Impressões semanais: Tamako Market 9 – Nomes culinários que aumentam sua sorte no amor

Moeeeee~



                           
-Todos estão fazendo preparações para 10 de outubro, o dia do Mochi. Tamako está ajudando seu pai na cozinha, e Anko lhe pede para preparar uma caixa de Mochi para Yuzuki-kun. Corada, ela se retira dali, ao passo que Choi anuncia que o café da manhã está pronto. Todos se reúnem na mesa, e após conversa, decidem realizar um evento em nome da loja no dia do Mochi. Mochizou se encontra com Anko no caminho para casa, e recebe a infeliz notícia de que Tamako não lembrou de seu aniversário. Yuzuki-kun vem para Tamaya visitar Anko, que não encontra coragem para falar com ele. À noite, Tamako pergunta a Mochizou se Anko tem algum problema, e Mochizou promete indagá-la sobre o caso. No dia seguinte, ele descobre por meio dela que Yuzuki-kun vai mudar de escola e relata isso a Tamako. Todos se divertem martelando o arroz. Nesse ínterim, Mochizou e Tamako convencem Anko a falar com Yuzuki-kun. Mamedai (pai de Tamako) se recorda dos tempos em que estava apaixonada por Hinako (mãe de Tamako), e Tamako presenteia Mochizou com um Mochi.
-Os frutos do episódio passado estão sendo colhidos. Choi emerge cada vez mais como uma presença familiar ao distrito comercial, tomando conhecimento de seus modos e cultura, e compartilhando a sua própria com os residentes da loja Tamaya. Como sempre, sua interação com Dera é transmitida de forma natural e divertida, dando um ar mais vívido às cenas menos importantes. Por outro lado, ainda temos algumas cenas não tão inspiradas no que concerne ao quarteto das garotas. O único pró dessas cenas é a brevidade das mesmas, visto que os diálogos carecem de inspiração.
-O episódio 9 é basicamente uma continuação do episódio 4, mas com a Choi. Nada de surpreendente, pois a autora já fez isso em K-ON, escrevendo um episódio de praia sem a Azusa e um com a Azusa. Foi uma decisão inteligente esperar a Choi estar presente, pois a participação dela já gastou alguns minutos do episódio, que poderiam, na sua ausência, ser marcados por tentativas não muito convincentes de conversas entre as quatro garotas. Imagino que a Reiko Yoshida esteja ciente dessa falha das personagens em incitar carisma.
Aqui vemos Dera mostrando toda sua sutileza
-Nesse episódio, foram abordados 2 aspectos da paixão. O primeiro é um misto de nostalgia e saudade impulsionadas pelas lembranças da pessoa amada. O segundo é o medo de perder essa pessoa. Se no último episódio Choi e Dera protagonizaram, neste temos Anko e seu pai. Anko, que está deprimida pelo fato de seu primeiro amor estar se mudando, e Mamedai, que se já perdeu o seu primeiro amor e se vê contemplando as memórias de tempos nostálgicos em que era vocalista de uma banda e tentava impressionar Hinako com suas letras. E o modo de abordagem escolhido, embora não fora do escopo da série, foi deveras inusitado. Trocadilhos com comida.

 -Eu não havia percebido até agora, mas os nomes do pai e avô de Tamako em justaposição formam a palavra Mamedaifuku, que é um tipo de Mochi recheado com feijões. Não é a toa que o nome da sua banda de colégio era Dynamite Beans.  

Agora sei porque você odeia seu nome
-O segundo trocadilho foi com a palavro Anko, que é o nome comumente utilizado para se referir à pasta doce de feijões Azuki, o que dá um efeito especial à cena. É como se Anko literalmente estivesse dando uma parte dela mesma ao Yuzuki-kun. Romântico.

-Essa aqui, que eu quase deixei passar, é uma metáfora visual. Tamako dá a Mochizou um “Mochi” envolto por alguma coisa rosa e esférica. Em japonês, “Tama” significa esfera. (Mochi)zou recebeu de (Tama)ko um Mochi repleto de Tama. Ele ficou tão feliz que caiu em lágrimas. Apesar de eu não considerar ele um personagem muito interessante, devo admitir que ele cumpre bem a sua parte no contexto do anime. (Mochi)zou faz aniversário no dia do Mochi…eu tenho que parar com isso.

