Impressões semanais: Yowamushi Pedal 6/Machine Doll wa Kizutsukunai 6

-Isso, apressadinho, vai na frente, vai.

Machine Doll wa Kizutsukunai 6

Eu não devo ter sido o único a lembrar das quimeras de FMA, acredito (e também pela Shouko ter chamado o Raishin de “cão do exército”). Assim como Bandolls, elas são criaturas híbridas, em teorialmetade bonecas e metade lobas/humanas/dragão/whatever. O estranho é que sua fabricação seja em tese ilegal, mas o direito de posse e utilização não. Talvez eles tenham fábricas “oficiais” pra isso ou apenas alguns artesãos com licença especial possam construí-las. De um jeito ou de outro, o governo japonês parece querer uma desculpa para iniciar uma guerra, e presumo que esse Japão seja o Japão imperialista do início do século XX que invadiu a Manchúria, se apoderou da Coréia e fez várias merdas por aí.
E falando em Bandolls, foi Yomi quem roubou a cena dessa vez, embora não se saiba se seu carisma se dá por sua personalidade materna, pela intepretação da seyuu ou pela fato de ser uma loba falante. Seria legal se tivessem dado a ela mais tempo de vida, no entanto no pouco tempo de tela que teve ela conseguiu se destacar.
Essa cena me lembrou da ligação que as garotas em Rayearth tinham com suas armas. Quando outra pessoa tentava empunha-las, elas pegavam fogo, se tornavam água, ou ficavam muita pesadas, respectivamente, e logo pensei que apenas a magia do Raishin seria capaz de curar Yaya, mas não foi dessa vez. Seria um toque sutil para fortalecer o laço entre os dois.
A forma como espremeram as cenas finais do episódio, contudo, não foi nada sutil. Em uma cena eles estavam jurando que iriam seguir as regras da luta honrosa como futuros Wiseman e na outra já cortaram para o início da luta pra conseguir comportar um clímax com o Raishin sendo atingido pelo golpe do inimigo e a Yaya gritando seu nome. Deu a impressão de que foi tudo muito corrido. Apesar disso, no geral, a composição de cenas no que se refere ao mistério e a progressão do mesmo foi bem feita. Foi o primeiro episódio completamente sério que funcionou de alguma forma.
Espero que o próximo episódio não termine com outro cliffhanger de alguém sendo tragicamente atingido, já fizeram isso 2 vezes.
Nota: 70/100

Yowamushi Pedal 6

Aquela sensação de que a parte boa ainda não começou resume tudo o que esse episódio transpassou quando o assisti. Não há muito o que falar sobre também, visto que ele consistiu em 20 minutos de pedalada, ângulos inferiores e superiores, informação técnica/briefing da corrida, Imaizumi e Naruko sendo tsunderes um com o outro (essa parte foi legal) e Onoda se desesperando. Essa última parte particularmente me irritou, então me focarei nela.

Uma das qualidades de Yowamushi é dar sentido a todas as suas cenas. No primeiro episódio, todas as otakices do Onoda e a forma como ele pedala distraidamente enquanto canta “Daisuki Hime, Hime, Hime, Hime, suki, suki” apresentam seu personagem e justificam sua aptidão inicial com o contexto envolvendo Akihabara e seus gashapons. No segundo e no terceiro, é a motivação do Onoda que toma forma em todo o esforço que ele faz para vencer Imaizumi e com isso conseguir 1 membro para reabrir o clube de anime. No quarto ele aprende que amizade pode coexistir com o esporte. No quinto ele é introduzido ao mundo das corridas de bicicleta e ao conceito de paixão. Ele tem todos os atributos necessários para pegar no tranco e exercer sua função como personagem principal de um animes de esporte. Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, o autor resolveu arranjar uma coincidência de roteiro extremamente desnecessária que não acrescentou em nada. Estou falando da Van atrasada e da bicicleta antiquada de Onoda. Por 5 episódios os personagens tem nos lembrado que uma bicicleta de corrida é melhor que uma bicicleta “de mamãe”, como traduziu o fansub. Qual é o sentido de eles chegarem no sexto apenas para provar algo que já foi totalmente explanado na teoria 1000 vezes só para introduzir um drama besta? Eu nem culpo o Onoda, pois ele só agiu a caráter. A decisão que foi ruim, e essa redundância se estendeu por váááários minutos com as cenas de “Veja, Onoda, nossas bicicletas tem 20 marchas, veja, elas são melhores, veja, você não consegue nos alcançar”. Não teria problema algum se o Capitão tivesse esperado mais 10 minutos e nos poupasse de tudo isso.
Tsunderismo in action
Nota: 44/100