Primeiras impressões: Kamisama no Inai Nichiyoubi

Um mundo pós-apocalíptico regado por influências religiosas.

Kamisama no Inai Nichiyoubi é uma light novel escrita por Kimirito Irei que ainda tem uma adaptação para manga. O anime está sendo produzido pela Madhouse (Black Lagoon, Death Note, Btooom!) e dirigido por Yuuji Kumazawa que já trabalhou anteriormente em Oda Nobuna no Yabou, no mesmo cargo e estúdio.

Sinopse

Até que ponto a religião irá influenciar esse mundo?
Em um mundo onde as pessoas não podem mais morrer devido ao céu estar lotado, uma garotinha de nome Ai Astin é encarregada em uma pequena vila de ser uma Hakamori, uma espécie de coveiro que tem por objetivo libertar as memórias das pessoas que desejam deixar o mundo terreno. Uma espécie de solução para o grande problema que assola aquele mundo. Mas tudo isso muda com a chegada de um misterioso homem que se auto intitula Hampnie Hambart que depois de tomar uma atitude inesperada e lhe contar algumas verdades que todos de sua vila escondiam transforma a vida da pequena Ai completamente.

Personagens

Ai é a típica personagem moe e frágil vista em vários anime (apesar de que ela aparentemente não recua em um combate, como o visto contra o Hampnie). Sua vida é cercada por mistérios e mentiras. Ela passou a vida inteira acreditando que tinha um papel importante no mundo, que era no mínimo alguém especial, mas quando a dura verdade vem à tona a mesma parece que irá sucumbir. Não sei o que esperar dela, em como irá encarar toda essa avalanche de revelações e que papel terá na trama. É um primeiro episódio no fim das contas.
Me pergunto que tipo de relação esses dois irão formar.
Hampnie já faz aquele estilo de protagonista misterioso e forte que provavelmente deve ter em seu passado uma razão para seguir com seu dilema de exterminar “mortos”. Vejo nele um potencial, no mínimo irá competir como um dos badass da temporada.

Narrativa

Rápida, em algumas partes até confusa por deixar de explicar questões que são citadas como algo já corriqueiro no roteiro como, por exemplo, fato deles não terem mais filhos, essa informação fica subentendido. Não é atoa que usaram seis capítulos do manga nesse episódio.
Tenho que confessar, eles tem uma boa química, pelo menos nesse primeiro episódio.
Ainda tivemos algumas cenas censuradas (algo comum), que não incomodam tanto, mas que em dados momentos deixam as cenas estranhas e confusas. Se ocorrerem mais batalhas entre Hampnie e os “mortos” imagino que tipo de estratégias o diretor irá usar, espero que tudo, menos tarjas pretas ou brancas (Railgun S diz oi).

Qualidade técnica

Background, com certeza, é o que mais se destacou nesse anime para mim.
Como de praxe do estúdio Madhouse, a animação é fluida, com uma paleta de cores agradável e um CD que chega a chamar a atenção de tão belo. As cenas de ação presentes foram simples, mas bem dirigidas. Gostaria de destacar o belo background bastante colorido e ao mesmo tempo melancólico conseguindo combinar com o clima fantasioso da série.

Conclusão

Com uma boa animação já costumeira da Madhouse temos aqui um dos plots com maior potencial da temporada (pelos comentários que vi de quem leu a Light Novel o anime irá realmente mostrar ao que veio entre os episódios 04 e 05). Se gostam de um clima de fantasia regado por temas religiosos e possivelmente uma leva de drama e ação, confiram KamiNai.