-Mais outro trocadilho, e desta vez mais direto. Cara sortudo esse Mamedai.

-E o dia do Mochi não poderia ser comemorado senão com Mochitsuki, que é o método tradicional de confecção de Mochi. Choi, é claro, não ficou de fora, dando um espetáculo com sua dança pitoresca.

                                  
-Reparem na concha. Ela é o símbolo do peregrino, utilizada como um amuleto em viagens. Dizem que ela representa a proteção e a busca pelo conhecimento e deve ser devolvida ao mar ao fim do caminho. Uma interessante analogia para a transferência de escolas de Yuzuki. Além disso, ela também serve como abrigo para os crustáceos. Na cena onde Dera alcança Anko, ela está com a concha na mão. Ao se encontrar com Yuzuki, a concha desaparece, o que implica que Anko finalmente tomou coragem e decidiu sair de sua concha.

-E a mensagem final do episódio é “Everybody loves somebody”, uma música escrita por Ken Lane, Irving Taylor e Saw Coslow, e intepretada por Dean Martin. 

Até a próxima.

9 Resultados

  1. Adramalesh disse:

    Ótimas observações. Tamako Market tem um simbolismo simples mas que da um toque a mais na narrativa.

    Destaque para a sutileza com que a staff demostrou o quanto a Choi já se acostumou com aqueles novos costumes com um simples “okaerinasai”. E puxa, o Dera não emagreceu nada ao meu ver O.o

    Nesse episodio ficou evidente que ate mesmo a Anko transmite um melhor carisma que sua irma mais velha, que só não é apagada definitivamente de cena pelo fato do anime ainda ter o nome dela. E me doí ver que a Shiori não tem quase mais nenhuma aparição significativa, algo que me faz questionar o fato da Kanna aparentar ter um destaque maior( mais até do que a Midori também).

    Off: Me pergunto o que Okarin, Homura e War Greymon tem em comum XD

    • Tanaka disse:

      Eu gosto do simbolismo de Tamako por não se sobrepor à narrativa. Ele é utilizado de forma simples, mas competente.

      Já me convenci que o Dera é o elemento “mágico” da trama. As coisas que acontecem com ele são difíceis de serem racionalizadas, como engordar e emagrecer de uma hora para outra ou projetar imagens a partir dos olhos.

      A Tamako é a personagem moe genérica da Kyoani, e por isso ela fica apagada comparada ao resto do elenco. A Midori esqueceu de pegar uma
      senha na etapa de sorteio de arquétipos. A produção precisou desenrolar e deu a ela uma peruca loira de brinde. A Kanna ganhou o arquétipo de personagem cool (“kuu”) para tentar melhorar um pouco a situação, e a Shiori imagino que seja por falta de tempo.

      Hahahaha, Okarin, Homura e War Greymon são meus personagens preferidos em seus respectivos animes. Okarin é um personagem que gera muita empatia no espectador e o esforço dele é admirável. Homura é uma personagem semelhante, mas com uma habilidade foda. War greymon é um personagem que atende as expectativas nas horas em que é solicitado pelo público. Ele é praticamente um vingador nesse aspecto.

  2. Este episódio foi muito divertido, a Anko é usada pelo roteiro de uma forma interessante. De um lado, tem o seu implícito apelo podofilo; todos os trejeitos, maneirismos, look (importantíssimo) e seu contexto dentro da história. Por outro, é difícil não se sentir afeição por ela e seu conflito extremamente identificável, além do mesmo apelo implícito citado anteriormente. É calculado milimetricamente para ser empática, e conseguiram. Ainda que seja um papel bem limitado, ela consegue exercer muito bem o que lhe é imposto. Para mim, todas as suas aparições foram muito hhnnngggg.

    E novamente temos uma agridoce história de amor (duas, aliás), dessa vez como destaque. A história dos pais de Tamako me soaram mais interessantes, no diz respeito ao conflito da Anko, o que atraí e encanta é a forma como ela reagi a isto. Gostei do elo que fizeram com o Mochizou, suas participações são curtinhas e ele sempre faz o papel do bobo, mas eu me divirto.

