animação não é tão movimentada, mas porém character design é constante e o visual é polido com exceção do CG que é… aquilo. O seu uso foi prolongado nesse episódio e por isso muitas vezes ele saltava a vista de uma maneira bizarra. É abaixo da média até para animes de TV. A trilha sonora do Sawano é boa, mas soa deslocada pra caramba em momentos em que tenta puxar músicas com vocais ou coros. Em animes dirigidos pelo senhor Araki, que esbanjavam expressividade e tentavam ser “épicos” ela funcionava, mas como eu já comentei, Ei Aoki é muito mais contido. Eu vejo Sawano tentando se segurar para acompanhar isso, apesar do trabalho dele aqui ainda lembrar demais Shingeki (exemplo disso: a música que tocou na estreia quando um militar aparece), mas ainda me atrapalha minha imersão na cena mais do que ajuda.
No final do episódio, o protagonista revela seu plano de enfrentar o inimigo, numa típica cena de estudantes normais numa luta militar. Isso faz mais sentido aqui do que boa parte de animes que usam esse clichê, até pelo fato de todos receberem treinamento nas suas escolas (isso não deve ser tão incomum em países asiáticos, eu mesma recebi poucas aulas de tiro quando estava em Taiwan). Imagino que a partir desse ponto, só podem acontecer duas coisas: ou o protagonista é muito inteligente, como ele mesmo deu sinais nesse episódio e tenta ao máximo controlar a situação ou…. todo mundo é massacrado. De novo.
Comentários EXTRAS:
Meu personagem favorito de Aldnoah por enquanto. Só por pena mesmo.
Eu não acho o protagonista de Aldnoah tão frio quando andam comentando. Ele claramente ficou sentido com a morte do amigo, como esse frame exemplifica. Imagino se tem um motivo pra essa inexpressividade.
Best boy? Best boy.
Tanto a abertura quanto o enceramento de Zankyuu ficaram ótimos. Não pela música ou animação, mas o bom casamento dos dois (E O USO DOS FILTROS, PORQUE EU AMO FILTROS). Provavelmente a melhor combinação nessa temporada junto com Barakamon.
Em contrapartida, Aldnoah tem um conjunto bem menos inspirada. O storyboard da abertura lembra muito o de Fate/Zero, o que significa que é…. mais ou menos, mas a música é a minha preferia da Kalafina desde a de Madoka. O enceramento é aquele típico com imagens bonitas paradas. Não é ruim mas não se destaca.
Depois de ver essa sua analise.
Vou dar uma acompanhada nesses animes que vc citou.
Por enquanto recomendo os dois, então pode ir ver sem medo.
Ambos animes nao tinham entrado na minha pre lista pra acompanhar, mas devido a falta do que ver, ansiedade por outros lançamentos, acabei resolvendo dar uma olhada neles. E ate que to gostando, principalmente de Zankyuu, esse clima de misterio sobre as ações dos personagens, e bem legal, curti a animaçao dele(Aldnoah nao gostei mt), esse 1° ep foi realmente bom, espero q o anime continue bem.
Aldnoah eu fiquei + interresado pela historia, pra ver oq vai virar, ate pq ele e de um genero que n curto mt …
Achei legal tbm isso da humanidade ser aniquilada por um tecnologia + avançada, realmente e um medo que temos. Os mechas dos marcianos sao bem ops, da nem graça D: provavelmente os humano tbm vao aranjar fodendos mechas, e ae começa a pancadaria(pq ate agr ta sendo massacre).
E esse carinha tbm acho que ele ta + pra inexpressivo, do que pra alguem frio, e ele tem jeito de que vai ser do tipo “inteligente”. Esperar pra ver nos prox eps, como vai se desenrolar o anime xP
Eu planejava só acompanhar SAO II, Akame e TG, mas não me arrependo de estar vendo Adenoah.zero , por incrível que pareça estou gostando deste mecha, olha que eu não gosto muito de mecha ( em exceção de CG ). Gostei da frieza do protagonista, apesar de certas pessoas reclamarem eu tenho queda por protagonistas sérios, frios e calculistas ( isto que é macho) com exceção do Iceberg de Mahouka ( aquilo lá é fora do normal), só espero que ele seja um pouco mais expressivo mais pra frente ( pra não ficar que nem o protagonista de Mahouka).
olha, por enquanto o “iceberg” de mahouka tem mais sentimentos do que esse mlk de aldnoah, aquele frame ali me pareceu que ele tava só pensando no que fazer em seguida (a hora q o cara se solta da mão dele, a expressão dele continua quase a mesmo)
como o Marco disse, mais pra frente deve mostrar o porque dele ser assim.
