Impressões semanais: Valvrave the liberator 8 – O pacto entre o doce e o amargo

-Agora vai, Valvrave! Agora vai!

-Uma frase otimista para um episódio com partes boas e ruins. O drama em torno da morte de Aina já era esperado, mas a surpresa aqui foi ver praticamente toda a escola de luto. Eles realmente pensavam que iriam conseguir sobreviver sem nenhum sacrifício? Se a morte de uma pessoa já consegue rebaixar toda a moral do grupo, isso mostra que não estão preparados para enfrentar essa guerra, dando mais validade às palavras de L-elf. Aliás, a ordem das cenas me soou antinatural. Eles estão interrogando L-elf, toca a abertura e todos começam a se lamentar pela defunta. Não funciona muito bem, principalmente em um episódio com relances do passado de L-elf. Em toda a honestidade, foi melodramático demais para uma personagem que mal se destacou, mas animes em geral gostam de exacerbar emoções. Ao menos eu estava certo sobre a cena obrigatória em que o Haruto foi acusado de não proteger Aina.

-Passado o melodrama, Valvrave parece voltar aos trilhos ou nuvens, como quiserem. Ou não. Saki é atacada pelos magnetos e a primeira coisa que Haruto faz é ir atrás dela, como se fosse adiantar alguma coisa. Ao invés de destruir o dispositivo como fez da última vez, ele entrou de cabeça em um campo minado. Boa, Haruto! Eu não sei a falha é do roteirista ou do personagem, em Valvrave tudo é possível. A cada episódio o X-eins descobre uma coisa diferente sobre os Valvraves, e sempre perde do mesmo jeito.

-O episódio seria um fracasso total não fosse pela decisão esperta de Haruto de aceitar o contrato de L-elf. Finalmente chegamos a algum lugar e a ocasião não poderia ser mais oportuna para que Haruto finalmente se desvencilhasse de sua autopiedade e fizesse a escolha certa pelo bem da comunidade. A analogia com o café foi estupenda, com Haruto sendo o idealista doce e ingênuo e L-elf o realista amargo e pragmático. O plano de L-elf de acertar a colônia matou dois coelhos em uma cajadada só (não me perguntem como ele sabia a posição exata, provavelmente esteve estudando a colônia nas horas vagas) inutilizando os magnetos e fazendo os navios oscilarem em sua base (não se sabe se os navios conseguiram escapar, se o A-drei foi capturado ou não). Eu acabei esquecendo que o superaquecimento apesar do Valvrave do Haruto tem uma desvantagem apesar de funcionar como plot armor, que é a imobilidade do mecha durante o período de aquecimento. 

-Sobre o passado de L-elf, realmente combina com ele, visto que em sua ideologia e modo de pensar não existe meio-termo, logo não se pode dividir algo pela metade, como dito no primeiro episódio (“Você cortaria o amor por uma garota pela metade?”). Revendo aquela cena, é notável a intensidade de seu olhar ao discutir com Haruto, o que insinua que em algum momento houve uma separação entre L-elf e a princesa, e considerando que ela o salvou de uma vida de prisioneiro, parece correto supor que há alguma relação entre a mesma e o plano revolucionário dele. 

Aonde o L-elf achou essa nave? Não sei.

-É…por que o choque, amigo?

2 Resultados

  1. Adramalesh disse:

    Valvrave sabe trabalhar os personagens quando quer, tirando o Haruto que é um peso morto mesmo.

    Sabe quando comentei que eu achava o L-elf pouco humano e desinteressante? Bem, o roteiro fez o favor de corrigir essa questão. Cheguei a ficar com pena dele no fim do episódio onde ele comenta para si mesmo que não se pode dividir a vida de uma pessoa em dois. Foi como se ele odiasse ter sua ideologia atual e que mesmo por um instante desejasse destruí-la e criar uma nova. Na verdade, acho que é justamente isso que ele busca, mudar sua visão sobre o mundo ou pode ser que queira somente se vingar de seus antigos compatriotas (suspeito que fizeram experiências com sua amiga de infância também).

    • Tanaka disse:

      Acho que L-elf irá se abrir mais agora que foi aceito por Haruto e futuramente por todos os estudantes. Desde a cena do choro, eu já suspeitava que ele fosse mostrar uma faceta diferente do apelão que é capaz de tudo, e sem isso é compreensível que ele não agradasse muitos. Eu gosto de personagens com passados trágicos (hoje em dia a grande maioria nem direito a flashback tem). Eu gosto de como Valvrave trabalha os personagens (ao menos quando fazem isso na hora certa), só perdendo pra Henneko.

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