Monster Musume no Iru Nichijou – O mangá ecchi das garotas monstro!

Nada de garotas meio-gato, meio-raposa ou qualquer animal bonitinho aqui, só garotas monstro!

Sinopse

Monster Musume ou Everyday Life with Monster Girls é um harem/comédia/romance que aborda a vida cotidiana de um jovem que entra (sem querer) em um programa de intercâmbio de espécies, aonde um meio-monstro (pessoas meio-monstro meio-humano são normais nesse mundo mas elas costumam viver isoladas da sociedade dos humanos) vai viver na casa de uma família de humanos para tentar apreender mais sobre eles. Como o nome já diz, a obra foca em garotas misturadas com animais pouco convencionais ao invés das velhas conhecidas garotas meio gato, meio raposa, meio coelho ou meio “qualquer animal bonitinho”. 

O manga é da autoria de Okayado (pen-name) e começou a ser publicado em 2012.

Comentários:

A obra começa apresentando a primeira garota monstro que o protagonista conheceu – Mia, uma garota meio cobra – que já esta vivento com o protagonista a algum tempo e já está loucamente apaixonada por ele. Os motivos – que não pretendo spoilar – são plausíveis (plus, nessa obra o protagonista é bonito!). O problema é que humanos são proibidos de ter relações intimas com outras espécies e qualquer violação dessa lei acarreta na prisão imediata do humano. Isso funciona, obviamente, como uma desculpa do autor para o protagonista resistir aos “ataques” das garotas monstro e criar situações cômicas.


O personagem principal é muito simpático, boa pinta, tem bom coração e não, não é um loser, então, dificilmente alguém vai desgostar dele. Uma característica engraçada do manga é que o protagonista raramente é mostrado com expressões sérias (a imagem que coloquei acima é uma das poucas exceções), reparem nas imagens que coloquei ao longo do post como ele sempre está com alguma cara cômica – isso se repete até mesmo nas capas dos volumes do manga. O nome dele também não foi revelado, pelo menos até agora, o que é bem estranho. Todas as garotas e conhecidas do manga se referem a ele como “Mr. Darling” ou “Darling” (“Querido” em português).

Mas e as garotas? Bem, tem pra todos os gostos e fetiches, cada uma tem uma personalidade diferente, desde as mais enlatadas e conhecidas (estranhamente não tem tsunderes) as mais estranhas: como a hilária personalidade da sereia querendo ser uma heroína trágica. O modo como o protagonista conquista as garotas monstro vai do básico ao impensável (não vou estragar a surpresa, mas o jeito que ele conquista a garota aranha é engraçadíssimo). 

Como já deve ter dado pra notar, a obra é lotada de clichês e o autor não para de aumentar o harém do protagonista, mas por mais absurdo que pareça, isso tudo funciona muito bem em Monster Musume. Suponho que o diferencial seja o fato dos clichês serem aplicados a garotas monstro, o que, de certa forma, acaba tornando mesmo as piadas mais comuns em novidade. Quanto ao aumento do harém (6 garotas em 17 capítulos!), isso também funciona, já que, a apresentação de novos personagens vai sempre dando novo fôlego a obra. Lógico que essa entrada desenfreada de personagens tem seus problemas, como o desenvolvimento das heroínas, que apesar de existir é bem superficial.


É inegável que a arte do autor ajuda um bocado, ele consegue fazer a garota monstro mais “horrível” parecer atraente (olha a garota aranha ai em cima).

O ecchi também acaba funcionando meio diferente do habitual aqui, afinal, garotas monstro tem anatomias bem peculiares que o autor faz questão de explorar. Quem não gosta do gênero pode se incomodar com a obra no entanto, já que mesmo não sendo “nível To Love Ru” alguns capítulos são bem apimentados e o que não faltam são peitos e lingeries das mais estranhas – calcinhas normais não servem pra garotas monstros afinal.
Outra coisa engraçada nesse manga é que ele não tem plot. Como assim? Não existem sagas e o protagonista não tem nenhum objetivo em vista, a vida vai passando, situações engraçadas vão acontecendo e novas garotas monstro vão sendo apresentadas. Existe um senso de passagem de tempo no entanto, e apesar da falta de plot as relações dos personagens mudam um pouco ao longo da obra. De qualquer modo, tudo isso parece ter funcionado muito bem, o manga passou das 100,000 cópias poucas semanas após o volume 1 ser lançado, e atualmente vende perto dos 300,000 por volume (2015).

Editado(2015/03): Um anime acabou se ser anunciado para o meio do ano de 2015.

(covers do volume 1, 2 e 3 do manga)


Pra quem procura alguma profundidade ou mensagem o máximo que o manga aborda é o preconceito. Enquanto garotas meio-gato, raposas, ect são bem vistas e até sinônimo de fetiche, as meio monstro (aranha, cobra, ect) são extremamente mal vistas pela maioria dos humanos, que ou as temem ou as desprezam como seres perigosos e horripilantes, que não deviam tentar ou mesmo ser permitidas a se inserir na sociedade humana.

Concluindo, Monster Musume vai contra tudo que eu acredito: ele não tem plot, ele não tem quase nenhum desenvolvimento de personagem, ele apresenta novos personagens sem parar, ele é um harem com um protagonista indeciso (mesmo que ele frequentemente reflita sobre quem escolher), ele é lotado de clichês, mas DEUS SABE COMO, ele funciona absurdamente bem! Eu adoro o manga, é divertidíssimo, e o uso de tudo que citei acima acaba funcionando por causa dos personagens pouco convencionais. Se quer uma obra despretensiosa pra se divertir esse manga é extremamente recomendado. E pra quem ainda está com pé atrás, recomendo ler o primeiro capítulo e tirar suas próprias conclusões.

Avaliação: ★    ★
Extras

Garota Ogro, Garota Doppelganger, Garota Zumbi e Garota Ciclope
A obra não se limita a meio-animais, tem seres mitológicos e de lendas também (Centauros, Harpias, ect).


Fico na dúvida se acho os nomes convenientes – já que te ajudam muito a lembrar quem é quem – ou pouco imaginativos:

Mia -> Garota Lamia
Cerea -> Garota Centauro
Papi -> Garota Harpia
Zombina -> Garota Zumbi
Rachnera Arachnera -> Garota Aranha
Doppel -> Garota Doppelganger
Mero -> Garota Sereia 

(Créditos ao GekouScans pelas imagens com texto traduzido que usei no post)

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