Também não me arrependo de estar olhando Aldnoah, e olha que eu odeio o genero (CG eu não olhei, mas conseguiram matar o protagonista e a mina dele em duas temporadas, então não.)
Você tem que considerar que ele além disso, não respondeu os colegas. Ficou calado, sem nem olhar pra eles.
E não, não sou o Marco ._.
eu sei, acho q foi no post de SAO 2 que ele respondeu o meu comentário dizendo que “provavelmente mais pra frente ia mostrar o porque dele ter ficado assim”
Sim, por isto que disse espero que ele seja mais expressivo mais para frente, se não vai ser uma copia do protagonista de Mahouka no quesito eu não tenho sentimentos, ou demonstre ser um psicopata 😛 Poque só um psicopata é frio e calculista e não demonstra sentimento algum. Eu gosto de protagonistas frios e calculistas, mas como digo pelo menos uma gota de sentimento o ser humano deve ter, se não é um robô.
Code Geass e Evagelion são animes de mecha com um ótimo plot. Sério a morte do protagonista é apenas um final inesperado e ninguém sabe se ele morreu realmente, a quem teorize que Lelouch não morreu, eu ainda continuo falando e adotando que sim enquanto o cânon da série não mude o status dele de morto para vivo. Além disso Rowlle que mina dele morre? Lelouch não tinha namorada alguma, só duas garotas a fim dele se não me engano 😉 e dentre elas morreu uma e a CC ( a bruxa que fez contrato com ele) continua viva. além disso Code Geass: Lelouch of Rebellion é apenas uma franquia da série toda, a história com Lelouch acaba nas duas temporadas, mas os produtores continuam expandindo a série com outros personagens.
Cara, eu to percebendo q o Urobushi adora um protagonista, ou personagem importante sem expressão. Tem a morena do tempo em Madoka, Ledo de Gargantia, o Carinha de psycho pass, e agora esse aí, kkkkkk
Não se esqueça do pai do Shirou, ele não era um exemplo de personagem expressivo.
http://media.animevice.com/uploads/1/18405/548252-fate_zero___20___large_07.jpg
Eu gosto da direção de Aldnoah. Em Shingeki, infelizmente havia um certo exagero que tornava certas situações mais cômicas do que trágicas (quase todas as vezes que personagem aleatório X era morto), mas funcionava na hora das batalhas. Aqui as coisas são mais pé no chão, e o Sawano realmente não é o mais adequado com seus vocais para cenas assim.
Zankyou tem uma ótima animação, personagens com potencial, e por enquanto é isso: Watanabe e seu status como diretor sendo garantia de animadores talentosos na equipe. Aliás, eu só fui saber que era do Watanabe depois que eu assisti o anime.
Vai todo mundo morrer em Aldnoah, se tudo que toca aquele robô desintegra como o protagonista pretende vencer? Vai ter que dar uma de MacGyver ou L-elf.
Terror foi legal mas não gostei de colocarem a garota mais apagada no papel central. A OP e ED combinam mas não curti as músicas. A ED de Aldnoah no entanto achei linda.
Eu não consigo ter a minima ideia do que possa acontecer em Aldnoah nos proximos episodios, assim que é legal assistir um anime o/
Os dois começaram muito bem, já tinha decidido ver antes da estréia, Aldnoah pela staff e Zankyou pela sinopse q me intrigou, n me arrependo nada. Ótimas estréias. Bom review 😀
Adnoah Zero é um tédio que só.
Já Zankyou no Terror, ow, melhor estreia até agora, fico ansioso para descobrir o que vão desencadear em um cour bem curta.
Como assim tédio? O Okisuke morreu, porque Okisuke, porqueeee????
Não curto Mechas, pelos comentários positivos à obra fui conferir o primeiro episódio e mesmo assim não gostei.
Eu também não sou atraído por mechas e o único que eu já assisti foi gargantia mas respeito sua opinião, afinal, só estou me animando pra assistir pois gostei do final com as crianças inocentes, me lembra do inicio do primeiro episódio de Falling Skies que é uma boa série.