    • Tanaka disse:

      A Anko é realmente a coisa mais kawaii e irresistível do anime. Acho que todos já vivenciaram aquele sentimento inexprimível que a Anko experimentou,
      comumente nos estágios mais precoces da vida social.

      A história dos pais de Tamako seria algo que eu esperaria ver em um Sakamichi no apollon, e certamente seria mais interessante, até porque existem mais barreiras e limitações no que concerne o romance infantil. O Yuzuki nem tem maturidade ainda para reconhecer os sentimentos da Anko.
      O Mochizou é o reflexo de todos os garotos que estão na mesma situação que ele. Ele é tão honesto que dá pena.

  3. Este episódio foi muito divertido, a Anko é usada pelo roteiro de uma forma interessante. De um lado, tem o seu implícito apelo podofilo; todos os trejeitos, maneirismos, look (importantíssimo) e seu contexto dentro da história. Por outro, é difícil não se sentir afeição por ela e seu conflito extremamente identificável, além do mesmo apelo implícito citado anteriormente. É calculado milimetricamente para ser empática, e conseguiram. Ainda que seja um papel bem limitado, ela consegue exercer muito bem o que lhe é imposto. Para mim, todas as suas aparições foram muito hhnnngggg.

    E novamente temos uma agridoce história de amor (duas, aliás), dessa vez como destaque. A história dos pais de Tamako me soaram mais interessantes, no diz respeito ao conflito da Anko, o que atraí e encanta é a forma como ela reagi a isto. Gostei do elo que fizeram com o Mochizou, suas participações são curtinhas e ele sempre faz o papel do bobo, mas eu me divirto.

  4. Tanaka-san disse:

    A Anko é realmente a coisa mais kawaii e irresistível do anime. Acho que todos já vivenciaram aquele sentimento inexprimível que a Anko experimentou,
    comumente nos estágios mais precoces da vida social.

    A história dos pais de Tamako seria algo que eu esperaria ver em um Sakamichi no apollon, e certamente seria mais interessante, até porque existem mais barreiras e limitações no que concerne o romance infantil. O Yuzuki nem tem maturidade ainda para reconhecer os sentimentos da Anko.
    O Mochizou é o reflexo de todos os garotos que estão na mesma situação que ele. Ele é tão honesto que dá pena.

  5. Adramalesh disse:

    Ótimas observações. Tamako Market tem um simbolismo simples mas que da um toque a mais na narrativa.

    Destaque para a sutileza com que a staff demostrou o quanto a Choi já se acostumou com aqueles novos costumes com um simples "okaerinasai". E puxa, o Dera não emagreceu nada ao meu ver O.o

    Nesse episodio ficou evidente que ate mesmo a Anko transmite um melhor carisma que sua irma mais velha, que só não é apagada definitivamente de cena pelo fato do anime ainda ter o nome dela. E me doí ver que a Shiori não tem quase mais nenhuma aparição significativa, algo que me faz questionar o fato da Kanna aparentar ter um destaque maior( mais até do que a Midori também).

    Off: Me pergunto o que Okarin, Homura e War Greymon tem em comum XD

  6. Tanaka-san disse:

    Eu gosto do simbolismo de Tamako por não se sobrepor à narrativa. Ele é utilizado de forma simples, mas competente.

    Já me convenci que o Dera é o elemento "mágico" da trama. As coisas que acontecem com ele são difíceis de serem racionalizadas, como engordar e emagrecer de uma hora para outra ou projetar imagens a partir dos olhos.

    A Tamako é a personagem moe genérica da Kyoani, e por isso ela fica apagada comparada ao resto do elenco. A Midori esqueceu de pegar uma
    senha na etapa de sorteio de arquétipos. A produção precisou desenrolar e deu a ela uma peruca loira de brinde. A Kanna ganhou o arquétipo de personagem cool ("kuu") para tentar melhorar um pouco a situação, e a Shiori imagino que seja por falta de tempo.

    Hahahaha, Okarin, Homura e War Greymon são meus personagens preferidos em seus respectivos animes. Okarin é um personagem que gera muita empatia no espectador e o esforço dele é admirável. Homura é uma personagem semelhante, mas com uma habilidade foda. War greymon é um personagem que atende as expectativas nas horas em que é solicitado pelo público. Ele é praticamente um vingador nesse aspecto.

  7. A Shiori quase não aparece no anime

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