Masamune-kun no Revenge #04 – Rival Amorosa a Vista | Impressões Semanais

Este episódio de Masamune-kun não foi tão focado na comédia, mas no desenvolvimento dos sentimentos dos protagonistas. O que é bom por um lado, porque o plot principal é realmente trabalhado.

Mas ruim pelo outro, porque eu não me divirto tanto pelo fato da história de Masamune-kun não conseguir me prender, sendo simples e meio forçada em determinadas partes.

No entanto eu aprovo que o autor não fique enrolando tanto para concretizar o casal (né Nisekoi?), porque isto acaba  deixando o enredo arrastado. O que desgasta o público alvo e desmotiva a acompanhar a obra.

E eu estava até gostando do rumo que as coisas estavam tomando, se não fosse aquele final que realmente puxou para a formula tradicional dos shoujos de apresentar uma rival amorosa para atrapalhar os dois pombinhos.

Além disso, foi dificil  digerir tamanha coincidência da garota aparecer naquele momento e daquela forma. O autor que me perdoe, acasos acontecem, mas não precisa apelar tanto.

E eu não tenho nada contra mangakás quererem utilizar rivais amorosas, mas já tem obras demais saturadas com isto.

Se as garotas fossem simpáticas, até daria para levar de boa, mas a maioria é muito sem sal. Além de posarem para alguns capítulos e serem esquecidas depois. Sendo esta uma das coisas que eu mais odeio em alguns mangás.

A primeira parte foi a que eu realmente gostei, porque estava atrelada com o humor da obra. E vou confessar que eu sentir uma vergonha alheia do Makabe utilizando técnicas de mangá shoujo como referência para a sua conquista amorosa.

Se eu fosse a mãe desse garoto eu sentiria que errei na vida, porque isto é muita falta de senso comum.

As reações da Aki com os avanços dele acabaram gerando as partes mais engraçadas do episódio (pelo menos para mim). E vou confessar que pensei que ela iria perguntar se o garoto estava ensaiando para um J-drama ou tinha batido a cabeça em algum lugar.

Outra coisa que gostei foi da parte do protagonista se segurando para não conversar com a Aki. Foi uma jogada legal brincando com a fórmula clássica do protagonista ignorar a heroína (por mágoa ou outros motivos) que realmente é bem utilizada em romances (tanto em dramas como em mangás).

Mas tem umas coisinhas que eu acho desnecessário, como o Makabe ficar soltando aquelas risadas maléficas e soando como um vilão cartoon. Eu sei que é para gerar comédia, mas fica meio estranho. O personagem fica parecendo um esquizofrênico fazendo isto.

Só não esperava que realmente o fato dele ignorar a Aki funcionaria. Mesmo que não do jeito que o personagem havia pensado.

Também gostei do roteiro ter humanizado pelo menos um pouco a garota, tocando no passado dela. Mesmo que de forma clichê comprovando logo a hipótese do trauma. Que não é a melhor forma de você torna uma heroína tsundere mais simpática, mas dá para engoli.

O bom desse autor pelo menos para mim é que ele não demora tanto para indicar os rumos que a obra vai tomar. Já era mais que esperado que a vingança só seria uma desculpa superficial para desenvolver o romance entre os dois.

E as recorrentes reações de surpresa, vergonha, etc do Makabe com o lado mais fofo dela continuam comprovando isto.

O que é uma pena, porque queria ver realmente uma história de colegial relacionado a vingança. Mas isto não é porque gosto da desgraça alheia, é porque seria interessante por não ser algo muito comum de ser abordado.

E a direção na cena onde a Yoshino faz ela se dá conta que gosta do Makabe foi visualmente bem dirigida. Não tem nenhuma fala ou pensamento ali, mas só a trilha sonora e o foco na expressão dela entregam bem o conteúdo da cena e o impacto da personagem.

Agora só resta acompanhar como o autor vai desenvolver a relação dela com o garoto desse ponto em diante, já que o roteiro acabou de confirmar que a heroína já possui alguns sentimentos pelo protagonista.

E tem possibilidade dessa história caminhar para algo bom ou razoavel. No entanto, também pode caminhar para um desfecho bem ruim. Só espero que o autor tenha bom senso e não deixe as coisas muito previsíveis.

Ou mesmo que deixe previsível, desenvolva de uma forma agradável e que acabe deixando o público satisfeito.

No fim foi um episódio razoável. Não me divertir como nos episódios anteriores, mas não achei de todo ruim, já que desenvolveu um pouco a relação entre os dois protagonistas, e teve algumas coisas que acabei gostando como o fato de tocarem logo no trauma da Aki e brincarem com certos clichês de mangá shoujo.

[yasr_overall_rating size=”medium”]

 

E você, que nota daria ao episódio?

[yasr_visitor_votes size=”medium”]

 

#Extras